Enfim em casa.
Nada melhor do que estar em seu lugar de conforto depois de longos e cansativos dias alguma viajem.
Acredite, a cada dia que se passava naquele lugar, eu desejava ainda mais estar em casa. Não que eu odiasse o hotel, ou os moradores, eu apenas senti falta do meu conforto.
Tanto que, meu último dia no hotel, minutos antes de entregar as chaves à Yoriko, a mesma me pediu meu número, segundo ela para mantermos contato. Disse que me considerava um amigo.
— Você não estava flertando comigo dias atrás?
— Sinto que será melhor se não passarmos de amigos. Você é um bom ouvinte – ela disse.
Depois disso, peguei meu voo e voltei para Washington, e logo quando cheguei, fui rececionado por Carla ainda no aeroporto.
— Que bom que voltou – disse. – Estava com saudades.
— Não passei tanto tempo fora, foi apenas uma semana – rebati.
— Ainda assim.
— Alguma notícia de minha mãe?
Ah, eu esqueci de falar. Carla e Afrodite ficaram muito próximas desde que eu disse que ela e eu estávamos juntos. Pedi para minha mãe para que não contasse seu verdadeiro nome. Não por ela, é claro, mas por mim. Se Carla descobre que sou Eros, não vai sair do meu encalço.
— Ela ainda saindo com um cara meio careta.
— Careta?
— Sim. Nós saímos juntos essa semana, ele sequer sabe usar um celular.
— Oh, céus – Já sei de quem se trata.
— Você o conhece?
— Alto, cabelos quase grisalhos e um humor questionável – Não é possível que ele esteja me seguindo.
— É, é esse mesmo – segura minha mão – Fico feliz de estar conhecendo seus amigos e sua família.
Lhe ofereço um sorriso – forçado, por sinal – em resposta. Enquanto esperávamos um carro para me levar ao meu apartamento, Carla procurava dinheiro em sua bolsa afirmando que precisava tomar algo gelado.
— Quer um também?
— Não, obrigado – agradeço.
— Eu quase nunca vejo você comer nada – brincou, já indo rumo ao quiosque mais próximo.
Minutos depois ela já estava ao meu lado novamente. Em alguns momentos, eu me perguntava se havia feito a coisa certa em relação a Carla. Eu não quero que ela se sinta magoada caso descubra que não a amo. Ela é uma boa mulher, não merece isso.
E então penso no que minha mãe me disse. Então, como conclusão, decido dar o meu melhor para que ao menos a mulher ao meu lado se sinta feliz. Mesmo que eu não esteja.
— Hm, ouça – disse depois de levar uma colher de sorvete aos lábios. – Cloe nos convidou para passarmos a semana na ilha dos pais dela.
— Como? – interessante...
Da última vez que Cloe me chamou para ir em alguma lugar recebi uma notícia não muito agradável.
— Os pais de Cloe estão na cidade e pediram que a filha fosse vê-los. E então ela decidiu nos convidar.
— Ela chamou mais alguém? – alguém alto e com cabelos loiros, mais especificamente.
— Sim – respondeu enquanto entrávamos no carro. – Alguns amigos dela, uns cinco, eu acho – concluiu. – Fiquei surpresa por ela ter me convidado.
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Poor Cupid
Fantasy[CONCLUÍDA] Andrew Baker, como gosta de ser chamado, se vê entre ajudar as pessoas a encontrar o amor, e lidar com sua própria paixão por Cloe Johnson, o que não é uma tarefa fácil considerando que ela iniciou um relacionamento com um antigo amigo. ...