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Acordo com uma dor de cabeça gigantesca, não tinha nem como descrever! Quando finalmente consigo abrir os outros, vejo uma claridade.. aonde eu estava ? Ao me dar conta, percebo que era meu quarto mas estava com vários aparelhos de hospital. O que rolou?
Minha dor de cabeça estava grande, tentei me virar pra alcançar minha escrivaninha cheia de remédios, mas ela não estava mais lá. Após alguns segundos percebo que estava tomando soro em minha veia e eu estava totalmente dopada. O que aconteceu ? Antes mesmo de conseguir levantar, vejo tudo escuro novamente.
...
-Karol, acorda logo.. me desculpa ter falado tudo aquilo de você. - era o que eu escutava tão de longe, parecia um sonho mas acabo abrindo os olhos e vendo meu quarto do mesmo jeito que estava quando acordei antes.. não tinha sido um sonho ? Pisco mais algumas vezes e a dor de cabeça já havia passado, estava consciente dessa vez. Viro para o lado e vejo San chorando segurando minha mão.
-bolinho? - chamo o mesmo e ele me olha assustado. - o que aconteceu ?
- Karol?! - ele se levanta da cadeira e começa a chorar muito mais, me sentei na cama e abracei o mesmo. -
- Ta tudo bem, eu tô aqui. - ele praticamente me agarrou e me apertou em um abraço, continuando a chorar. Eu não lembro do que aconteceu, só que tomei vários medicamentos pra dormir.. antes de pensar mais, a porta abre e eu vejo os meninos - o bts -, eles pareciam que tinham visto um fantasma quando me viram. -
- KAROLINE, VOCE ACORDOU? - Taehyung veio correndo me abraçar também e eu apenas sorrio retribuindo os abraços. Porque disso tudo ? parece que eu morri e revivi a vida. -
... já tinha passado um tempo até eles se acalmarem e a gente finalmente conversar do porque eu estava com várias agulhas e com um médico vindo me ver a cada 5 em 5 minutos.
- Eu quero saber o que aconteceu. - eles se entre-olharam e suspiraram juntos, nisso eu já entendi que fiz merda. -
- Você teve uma overdose de medicamentos, Karoline. - eu soltei uma risada por impulso, não podia ser verdade.. né ? -
- Overdose ? isso não é possível. - parei de rir quando vejo que eles ainda estavam sérios. -
- você ficou inconsciente por 3 dias, hoje já é sexta-feira de manhã. - Jin fala e foi o máximo pra me desmoronar. Meus olhos começaram a arder em aviso que iria chorar, mas eu tentei segurar firme e olhei para San. -
- E.. meus pais ? Onde eles estão ? - alguns deles colocaram a mão na cabeça, outros suspiraram mas San pegou minha mão e olhou firme pra mim. -
- Quero que seja forte, tudo bem ? - a essa frase de meu melhor amigo, eu já entendi tudo. - seus pais me ligaram dizendo que se você não acordasse até mês que vem, eles poderiam pensar em voltar, se não fosse até lá, eles.. não vão voltar. - aquilo foi como uma facada pra mim. Agora caiu a ficha, meus pais realmente não ligam pra mim! Eu comecei a chorar, e todos ficaram quietos. Eu não me sinto nada bem, não tem como eu voltar pro coma ? Me deitei de novo e chorei.. como nunca tinha chorado antes. Não tem como eu descrever o que tô sentindo agora, nem mesmo eu estando quase morta meus pais voltariam.. Eles nem mesmo se importam; Os meninos saíram do quarto deixando eu e san sozinhos, e ele veio até minha cama e deitou do meu lado. O mesmo ficou calado, apenas me abraçou e colocou a cabeça sobre a minha. Enquanto eu chorava mais do que tudo, ele tentava me acalmar com cafuné; e por mais do que aconteceu, ele continuava ali comigo. Nem mesmo comentou sobre o ocorrido - oque me aliviava muito -. Aceitar que você está errada e que VOCÊ é o problema de uma relação é algo que pelo jeito, não consigo lidar muito bem; ou seja, não conseguir lidar com a rejeição. Isso tá fodendo meu psicológico, o pior de tudo é que eu não queria ser desse jeito! Queria que San soubesse de tudo o que penso, porque falar em voz alta é tão.. difícil.
E a cada pensamento da minha mente, era mais 2 horas de choro. Eu não consigo aceitar e lidar com isso de forma saudável, e tudo o que eu queria era apoio dos meus pais. Ver pessoas comentando super felizes sobre os pais, as viagens, os momentos juntos, o jeito que eles ensinam a andar de bicicleta quando criança, tudo isso eu não tive. Eu não tive alguém que me dissesse que tava tudo bem, a não ser San. E o medo de perdê-lo é tão grande, que não consigo designar tudo que acontece em minha volta.
- Precisa comer. - tomo um susto com a voz de San em minha orelha, e ele solta um sorrisinho pra tentar me agradar. Eu suspiro, limpo meu rosto e olho para ele. -
- Obrigada, por estar aqui. - o mesmo sorri e passa a mão nos meus cabelos de forma gentil. Ele não fala por um tempo e ficamos nos encarando, até ele se aproximar e dar um selar em minha testa. Confesso que fiquei meio chateada, não sei explicar. -
- Sempre vou estar aqui, independente do que aconteceu, eu ainda sou seu melhor amigo. - ele me abraça mais e beija o topo da minha cabeça. Eu estava me sentindo tão abandonada, como se fosse traída. Parecia que eu nunca tive alguém do meu lado, nunca tive nada.
