Capítulo 1

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POV Kara 

Finalmente eu contei a Lena que sou a Supergirl. Não foi como eu esperava, não teve acusações ou gritos ou até mesmo juramentos de ódio. Foi muito pior. Teve Lena, minha doce Lena sem dizer uma palavra, com lágrimas nos olhos me dando as costas e saindo do meu campo de visão. 

Des desse dia, Lena não me atendia, não respondia minhas mensagens, não me recebia nem para entrevistas. Meu único consolo é ouvir seu coração bater de longe e as vezes a dor da saudade me fazia a espiar de um prédio próximo. 

- Sabe Alex, eu não aguento mais. Eu preciso saber da Lena, eu quero conversar com ela, Eu necessito dela comigo, dos seus abraços, seus sorrisos, até da sua postura totalmente intimidadora. - digo atordoada na sacada do DEO

-Kara, como pode esperar que Lena a queira por perto? Ela precisa de tempo, ela não gritou nem disse nada, as vezes ela só está assimilando tudo. Pode ter quebrado a confiança dela, mas Lena continua sendo racional e entende os motivos. Mas a confiança é algo que deve ser construído, no seu caso com ela reconstruído. - Alex fala tentando me consolar e limpando uma lagrima que insistia em cair no meu rosto. 

-Você acho que eu devo me manter por longe? Ou devo tentar me aproximar? Alex... eu não sei o que fazer e não suporto ficar sem Lena- Digo sem ao menos me importar com a presença de minha irma e me concentro nas batidas do coração de Lena

Quando Alex ia me responder percebo que as batidas do coração que eu tanto amava ouvir ficaram muito rápidas e depois despencaram bruscamente me fazendo entrar em estado de alerta. Minha irma percebe a subta mudança no meu comportamento e questiona:

-O que foi? 

-O coração de Lena, as batidas ficaram muito fracas... estavam rápidas demais e agora estão fracas. Será que ela desmaiou?

-Eu posso ligar pra Jess ou...-Antes mesmo dela terminar a frase eu já tinha saido voando- ou pode simplesmente sair voando até lá

Me apavora saber que qualquer coisa poderia acontecer com Lena, até mesmo a queda de um fio de cabelo me apavora. 

Lena não merecia nada do que aconteceu com ela. Sua familia, seu irmão, as pessoas que a trairam, que a abandonaram, todos os interesseiros que a rodeavam e principalmente eu não a merecia. 

Ela tem o coração doce, uma postura meiga e protetora quando se trata de quem ela gosta, isso fica muito claro. O seu sorriso muda, suas expressões se aliviam e seu olhar, o mesmo olhar que pode ser o mais mortal se transforma e vira o mais doce que já tinha visto. 

Eu não quis esconder quem sou, porque eu nunca escondi quem sou. Eu mostrei a Kara, a única que eu queria ser com ela, a doce, boba, atrapalhada, tímida, menina e mulher que gosta muito de pizza, filmes românticos e tem uma verdadeira paixão por Lena Luthor. Eu só queria essa versão, porque é a minha verdadeira versão. Eu não sou Supergirl o tempo inteiro, mas sou inteiramente Kara Danvers por completo o tempo todo. 

Mas eu querendo ou não, gostando ou não de ser todas as minhas versões, essa é quem sou e com meu nome, meu sobrenome e meu codinome posso trazer dor para quem está ao meu redor. Lena Luthor era a ultima pessoa que merecia sofrer por saber quem sou. 

Eu planejei inúmeras vezes contar, me preparei pra isso e nunca conseguia. Com traje ou sem traje aquela mulher de olhos verdes me intimidava ao ponto deu perder a fala, o fôlego, o raciocínio e pensei as vezes até perder meu poderes e ela poder ler minha mente. Cada versão minha era apaixona por Lena e eu não pude contar, eu não quis contar. Esse segredo eu mantive e mantenho. Já perdi Lena no dia que decidi revelar minha identidade, não poderia a perder mais ainda por me declarar. 

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