28|DE VOLTA PRA CASA

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A mother was supposed to love her child

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A mother was supposed to love her child


Acordo com o toque insistente do meu celular. A cabeça de Billie está sobre meu peito, e seus braços e pernas abraçados no meu corpo enquanto ela ainda dormia. Nós realmente dormirmos na praia?

Os raios do sol não poupavam meu rosto, e eu mal conseguia enxergar a tela do celular quando o peguei, no instante que ele parou de tocar. O relógio marcava quase 8 horas da manha, e quando percebo meu histórico de ligações meu coração para.

23 ligações perdidas da minha mãe.

Hoje é segunda feira? Hoje é segunda feira! O dia que minha mãe volta de viagem! Meu deus como eu pude esquecer disso? Eu to muito, muito fudida.

Me levanto rapidamente, sacudindo a areia da minha roupa e pernas. Eu devo estar a mais ou menos 1 hora de distancia de casa, de qualquer forma minha mãe vai me matar.

"Billie!" Chamo seu nome a sacudindo. "Billie acorda!"

"Oque foi?" Ela responde com voz de sono, se virando no cobertor.

"Você tem que me levar pra casa, minha mãe volta hoje!" Eu tento demonstrar a urgência na minha voz mas Billie me puxa de volta pro cobertor que está deitada.

"Eu te levo mais tarde." Ela diz manhosa.

"Billie ela me ligou 23 vezes já eu preciso...ela ta me ligando de novo agora! Billie é serio eu tenho que ir logo o caminho até lá é longo e se-"

"Okay okay calma," Billie me interrompe e se levanta lentamente. A luz do sol já era forte a essa hora da manha e seus olhos mal conseguiam abrir. "Me ajuda a arrumar essas coisas primeiro."

Nós praticamente não fizemos bagunça nenhuma, então apenas dobramos os cobertores, desligamos o radio que ainda estava tocando musicas e pegamos a garrafa de champanhe vazia para jogar em algum lixo no caminho já que aqui não havia nenhum.

Na verdade não tem nada por aqui, eu me surpreendo que tenha sinal de celular.

Guardamos as coisas no porta malas e entramos no carro. Eu queria, mas não conseguia dizer uma palavra sequer. O nervosismo e a ansiedade tomavam conta de mim. Mães normais já brigariam por terem 23 ligações não atendidas, mas a minha é um pouco pior que isso. Ela vai literalmente surtar, me bater e me trancar em casa. Eu tenho medo da pessoa que deveria mais me proteger no mundo.

Billie tenta puxar alguns assuntos durante a viagem mas desiste e acaba ligando a radio.

E a viagem é longa...

As folhas laranjas de novembro inundavam o chão, e a brisa pura e fria vinha direto no meu rosto. A cidade parecia nunca vir, e eu só conseguia enxergar mais e mais campo aberto.

Depois do que pareceu horas finalmente estávamos no meu bairro. Pedi pra Billie estacionar o carro um pouco antes da esquina da minha casa, em frente a um mercado. Decidi que era melhor eu caminhar sozinha até em casa, pois se minha mãe visse o carro de Billie parando na porta ela iria me encher de perguntas.

Fangirl // Billie EilishOnde histórias criam vida. Descubra agora