Das masmorras da minha memória, você tem o hábito de ressurgir. Eu não posso descuidar da minha cabeça por um segundo, e lá está você batalhando contra todas as minhas tentativas de te expulsar das minhas recordações. Eu encho meus ouvidos de conversas, músicas, gritos, ruídos, loto minha mente de estímulos para prevenir sequer uma lembrança, mas é em vão.
O dano que você causa é difícil de reparar.
Talvez porque foi justamente no meu momento mais frágil que você me encontrou.
Como eu queria, pelo menos, poder ter de novo a sensação de cura de quando eu te conheci. Agora sua memória é tão repleta de dor quanto qualquer outra, e, em vez de me salvar, você vem como a certeza da condenação.
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eu te amo (não enviada)
Poetryum histórico de mensagens que nunca foram enviadas. (antologia poética) capa: L Chagas Design