Capítulo 30 - Jason -

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- O que você fez, Jason? - Olho para cima e vejo a Kira.

- Alguém disse aos guardas que eu havia roubado algo do castelo, e decidiram revistar a minha mala. Acabaram achando o colar que eu havia te dato, e eu expliquei que eu havia te dado, e que não teria motivo pra eu te roubar, mas mesmo assim não acreditaram em mim.

Explico a Sky. Ela não parece estar convencida com a minha explicação, mesmo ela sendo real. Talvez seja por causa de ontem. Me levanto e seguro em suas mãos

- Você acredita em mim, não? - Pergunto olhando em seus olhos.

Ela não responde, apenas sai andando, e isso parti o meu coração. Me sento, apoio a cabeça em minhas mãos e começo a chorar. Não percebo a hora que eu pego no sono, acordo com um guarda abrindo a minha jaula.

- Você está liberado. Deu sorte, parece que a princesa gosta de ti.

Me levanto e o guarda me acompanha até o quarto. Chegando lá deparo com a rainha sentada em minha cama.

- Majestade. - Faço uma reverência.

Ela se levanta e vem andando até mim.

- Vejo que minha filha gosta muito de você, sr. Hastings, e quer saber? - Ela continua antes que eu responda. - Eu não gosto disso. Acho que um jovem da casta cinco não saberia reinar um país, o senhor não tem experiência para isso. Mas já o sr. Christian, ele sim é um belo candidato a rei. - Fala ela.

- E o que a senhora gostaria de afirmar com isso? - Pergunto.

- Eu quero que você fique longe da minha filha, não quero ser obrigada a tomar providências que nem você e nem eu vou gostar. Entendeu? - A rainha fala apertando o dedo contra o meu peito.

Eu afasto a sua mão delicadamente.

- Mas, se eu fui aceito na seleção, acho que eu deveria lutar pela princesa Scarlett, sua filha no caso. E é isso que eu vou fazer. Não sei se ela irá me escolher... - lembro de algo. - E também acho que eu sou qualificado o bastante para liderar este país, não é só por eu ter vindo de uma família pobre que eu não sei o que um rei deve fazer. Aliás, a senhora mesma não era uma seis? - Falo calmamente, eu não queria irritar a rainha, mas também não queria deixar de falar aquilo.

Ela apenas enruga a testa e fala com um tom ameaçador.

- Fique na sua, apenas fique na sua. - Ela fala isso e sai de meu quarto.

Não ligo muito para essa conversa, mas sei que devo tomar cuidado daqui em diante.

Tomo um banho e peço para que tragam o jantar até o meu quarto. Quando a criada chega com a comida lhe entrego um bilhete e peço para que entregue a princesa.

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