A Seleção Invertida.

Capítulo 40

No dia seguinte o Jason simplesmente não dá as caras, até pergunto a alguns guardas e criadas se eles haviam visto-o porém ninguém sabia de nada. Bato em sua porta mas ninguém atende. Eu pensei em entrar, mas achei melhor deixar ele sozinho se era isso que ele queria. Aquilo tudo estava me deixando realmente muito mal, eu não como direito a uma semana, não durmo e nem nada. Hoje à tarde eu tive um encontro com o Christian, foi horrível. Ele continua sendo aquele cara atencioso e gentil como ele está sendo desde a festa, mas isso está me enchendo! Não tenho paciência para isso, além de que nem consegui prestar atenção nele, a minha cabeça estava em outro lugar.

Meus pais também perceberam que eu ando estranha ultimamente, o meu pai me chamou para conversar durante a manhã. Ele disse que entendia o motivo de eu estar assim, que tudo isso era pela pressão da seleção estar muito rápida, e eu estar desesperada para me apaixonar por alguém logo. Eu concordo com ele, mas não é só isso, mesmo querendo contar a ele tudo o que tem acorrido ele não entenderia.

Ah sim, a minha mãe... Ela está diferente ultimamente. Ela anda por aí sempre querendo saber o que eu estou fazendo e com quem, sempre me faz perguntas que ela nunca fez. E aquele dia da casa na árvore? Nunca pensei que ela fosse assim tão... Tão ciumenta. Ela conversou comigo após o jantar. Disse que era para eu me casar com o Christian ou com o Brian, que eles sim são um bom partido, eles sim seriam bons maridos e reis. Discordo com ela. Bom, o Brian ele é legal e realmente seria um ótimo rei porém ele nunca seria um bom marido para mim. Não sei explicar, ele apenas não se encaixa a mim. E o Christian. Mesmo ele tendo mudado, ainda continuo achando que ele não se adaptaria a um rei. Não mesmo.

- Alteza? - Lucy me chama me tirando dos pensamentos.

Faço um sinal para que ela continue a falar.

- Eu posso conversar com a vossa alteza? É algo sobre o Sr. Hastings e a rainha, mãe da senhorita.

- Pode sim. Sente-se aqui. - Chamo-a para que se sente em frente a mim na cama porém ela recusa e continua em pé mesmo.

- Ontem a rainha entrou no quarto do Sr. Hastings enquanto lia a carta da senhorita, e ela acabou vendo o conteúdo do mesmo. - Ela olha para mim e continua. - Ela disse que iria me punir por estar ajudando vocês dois nisso porém o sr. Hastings me defendeu, então ela acabou me liberando, mas disse que se eu contasse a senhorita alguma coisa eu estaria no calabouço. Mas vendo a alteza assim eu não pude deixar de lhe contra isso, espero estar ajudando...

Fico sem reação, não acredito que a minha mãe faria isso comigo. Ela sempre foi assim, mas dessa vez ela está exagerando.

- Lucy, você pode pedir para que alguém chame a minha mãe? - Peço a ela e ela concorda, antes que ela saia eu continuo. - E... Obrigada por me contar isso. Juro que não vou dizer a ela que você me disse isso.

Ela agradece e então deixa o meu quarto. Depois de duas horas a minha mãe entra pela porta.

- A senhora demorou... - Digo quando a vejo.

- Sentiu saudades querida? - Ela fala e sorri.

Eu continuo séria e mesmo ela percebendo isso, ela continua com aquele sorriso falso em seu rosto.

- Sabe, mãe, eu já sei com quem eu me casarei. Eu já sei quem eu vou escolher. - Digo.

- Mas minhas filha, quem é o sortudo? Christian? Marcos? Lucas? - Diz ela animada e pulando batendo palma.

- Não, é o Jason. - Digo finalmente acabando com o sorriso dela. - Eu escolho o Jason.

- Não. Não. Não! - A expressão dela agora é de raiva. - Ela não! Querida, ele não é a pessoa certa! Porque você não pode escolher alguém como o Christian? Ele sim seria um rei perfeito, e não esse Jason. - Ela fala o nome dele com desgosto.

- Bom, a seleção é minha, eu faço o que eu quero aqui. Eu vou continuar com a seleção até chegar até a elite, mas eu já sei quem eu quero que esteja ao meu lado para sempre. Agora - me levando e caminho em direção à porta - com licença. - Saio do quarto antes que ela possa me seguir e caminho em passos rápidos.

Ela estava em fúrias, não sou louca de continuar naquele quarto com ela naquele estado. Sinto que quando eu entrar no quarto ele estará detonado ou com pelo menos um vaso estilhaçado no chão. Vou até o lago e fico na beira molhando os meus pés. A noite passou rápida e quando eu percebo o sol já está nascendo. Não quero voltar ao meu quarto então decido passar um tempo na casa na árvore.