Mais um ataque rebelde.
Pensei que eles tinham se cansado dos ataques, mas pelo jeito não. Eu estava dormindo quando alguém invadiu o meu quarto, era um rebelde. Ainda não consigo identificar se eles são sulistas ou nortistas. Eu estou em um caminhão, sei disso porque a venda caiu enquanto eu me rebatia.
- Para onde vocês estão me levando? - pergunto.
Ninguém me responde.
- Eu sou a princesa, e o meu pai vai matar vocês caso os encontrem! Aliás, ele já deve ter mandando guardas atrás de nós. - grito nervosa.
O caminhão para e ouço o som da porta bater.
- Chegamos, vamos, se levante. - alguém segura o meu braço e me lenta.
Pulo do caminhão e caminhamos, o lugar tem um odor inexplicável, mas parece de casa limpa.
Uma mulher tira a minha venda.
- Como foi a viagem alteza? - ela sorri e faz uma reverência.
Não respondo.
- Bom - ela continua. - Eu sou a Amélia, uma nortista. Não quero te fazer mal, eu só quero entrar em um acordo.
- O que você quer?
- Primeiro eu posso te soltar? Promete não fugir?
- E para onde eu iria?
- Desamarrem ela - ordena Amélia com um sorriso em seu rosto.
Os dois homens me desamarram e eu relaxo um pouco. Talvez eles não queiram me fazer mal.
- Como a senhorita sabe, ninguém faz um ataque sem querer algo ou protestar por algo. No nosso caso, nós queremos mudar algo em Íllea - ela confere se eu estou prestando atenção e continua. - As castas, quase sempre, prejudicam os menos favorecidos como os seis, sete e oito. Eles passam fome e mesmo trabalhando duro dia e noite, o dinheiro arrecadado nunca foi o suficiente para comprar os alimentos.
Eu entendo. Os impostos aumentaram e os trabalhadores passam a ganhar menos, obrigando - os a trabalhar mais. Mas isso não é nossa culpa.
Os norte coreanos roubaram uma quantia enorme de nosso reino. Isso só foi descoberto depois de seis meses, e aí eles já não havia mais o que fazer. Se não tivéssemos feito isso, Íllea iria à falência e todos nós estávamos perdidos.
- Nós queremos que você acabe com as castas. - fala ela firmemente.
- Eu não sou a rainha e nem o rei, não posso fazer isso!
- Mas após o seu casamento será.
- E se o meu marido não gostar disso? Não poderei fazer nada.
- Sim, não pode. E por isso nós faremos caso o futuro rei não apoie a sua decisão - Amélia sorri ironicamente e continua. - Bom é só isso. Os dois - ela aponta para os homens que havia me "sequestrado". - vão te levar para o castelo e você ficara de boca calada, entendeu princesa? - ela se aproxima de mim e olha em meus olhos esperando que eu concorde.
- Sabe que eu posso mandar prenderem todos vocês, ou pior, matarem todos vocês. - Sei, mas você não sabe ondo nós estamos e muito menos como chegar até aqui. Além de que nós matarmos você é fácil, fácil.
A encaro com ódio mas digo que concordo com ela.
Meus olhos estão vendados, novamente. O caminhão balançava muito, acho que o chão era de terra, isso quer dizer estávamos mais para o sul. Sulistas. Engulo seco e tento obedecer à eles, preciso chegar viva em casa.
♣♧ Curtam a história.
♣♧ Começam a me seguir.
♣♧ E continuem lendo os próximos capítulos.
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A Seleção Invertida.
RomanceScarlett (Sky) completa 18 anos e os seus pais decidem que já está na hora de sua filha única se casar. Como tradição do reino, uma nova Seleção deve decidir quem será o escolhido. Sempre foi assim em Illéa, mas nunca com uma mulher sendo a protagon...