capítulo 12

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Mais um ataque rebelde.

Pensei que eles tinham se cansado dos ataques, mas pelo jeito não. Eu estava dormindo quando alguém invadiu o meu quarto, era um rebelde. Ainda não consigo identificar se eles são sulistas ou nortistas. Eu estou em um caminhão, sei disso porque a venda caiu enquanto eu me rebatia.

- Para onde vocês estão me levando? - pergunto.

Ninguém me responde.

- Eu sou a princesa, e o meu pai vai matar vocês caso os encontrem! Aliás, ele já deve ter mandando guardas atrás de nós. - grito nervosa.

O caminhão para e ouço o som da porta bater.

- Chegamos, vamos, se levante. - alguém segura o meu braço e me lenta.

Pulo do caminhão e caminhamos, o lugar tem um odor inexplicável, mas parece de casa limpa.

Uma mulher tira a minha venda.

- Como foi a viagem alteza? - ela sorri e faz uma reverência.

Não respondo.

- Bom - ela continua. - Eu sou a Amélia, uma nortista. Não quero te fazer mal, eu só quero entrar em um acordo.

- O que você quer?

- Primeiro eu posso te soltar? Promete não fugir?

- E para onde eu iria?

- Desamarrem ela - ordena Amélia com um sorriso em seu rosto.

Os dois homens me desamarram e eu relaxo um pouco. Talvez eles não queiram me fazer mal.

- Como a senhorita sabe, ninguém faz um ataque sem querer algo ou protestar por algo. No nosso caso, nós queremos mudar algo em Íllea - ela confere se eu estou prestando atenção e continua. - As castas, quase sempre, prejudicam os menos favorecidos como os seis, sete e oito. Eles passam fome e mesmo trabalhando duro dia e noite, o dinheiro arrecadado nunca foi o suficiente para comprar os alimentos.

Eu entendo. Os impostos aumentaram e os trabalhadores passam a ganhar menos, obrigando - os a trabalhar mais. Mas isso não é nossa culpa.

Os norte coreanos roubaram uma quantia enorme de nosso reino. Isso só foi descoberto depois de seis meses, e aí eles já não havia mais o que fazer. Se não tivéssemos feito isso, Íllea iria à falência e todos nós estávamos perdidos.

- Nós queremos que você acabe com as castas. - fala ela firmemente.

- Eu não sou a rainha e nem o rei, não posso fazer isso!

- Mas após o seu casamento será.

- E se o meu marido não gostar disso? Não poderei fazer nada.

- Sim, não pode. E por isso nós faremos caso o futuro rei não apoie a sua decisão - Amélia sorri ironicamente e continua. - Bom é só isso. Os dois - ela aponta para os homens que havia me "sequestrado". - vão te levar para o castelo e você ficara de boca calada, entendeu princesa? - ela se aproxima de mim e olha em meus olhos esperando que eu concorde.

- Sabe que eu posso mandar prenderem todos vocês, ou pior, matarem todos vocês. - Sei, mas você não sabe ondo nós estamos e muito menos como chegar até aqui. Além de que nós matarmos você é fácil, fácil.

A encaro com ódio mas digo que concordo com ela.

Meus olhos estão vendados, novamente. O caminhão balançava muito, acho que o chão era de terra, isso quer dizer estávamos mais para o sul. Sulistas. Engulo seco e tento obedecer à eles, preciso chegar viva em casa.

♣♧ Curtam a história.

♣♧ Começam a me seguir.

♣♧ E continuem lendo os próximos capítulos.

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