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    Alguns anos depois...



    —Mãe, mãe! —A nem mais tão pequena Donatella, de seis anos, correu para a sala, aonde os pais elaboravam outro roteiro. —Ah desculpa, trabalho, né?

    —Podemos terminar isso depois. O que foi? —Leona afastou o computador.

    —É que meu amigo Michael e eu, a gente tá no sótão, aí eu achei uma caixa com fotos antigas. Quem é nessa foto? —Donatella sentou entre seus pais e mostrou a foto, aonde duas crianças pareciam incrivelmente felizes.

    —Ah, isso foi do dia que eu conheci a sua mãe, querida. —Adam contou. —Lembra disso, Leona?

    —Claro que lembro. —Leona sorriu para o agora, marido. É, muita coisa aconteceu nos últimos 7 anos.

    Depois de alguns meses de namoro, Adam e Leona estavam certos de que casamento seria uma boa ideia. Em uma cerimônia não muito luxuosa e bem privativa, os dois se casaram em uma linda mansão em Londres.

    Meses após, Leona anunciou a gravidez surpresa. Estava esperando uma menina. Não foi hesitação nenhuma para a escolha do nome, Donatella, apenas o necessário para a reaproximação de Adam e Leona. A pequena dádiva dos dois

    —Conta a história? Amo as histórias de vocês. —Donatella pediu.

    —Bom, vamos lá pra como isso mais ou menos aconteceu....

    "Leona Durant não era nem perto da criança mais simpática de Birminghan. A caçula da família Durant era decidida, e tinha atitude demais pra uma criança de só oito anos.

    E justamente isso fez com que Adam Morrison se atraísse por ela. O jeito que, sem muito esforço, aquela criancinha teimosa conseguia controlar tudo ao seu redor como uma líder nata, fez com que, na mesma hora, Adam se encantasse por ela.

    E no momento, na competição de Triatlo  anual, alguém como ela seria importante de manter por perto.

    —Ei, Leona, certo?— Adam se aproximou dela, que estava arrumando o cabelo na frente do espelho.

    —Sim, e você é o líder do time rival. —Leona o mediu com o olhar. —Não podemos ser amigos.

    —E porque não? E se... eu te trouxer para meu time? —Adam propôs —Eu sou forte, você é ágil... —Ele sinalizou para os dois e forçou um sorriso.

    —O que eu ganho com isso?— Leona arqueou uma sobrancelha.

    —Bem... você gosta de sorvete de chocolate? —Adam sorriu sugestivo para ela, que imitou o gesto dele.

    —Com confeitos?

    —Se  a gente ganhar, com o que você quiser. "

   

    —Esse sorriso dela é o sorriso da garota que ganhou um sorvete super caro e claro, o campeonato. —Adam explicou para a filha.

    —Ah, então por isso que quando a mamãe fica brava, a gente compra sorvete de chocolate pra ela!— Donatella fez o conectivo.

    —E sempre funciona, não? O nome disso é estratégia, princesa. —Adam brincou e reparou no olhar de falsa irritação de Leona. —Ih, vamos ter que comprar mais sorvete!

    —Não fica brava mamãe, você gosta do sorvete, não? —Donatella levantou e beijou a bochecha da mãe, que esboçou um sorriso mínimo. —Pronto, melhorou. Mas, se vocês tinham 8 anos, então, eu logo logo vou conhecer alguém também?

    —Quem sabe? Mas, porque mencionou isso, amorzinho? —Leona perguntou.

    —É porque... eu já conheço o Michael né... —A mais nova da família Morrison-Durant arqueou as sobrancelhas, com um sorrisinho bobo no rosto.

    —Bem, princesa, você ainda tem tempo pra isso. Mas se encontrar algo tão bom e genuíno, você vai ser a pessoa mais feliz do mundo! —Adam garantiu, apertando a filha em um abraço. Leona sorriu com a cena, era sem dúvida a mulher de maior sorte no mundo.

    —Ah então tá bom! —Donatella levantou e subiu correndo para o sótão —Michael, quero te contar uma história!

    —Eu ainda acho incrível como Donatella é a perfeita mistura de nós dois. —Adam comentou, com um ar orgulhoso por sua filha. —Tem os meus olhos, o seu sorriso bonito... Fizemos um bom trabalho.

    —Com certeza fizemos. Você acha que histórias se repetem, tipo... que o Michael vai ser a pessoa da nossa filha? —Leona perguntou, meio incerta. —Eu sei que o amor não vê idade pra chegar na vida das pessoas, mas... será? Porque se isso se replicar, tenho medo de como o coração dela vai ser afetado.

    —E o pobre Michael, então? Convivendo com a insegurança e um amor platônico? —Adam exagerou, com  tristeza na voz.

    Então, a atenção dos dois foi atraída quando as duas crianças passaram de mãos dadas e foram para o grande quintal da mansão de Nova York.

    —Mas ainda assim, se Donatella puder amar alguém com a mesma intensidade que eu amo você, nossa filha vai ser a mulher mais feliz do mundo. —Leona sorriu para o marido, que retribuiu o gesto com um abraço meio desajeitado. —A vida é imprevisível, mas se acontecesse, eu ficaria feliz.

    —Só seria melhor se eles fossem mais rápidos pra perceberem o que sentem um pelo outro, né? —Adam riu fraco. —Eu realmente penso que... eu deveria ter dito como eu me sentia sobre você muito antes.

    —Você acha?—Leona ergueu o olhar, que se conectou ao dele. —Acho que só estamos vivendo o tempo certo, se é que existe isso.

    —Acho que nada é completamente certo, mas, nossa família meio bagunçada parece o certo pra mim. Apenas... lar. —Os dois se olharam e sorriram.

    Enquanto isso, no quintal...

    —Você acha que a gente vai ser amigo pra sempre? —Michael perguntou para Donatella, que apenas observava o por do sol.

    —Eu acho sim. E quando eu for uma diretora de cinema super famosa, igual minha mãe, a gente vai morar numa mansão enorme!— Donatella abriu os braços o mais largo que conseguia. —Mas isso é só um detalhe. Eu posso fazer o que eu quiser, mas o que eu desejo do fundinho do meu coração, é que a gente faça isso junto. —A menina sorriu para ele.

    É... talvez histórias se repitam sim.

ONLY FOR POWER {Shortfic}Onde histórias criam vida. Descubra agora