𝘁𝗮𝗹𝗶𝘀𝗺𝗮𝗻,𝖻𝖺𝖻𝗂𝖼𝗍𝗈𝗋.✓

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𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐎𝐒.

- Sabia que existem armários?-A voz de Victor me assusta. Meu coração começa a palpitar com sua presença, e eu dou uma leve suspirada. Ele começa a pegar minhas coisas, e quando eu pego um dos cadernos da mão dele para guardar, ele desvia. - Vem, vamos colocar isso aqui dentro do seu armário. Ele pega minha mão e me levanta, enlaçando um dos braços nas minhas costas. O gesto a princípio é inocente,mas quando ele aperta mais minha cintura contra seu corpo enquanto anda, meu peito se inflama.

Não consigo prestar atenção em mais nada além dele, ou da sua mão. E sei que é ridículo sentir isso, mas é como se ele quisesse mostrar às pessoas que sou dele.

Ele para na frente do meu armário, e estende a mão, pedindo a chave. Eu a tiro do bolso e dou pra ele, que destrava o armário e coloca as coisas lá dentro. Ele tira a bolsa da minha mão e coloca lá dentro também.

- Qual é sua primeira aula?- Ele pergunta.

- História. -Eu sussurro. Ele também pede meu material de história. O quê?!

Quando dou meu caderno, ele anda até a sala e depois para na frente da porta.

Continuo confusa.

-Toma. - Ele me entrega o material. Essa matéria é um saco, mas boa aula. - Ele dá um sorrisinho, e depois um beijo na minha bochecha. Seus lábios se demoram um pouco, o bastante para fazer meu rosto formigar.

Quando ele se afasta, me sinto quente, e posso ter quase certeza que o rubor em meu pescoço subiu para o rosto. Ele encara minha reação com um sorrisinho, e preciso me esforçar para formular uma resposta. -Obrigada.-Eu respondo e sorrio, me virando e sentando ao lado de Carol. Quando me dou conta, ela está me encarando com indignação.

- O que foi aquilo? - Ela franze o cenho. Não respondo, apenas encaro os cadernos a minha frente.

Eu sei muito bem que Victor provavelmente sai ficando com garotas por aí, e quantas ele quiser. Não sei ao certo, mas não quero ser mais nada pra ele. Ele deve estar bem com sua vida amorosa; só estou aqui pra ajudar ele, ser amiga dele, apoiar ele.

Gostaria de dizer isso à Carol, mas até mesmo eu não sei o que isso significa. Ela pensa que nos ver juntos significa alguma coisa, e definitivamente, não somos nada além de amigos.

-E eu vi... sua boca se mexendo?-Ela questiona. Fico tensa, mas somos interrompidas pelo professor.