~ Quebra de tempo ~
Kanji recebeu alta do hospital dois dias depois do ataque, no caso ontem à tarde, mas ele ainda precisava de muito repouso.
Como havia me dito, meu pai tirou duas de folga do trabalho, ele passou à noite aqui, foi muito divertido, pelo menos para mim, Kanji e Melissa que finalmente conheceu pessoalmente meu pai.
Eu e a Mel fizemos um jantar especial e delicioso na noite passada, apenas para poder esfregar na cara de Kanji, que só poderia comer sopa por um bom tempo.
Assistimos um filme de comédia na sala, menos a Yoko que se isolou no quarto desde do momento que meu pai chegou em casa com Kanji, nem mesmo se juntou à nós na mesma para jantar, pediu pizza para ti e comeu no quarto. Fomos dormi um pouco tarde ontem por causa do filme.
Eu aproveito agora para relaxar um pouco na banheira depois de tanto treinamento para passar nessa prova, agora pretendo repor as energias e pegar um pouco mais leve até o início das aulas, para poder dar o máximo de minhas forças novamente.
Após alguns minutos eu saio e me seco com a toalha e me cubro com meu roupão de banho, saio do banheiro e me jogo na cama, olho as horas em meu relógio de pulso que está no criado mudo, 11hs58min.
— Ei eu já separei sua roupa. — Raynor diz em seu tom grosseiro de sempre.
— Minha roupa? — Franzo o cenho deixa do o relógio no criado mundo novamente. — Mas eu não pedi... nem mesmo pretendia sair hoje se não fosse para o estúdio de dança...
— Você vai comprar um celular novo, eu preciso terminar minha série. — Sentou à minha frente, os pelos acima dos olhos (que lembraram um par de sobrancelhas) estão arqueados mostrando seu desagrado.
— É sério isso? — Ergo a sobrancelha desacreditada. — Procura meu tablet velho e usa ele, — Me jogo para trás na cama me deitando, ouso ele rosnar. — Ta, ta eu vou. — Me levanto bufando. — Mas quando eu voltar eu achar meu tablet e você vai usar ele. — Digo e vou ao closet encontrando a roupa que Raynor escolheu, o mesmo vem logo atrás me dizendo as cores da roupa que em sua maioria é preto.
Uma segunda pele de cor escura com um vestido xadrez de tonalidades escuras de alça fina e um zíper na parte de cima, contém uma corrente caída na lateral da cintura, meia-arrastão, uma jaqueta jeans curta de lavagem clara, coturnos de cano alto, uma mochila pequena que já estava com minha carteira, cartão de crédito e documento.
A próxima vez que eu for fazer compras para meu closet vou levar o Raynor, ele até que tem bom gosto e sabe muito bem meu estilo de visual. Saiu melhor do que qualquer encomenda, apensar de ser um intruso ao meu espaço.
— Okay, vou me trocar.
Mudo de roupa e apenas arrumo o cabelo em um coque alto, faço uma maquiagem simples, lip tint vermelho apenas para dar uma cor aos lábios e uma máscara de cílios, não uso delineado, devido a genética por parte de pai, eu já tenho "natural".
Saio do closet pego meu relógio de cima do criado mudo, coloco em meu pulso, ouço batidas na porta e dou permissão para entrar, a porta se abre e meu pai entrar com um bom dia animado, o qual eu respondo com um sorriso, logo ele me olha de cima à baixo me analisando.
— Onde vai vestida assim?
— Assim como? Eu to normal.
— Nunca te vi usando vestido antes, achei que não gostasse.
— Eu gosto sim, só não tenho o costume de usar, e a propósito eu vou no shopping. Vou comprar um celular novo, já que perdi o meu. — Me aproximo da porta onde ele continua com metade do corpo para dentro do quarto.
— Ah é verdade, eu ia chamar você, o Kanji e a Melissa, para sair para almoçar fora, chamaria a Yoko também, mas ela não sairia se eu fosse junto.
— Por mim tudo bem, vou ao shopping depois de almoçar. — Sorrio.
— Ótimo, Kanji e a Melissa já estão se arrumando, quando terminarem nós saímos. — Olhou em volta pelo quarto.
— Okay, mas não vai se arrumar também? — Digo olhando o pijama de pintinhos, a calça xadrez larga e as pantufas do Stith que ele roubou de mim descaradamente com a ajuda de Raynor, na noite passada.
— Claro que vou. — Coloca a mão no meu cabelo o bagunçado e desfazendo meu coque.
— Ei! — Dou um riso e mostro a língua para ele que faz o mesmo antes de sair rindo.
Arrumo novamente meu cabelo e pego meu caderno de composições, deito na cama de bruços e leio a última composição, faço algumas alterações nas linhas vazias, eu acho que ficará bom, vou deixar para tocar mais tarde quando tiver tempo livre, termino a melodia antes mesmo de meu irmão, Mel e meu pai, terminarem de se arrumar e resolvo procurar pelo meu tablet velho, eu não me lembro de onde o guardei quando me mudei para cá, deve estar em alguma caixa de coisas velhas, não vou mexer nelas agora...
— Ei sua preguiçosa, o que está fazendo? — Raynor empurra o sofá-urso até o lado da cama e sobe na mesma vindo até meu lado se deitando, ele fica olhando para o caderno rabiscado com notas musicais. — Quando vai tocar essa?
— Talvez hoje se eu estiver afim, — Bato a ponta do lápis repetidamente em uma página em branco. — Tô pensando em criar uma música completa, não só o solo de guitarra como geralmente faço. — Largo o lápis. — Mas não sei exatamente ainda o tema da música, acho que vou ter que escutar a guitarra e ver como ficou antes de compor.
— Você compôs isso tudo sem nem ouvir nenhuma vez?
— Sim, gosto da surpresa do resultado, eu sei as notas e os tons de cor. Nunca fiquei decepcionado com nenhuma música. — Sorri para mim mesma.
— Eu não decorei nem rodas as técnicas de combate da minha época... — Resmungou para si.
— Ei me diz uma coisa... Você é um espírito, então posso concluir que já foi vivo? — Apoio a cabeça na mão.
— Não é da sua conta! — Gritou e rosnou pulando da cama.
— Credo... Só foi uma pergunta.... Mal-humorado. — Fecho meu caderno agora curioso para saber sobre Raynor. — Por ser tão grosseiro aposto que era um gangster. — Provoco.
— Na minha época essas merdas nem existiam. — Ele resmunga se ajeitando no sofá-urso após leva-lo de volta ao seu lugar.
— Me diz pelo menos em que época você foi vivo? Faz muito tempo?
— Conhecida por vocês como Japão feudal.
— Caralho, tu é velho, mas tem a voz de como se tivesse minha idade aproximadamente.
— Eu morri aos dezoito. Vai querer como morri também vagabunda? — Ignoro o xingamento e balanço a cabeça confirmando. Ele rosna e suspira de ódio, logo se ajeitando no sofá-urso. — Eu fui treinado para ser um assassino nato- — Interrompo.
— Agora pronto, tô abrigando um criminoso milenar. — Zombo.
— Para seu conhecimento, eu trabalhei nas sombras dos grandes imperadores, fazendo o trabalho sujo.
— Não deixa de ser um criminoso milenar. — Provoco novamente, ele rosna para mim.
— Se começar com suas gracinhas eu paro por aqui sua urubu miserável.
— Ta ta... continua.
— Eu nasci e fui criado em um local onde ninjas não treinados para fazer aquilo que samurais não faziam, matar pessoas pelas sombras, e eu era muito bom no que fazia. Mas eu acabei em uma enrascada e fui morto. Fim. A propósito se um dia precisar assassinar alguém ou precisar esconder um corpo pode me pedir que dou ótimas dicas. — Mostrou os caninos de pano em um sorriso.
— Se não terminar assim não é você, né Raynor? — Reviro os olhos. — Mas se souber, vou adorar dicas de imobilização.
— Chato... — Reclama e me dá as costas deitando-se no urso.
— Maluco...
![](https://img.wattpad.com/cover/274358640-288-k804107.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Plus Ultra - Fanfic BNHA 1° temporada
De TodoS/n é uma garota de 15 anos com uma individualidade priveligiada, uma personalidade forte e uma família divertida, quer dizer... Um pai divertido... Mesmo embora ela ainda não tenha encontrado sua alma gêmea, o que a impede de ver um mundo colorido...