57 (parte 1)

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Depois de comermos algumas fatias de pizza alguns se juntaram na pista de dança enquanto outros resolveram ficar conversando no sofá.

Eu cansei de beber e dançar entre as meninas que insistiram e me fizeram às ensinar alguns passos do Brasil, tentei o samba, não colou elas queriam algo "mais sensual" então ensinei os passos de funk que eu conheço.

Agora, eu estou sentada na grade da varanda sentindo o vento bater no meu rosto, isso me relaxa, apesar do barulho da música logo atrás de mim ser bem alto e a animação de meus colegas ser ainda grande.

Eu podia ir embora para minha casa... não preciso ficar aqui até eles resolverem irem embora.

Abro os olhos e me viro para colocar as penas para dentro da grade quando me assusto com o par de rubis me encarando profundamente. Por algum motivo me senti intimidada com seu olhar penetrante, mas eles não demonstram raiva ou ódio genuíno, mas sim uma leve feição de irritados.

Ficamos nos encarando por alguns segundos até ele virar o rosto para o outro e resmungar.

— Tsc...

Eu passo minhas pernas para dentro da grade e desço da mesma ajeitando a saia e dou um passo para entrar quando sua voz rouca e surpreendentemente calma entra pelos meus ouvidos.

— Você realmente vai de deixar de lado? — Seu questionamento me deixa confusa e eu me viro para encara-lo.

— Como?

— Você é idiota ou que? — Desta vez seu tom mudou, ele se virou mostrando-se irritado.

— Se você fosse mais claro eu entenderia o que quer dizer, babaca! — Retruco e ele cerra os dentes e se vira cruzando os braços sob a grade de ferro, eu ouço seu bufo irritado.

— Você escolheu ele, sem nem pensar em mim. — Ele disse e eu tomei uma completa expressão de confusão em meu rosto.

— Ficou doidão é? Acho que a bebida fez você começar pensa em idiotices. — Comecei cruzando os braços. — Foi você quem disse que não queria saber de almas gêmeas e agora vem com esse papo? Me poupe, Bakugo!

— E você acha que tá melhor do que eu nessa história? — Ele se virou e aumentou o tom rude. — Você disse a mesma coisa, e olha só, passou a noite com ele. Se eu sou hipócrita, você também é garota.

— E quem tá te chamando de hipócrita? Maluco. Eu não vou ficar aqui discutindo com bêbado.

O dei as costas e saí, mas uma mão me puxou para trás com tudo, antes que eu notasse estava prensada contra a grade, ele em minha frente me encarando com raiva e assim ele ficou, sério mesmo isso? Tenho mesmo que suportar hétero top que nem hétero é? Pelo amor do frango frito...

— Eu só queria ser ele naquela hora. A segunda dança. Queria ter sido eu te ter eu meus braços. – Confessou após ter sua expressão calma novamente, ele tocou minha bochecha delicadamente enquanto eu só consegui ficar paralisada com suas palavras. Não é possível que ele tá se declarando para mim. Logo ele... E assim tão direto? Frango frito eu não me preparei para esse momento, PUTA QUE PARIU! PAI SOCORRO VOCÊ NÃO ME DISSE QUE ISSO PODIA ACONTECER, NEM DEVERIA TA ACONTECENDO.

Eu não consegui dizer nada, mas sentir minhas bochechas queimarem como fogo, meu coração disparou como um louco diferente de quando uso minha individualidade para correr ou voar mais rápido, o ar me foi faltando como se sua proximidade do meu corpo fizesse meu círculo de oxigênio diminuir.

Tudo que eu consegui fazer foi empurra-lo e sair em disparada para dentro, quando me dei conta estava no meio do multidão em meio a pista de dança, sentindo meu corpo mole, se eu tivesse ficado mais um segundo eu teria tido uma crise de pânico.

Plus Ultra - Fanfic BNHA 1° temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora