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Era sexta-feira a noite e não havia muita coisa para fazer, mesmo que estando de viagem em um lugar extremamente divertido com a minha mãe, estava entediante. Liguei a televisão e passava um jornal como a maioria dos outros canais, até chegar em um que passava um filme de terror muito bom por sinal. Me sentei na sala e fiquei assistindo, tomava muito susto e gritava as vezes, já que estava sozinha na casa de minha mãe, não tinha nenhum problema fazer barulho.
O filme ficou silencioso demais durante um bom tempo, minha ansiedade ficou a mil e sentia que algo iria me assusto, soltei um grito fino e joguei as cobertas para longe quando ouvi o telefone tocar. Me levantei na força do ódio, queria matar a pessoa que me assustou desse jeito. Atendi o telefone e logo me surpreendo com a voz do outro lado.
— Boa noite, como vai meu amor? — Steven dizia suave.
— Puta merda Steven, você me assustou... — Disse com a voz tremula. — Jurava que era só o filme, mas quando escutei o barulho mais alto que a TV, quase enfartei.
— Assistindo filme de terror a essa hora? — Sentia que Steven segurava a risada.
— Tá passando em um canal ai, e pode parar de segurar esse sorrisinho seu... — Escutei a risada de Steven — Estou com saudades...
— Também estou... Queria tanto poder te abraçar. — Steven diz melancólico. — Quando vai voltar? Não vai demorar vai?
— Não sei... Mas não vai demorar, minha mãe precisa voltar a viajar e eu preciso voltar aos meus estudos... Mesmo que tenha que suportar meu pai.
— Sinto muito que tenha que passar por isso... Mas quando você voltar prometo te roubar mais vezes do seu pai! — Ele diz animado, o que era muito fofo.
— Vou cobrar sobre o seu roubo. — Dei leves risadas.
— O que você anda fazendo por ai? Soube que é um lugar bem divertido.
— Sim, é divertido e isso cansa demais. Minha mãe me entende e tudo mais, porém não lida muito bem com responsabilidade, mas ela é divertida. — Disse o final da frase com leveza na voz.
— Que bom! Tenho que ir... Poderia passar a noite conversando com meu doce, mas eu preciso ensaiar amanhã... — Steven diz meio triste, senti isso em sua voz. — Ficar por mais de um mês longe de você está me matando! Quero tanto te beijar, te abraçar, dançar com você, te fazer cosquinhas, beber e chegar em casa morrendo de rir com você no meu colo...
— Também sinto... — Minha voz fica falhada. — Mas eu volto logo e podemos voltar a viver nosso romance clichê de filmes. Te amo tanto, se cuida e lava as patinhas.
— Pode deixar, também te amo muito!
Ligação cortada. Saudades.
Uma semana se passa e nunca mais havia falado com Steven pelo fato de ser meio difícil a ligação aonde minha mãe mora. estava voltando para casa, cheguei em casa e meu pai estava na sala sorridente, sorri sem graça de volta e depois de uma curta conversa entrei em meu quarto e joguei malas e meu casaco na cama. Era bom estar de volta.
Me sentei na cama e sorri fazendo um pequeno plano, sabia que Steven estaria ensaiando com os meninos e sabia o local, Steven não sabia que eu estava de volta, e é obvio que eu queria fazer uma surpresa para ele. Minha me deu alguns doces que Steven possivelmente podia gostar e eu os peguei e coloquei dentro da minha mochila. Banhei, me arrumei, peguei a mochila e fui quase correndo para aonde os meninos ensaiavam, e eu escutava uma música sendo tocada.
Esperei alguns minutos lá na frente e logo vi uma silhueta conhecida vindo para fora, Duff, ele se surpreendeu e me abraçou.
— De volta baixinha? — Ele diz após me soltar.
— Sim! então... Pode chamar o baterista para mim?
— É claro! — Duff correu para dentro.
Logo vi a silhueta de Steven correndo para fora, ele logo me viu e me abraçou como nunca, me rodou nesse abraço e quando me soltou me deu vários selinhos e voltou a me abraçar.
— Ah, eu estava morrendo de saudades de você! — Ele dizia eufórico.
— Eu também!
Ficamos durante um tempo nos abraçando, quando o Pop Corn me soltou eu peguei minha mochila e mostrei pacotes diversos de doces para ele, ele pegou um pacote que lhe chamou atenção e o abriu comendo e fechando os olhos saboreando o gosto.
— Aprendi a fazer tipo um brigadeiro só que menos grosso para colocar em cima da pipoca. — Disse e logo vi Steven abrir os olhos brilhantes.
— Que perfeição! A gente tem que ir ver os meninos logo e ir embora para eu experimentar a essa coisa perfeita!
— Steven, a gente ainda precisa comprar as coisas para fazer.
— Sim eu sei, mas não estou só dizendo da pipoca...
