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Izzy sempre teve os melhores passeios como festas grandes ou lugares calmos aonde a natureza reina. O humor de Izzy afeta os passeios, mas nunca deixam de ser especiais.
Estava estudando para a prova de química, a matéria que mais odeio na minha vida. Canetas; folhas; papeis pequenos; recortes de revistas e de jornais; lembretes; anotações importantes e não tão importantes assim; e uma música calma tocava enquanto eu colocava tudo em ordem. Fiz uma espécie de mapa, colando as folhas na parede do quarto com fitas de cores diferentes mostrando a ligação entre algumas coisas, e também uma folha pequena com a descrição da importância das cores da fita. Mesmo a prova sendo daqui uma semana e meia era melhor me preparar, odeio química e isso me atrapalha a aprender.
Me joguei na cama olhando o relógio no meu pulso e checando o horário, era 17:34PM, "Não acredito que passei o meu sábado fazendo isso" pensei, mas logo meu pensamento foi interrompido pela voz da minha mãe e a ver abrindo a porta do meu quarto.
- Aquele garoto de cabelo preto e grande te ligou e eu atendi. Ele me perguntou se você podia ir passear com ele, mas em específico ir na cachoeira. - Minha mãe dizia enquanto olhava o meu "mapa de química" - Mas antes de você pensar em se arrumar, arruma a bagunça desse quarto. Deve ter uma aranha ou uma cobra nessa bagunça. Isso vem de seu pai, da família dele.
Reviro os olhos e dou um sorriso ingênuo. Minha mãe sai pela porta e eu sigo os passos rapidamente planejados na minha cabeça. Pego as folhas de jornais e revistas e jogo no lixo, guardo meus livros e folhas de caderno que tinha jogado no canto do quarto, e coloco objetos em seus devidos lugares e pronto. Quarto arrumado. Corro pelo meu quarto pegando uma toalha e logo corro para o banheiro da casa, escuto a voz da minha mãe gritando algo como: "Sem correr pela casa" mas ignoro completamente. Tomo meu banho em cerca de 4 minutos, não gosto de gastar tempo em baixo do chuveiro.
Já dentro do meu quarto novamente, abro o guarda-roupa e encaro as roupas que estavam dobradas e outras que estavam penduradas em cabides.
- Não é uma festa. - Olhei um vestido vermelho e saltos pretos em minha frente. - Também não vou ficar em casa sem fazer nada... - Olhei uma blusa branca manchada com café. - Cachoeira... O que se usa pra isso?
Pego uma blusa do Led Zeppelin; outra blusa de mangas compridas xadrez; uma calça jeans rasgada; e uma bota cano médio preta. Vestida e de cabelo preso, perfume jorrado no meu corpo e uma maquiagem extremamente básica. Eu estou pronta. Desço as escadas com uma certa pressa após escutar a voz de Izzy me chamando, gritei um "Tchau mãe" após abrir a porta e saio dali com Izzy. Antes que pudesse fechar a porta escutei "Nove horas em ponto!" da minha mãe.
- Acho que sua mãe não gosta muito de mim. - Izzy disse em um tom de brincadeira.
- Espero que você conquiste ela até o final do ano...
- Não prometo nada.
Entro no carro de Izzy e seguimos o caminho escutando música, e Izzy escutando o quão foi chato o meu dia e ele apenas ria sobre isso o caminho todo. Ele conversou sobre a banda e como os ensaios estavam sendo loucos e cansativos. Chegamos na cachoeira com uma certa demora pois era meio longe da cidade, mas valeu a pena.
- É muito bonito... Parece ter saído de uma pintura. - Digo olhando em volta assim que desço do carro.
- Realmente... - Izzy diz chegando perto de mim.
- Nossa... Pensei que fosse falar que o lugar era bonito, só não tanto quanto eu.
- Eu não minto.
- Que romântico você! - Dou um tapinha leve no braço de Izzy.
A água forte que descia do começo da cachoeira se batia nas águas calmas do que podemos chamar de piscina, se parece tanto com uma. Os sons que escutamos o tempo todo naquele lugar era relaxante, me fazia se sentir calma e esquecer de tudo que me preocupava. A visão também é a melhor coisa que se pode imaginar.
Izzy me abraça por trás olhando aquela relaxante vista em nossa frente, por mais que ali estivesse frio o abraço de Izzy esquentava todo o meu corpo. Me viro ficando de frente para Izzy, passei meus braços por volta do pescoço dele e fechei os olhos, logo senti os meus lábios se chocarem com o dele em um beijo incrível como os outros que damos ao decorrer das nossa relação. As mãos grandes e quentes do meu namorado tocam a minha nuca me fazendo arrepiar, a puxada que ele deu na minha cintura me deixava diferente, mas teria que resistir a tentação se não minha mãe não iria deixar eu sair com ele de novo, e eu não descontaria tudo que acumulei para Izzy.
Voltamos a estrada depois de um tempo juntos e salvos pelo gongo era 21:09 PM e minha mãe não estava em casa, me despedi de Izzy e segui para dentro de casa. Acendi as luzes e vi um bilhete.
"Sai para comprar o jantar, deixei o frango queimar, volto com um pouco de demora. Beijos, mamãe"
