SINOPSE: Elizabeth perdeu sua mãe ainda muito nova. Criada por seu pai e irmãos, leva uma vida confortável e despreocupada, até que o destino resolve virar seu mundo de cabeça para baixo. Dominada pela dor, se vê obrigada a fazer escolhas que não im...
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Liss
Já se passaram três dias desde que mandei uma mensagem para Noah. Para que ele tem telefone, se não responde?
Isso me dá nos nervos!
Temos aula de penal hoje e não conseguimos nos reunir para trabalhar na pesquisa. Só temos uma semana para finalizarmos o projeto, e não estamos nem na metade.
Que ódio. Isso que dá confiar num cara que mal conheço.
Sento na minha cadeira de costume, e meus olhos percorrem a sala, procurando-o.
Nada.
Se ele não aparecer hoje, vou falar com o professor.
Na metade da aula, Noah entra fazendo barulho, chamando atenção de todos para si.
Sua aparência desleixada cria um grande contraste com seu visual de semana passada.
Além disso, ele tem uma beleza de tirar o folego. Mesmo todo bagunçado, ainda há uma aura que o deixa terrivelmente atraente. Não importa aonde vá, a atenção de todos está sempre nele.
- Bom dia, Collins. Que bom que resolveu aparecer. Como vai sua pesquisa?
- Está quase pronta, professor. Você vai ficar orgulhoso.
O professor bufa, mas continua com a aula. Noah, por sua vez, não me olha, apenas segue para seu lugar. Um grupo de garotas que o rodeiam, suspiram e dão risadas abafadas quando ele se acomoda piscando para elas.
Ver Noah cochichar com outras garotas durante a aula, me deixava incomodada.
Ele some, não responde minhas mensagens nem ligações, e ainda fica de bom humor brincando com elas como se não tivesse acontecido nada?
Idiota.
Quando a aula terminou, fui até sua mesa.
- Posso saber por que você não me responde? - digo com as mãos na cintura.
- Andei ocupado.
- Tudo bem, só quero saber se você já fez a pesquisa. - Reviro os olhos, tentando manter a calma.
- Hum... A pesquisa... era sobre o que mesmo?
- Você está brincando né? - Gritei. E vi as garotas nos olhando, prestando atenção para espalhar a próxima fofoca da semana.
- Relaxa, gatinha. Ainda temos tempo!
- Não, Noah! - Que se dane as fofocas! - Quer saber? Foi um erro confiar em você, vou falar com o professor.
- Elizabete, eu vou manter minha palavra. Só não estava com cabeça para isso na semana passada, ok?
Para me impedir de continuar caminhando, Noah puxou meu braço, me fazendo perder o equilíbrio. Mas, antes mesmo de pensar que poderia cair, ele me segurou em seus braços.
Quando percebi, meu rosto estava em seu peito, e uma de suas mãos estava segurando a minha, enquanto a outra abraçava minha cintura.
Com nossos corpos tão próximos, podia sentir seu perfume. Aquele aroma inebriava meus pensamentos, me fazendo desejar continuar ali.
Não sei quanto tempo se passou, mas em algum momento, decidi olha-lo, estava curiosa para saber se ele sentia o mesmo que eu.
Ao levantar minha cabeça, pude vê-lo me encarando, e percebi que sua respiração estava acelerada, assim como a minha, e ele também não tinha se afastado.
Decidi continuar encarando-o, tentando decifrar seu olhar tão misterioso. Então, de repente, como se a razão tivesse voltado, ele me soltou abruptamente.
- O que você acha de nos encontrarmos na biblioteca durante a semana? - Ele disse timidamente
- Tudo bem. - pisco algumas vezes, tentando voltar ao normal.
- Beleza, a gente se vê, por volta das quatro horas amanhã? Preciso falar com meu chefe primeiro.
- Você trabalha? - Assim que as palavras saem da minha boca, percebo que não estava pensando e sim pronunciando. Dou um tapa imaginário na minha testa. Não que ele não pudesse trabalhar, é só que parece mais do tipo que gasta o dinheiro dos pais.
- Sim. Algum problema?
- Não, não... É que... Nada. Esquece.
- Até amanhã, então.
- Até!
Fala galera, obrigada por estarem tirando um tempinho para ler minha história.
Votem e comentem, assim posso saber o que melhorar.
