Capítulo 2

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Acordo sentindo o cheiro de Lucas próximo de mim.

– Eu te amo meu anjinho – Ele sussurra selando seus lábios nos meus e acariciando meus cabelos.

Volto a dormir e a sonhar com àquele dia.

Flashback on

–  Lucas, onde você está? –  Choramingo.

Ouço barulhos vindo da casa da piscina e corro até lá pensando que ele deve estar se escondendo de mim.

– Achei! – Grito sorrindo. Meu sorriso desmancha quando vejo Lucas beijando uma garota.

– Angel! – Exclama assustado se separando da garota que me encara com... nojo?

– O que está fazendo aqui? – Pergunta confuso e constrangido

– Você disse que ia sair comigo – Sussurro. Me viro de costas indo embora.

– Angel espera! – Pede.

– Ei Lucas! Vai me deixar aqui? –  A garota reclama irritada.

– Vai embora Sara, nos falamos depois – Ele diz correndo até mim.

– Oi, por que está tão irritada cerejinha? –  Pergunta me abraçando. Me desvencilho do abraço e corro para meu quarto.

Flashback off

Dois dias depois
 

Mamãe está assinando a minha alta enquanto meu pai e Lucas me ajudam a arrumar minhas coisas. Coro quando meu irmão pega uma calcinha de renda branca e deixa separada junto ao vestido que vestirei. Meu pai fecha a bolsa e sai dizendo que a colocará no carro. Lucas fecha a porta e me ajuda a tirar a camisola do hospital, ficar deitada esses dias me deixou com dores nas pernas. Ele me entrega as peças de roupa e se vira enquanto eu entro no banheiro e tomo banho.

Em poucos minutos eu termino e visto meu vestido, minha mãe estava me esperando sentada na cama.

– Vem querida – Ela me estende a mão e saímos do hospital indo para casa

***

Me deito no peito exposto de Lucas e suspiro sentindo seu cheiro, ele disse que ficaria comigo até eu dormir. Ligo a Tv e ponho um desenho qualquer, sinto meu estômago roncar e choramingo.

– Ei cerejinha, o que foi? – Pergunta beijando minha testa.

– Estou com fome, você pode me trazer algo para comer? – Peço.

– Vem – Ele me pega no colo e desce as escadas indo até a cozinha, Lucas me senta na bancada fria e resmungo – Você sabe nossos pais não gostam que você coma no quarto.

Ele abre a geladeira e tira uma vasilha de cerejas juntamente com o pote de requeijão e uma garrafa de suco.

O analiso enquanto ele prepara meu lanche, Lucas é bonito, e não é só eu que acho. Todas minhas amigas da escola gostam dele e me pedem para vir dormir aqui, mas minha mãe nunca deixa. Ela diz que eu não devia confiar em todo mundo.

– Aqui – Ele me estende uma cereja e abro a boca saboreando a fruta. Cereja é minha fruta favorita, talvez seja pelo fato de que é a única que posso comer. Todas as outras me deixam enjoada. E por isso que Lucas me chama de cerejinha. Abro um sorriso enquanto a mastigo, sinto seu olhar em mim e quando eu o encaro ele volta a fazer o que estava fazendo.

– Por que se afastou de mim? – Pergunto. – Foi por alguma coisa que eu fiz?

– O que? Claro que não, Angel – Ele separa minhas pernas e abraça minha cintura deitando a cabeça em meu peito. – Me afastei porque sou um idiota que não sabe lidar com os sentimentos. E olha só o resultado, você foi parar no hospital por minha causa.

Toco seu rosto e ele me olha atentamente levantando um pouco a cabeça ficando com o rosto a centímetros do meu. Seu olhar se desvia para minha boca semiaberta e nossas testas se colam uma na outra.

Lucas fecha os olhos e suspira acariciando minha bochecha e contornando meus lábios com os dedos. Quando seu polegar passa em meu lábio inferior abro a boca e o sugo. Não sei por que fiz isso, mas Lucas rosna e aperta mais minha cintura.

– Porra, Angel. Por que você tinha que ser tão... – Ele grunhe, se afasta e me entrega um prato de lanche, o copo de suco, as cerejas e sobe as escadas rapidamente.

Solto um longo suspiro e como o lanche que ele preparou deixando o prato na pia logo depois. Subo as escadas e bato na porta de Emy, a ruiva abre a porta e franze o cenho me analisando.

– Você está bem? – Questiona abrindo mais a porta e me deixando entrar – Achei que Lucas fosse dormir com você hoje.

– Ele ia, mas eu fiquei com fome e nós descemos para ele fazer alguma coisa para eu comer, só que aconteceu uma coisa e ele subiu as escadas correndo. Acho que deve ter ficado com raiva de mim – Murmuro triste.

Emy me puxa para a cama e segura minhas mãos.

– O que aconteceu que faria com que ele ficasse com raiva de você, Angel? Acho que se você lhe desse um tiro ele ainda agradeceria – Ela diz rindo.

– Eu nunca faria isso

– Eu sei que não, você é boa demais para machucar alguém – Dá de ombros.

– Acho que ele ficou bravo por eu ter chupado o dedo dele. Quer dizer, não fiz por querer, mas ele estava contornando minha boca com o dedo e eu não consegui me segurar e chupei o dedo dele.  – Digo. – Você acha que foi por isso que ele ficou bravo?

Emy me olha parecendo conter uma risada, que logo escapa.

– Ai meu Deus! – Ela sussurra e gargalha. – Eu daria tudo para ver isso. Espera! Ele disse alguma coisa?

– Não... Ele só murmurou algo sobre o porquê de eu ser tão... Não sei, logo depois disso ele saiu da cozinha.

– Nem imagino o que isso deve ter causado nele – Ela murmura pensativa. – Eu tive uma ótima ideia, Angel – Diz sorrindo de um jeito estranho.

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