Capítulo 8

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Lucas

Paraliso por alguns segundos, tento pensar em desculpas para dar, mas... nada vem á minha mente.

– Como...como você – Ele me interrompe

– A maioria das salas tem câmeras, esqueceu? –Pergunta divertido. É claro que não esqueci, afinal a ideia veio de mim, mas quando se trata de Angel eu simplesmente deixo tudo de lado e me concentro somente nela.

– Olha, Gael, eu... – Sou novamente interrompido.

– Pai – Me corrige. – Sabe que não gosto quando me chama pelo nome, Lucas

–  Desculpe – Murmuro baixo.

–  Meu filho, entendo que pra você é difícil se abrir conosco, mas sabe que eu e sua mãe te amamos  muito – Diz com a voz calma. – Pode nos contar tudo o que quiser. Respeitamos seu tempo e seu espaço, nunca vamos te forçar a contar coisas que não queira partilhar, sabe disso, não é?

– Sim, pai eu sei, e juro a você que tento ser assim, aberto, mas é complicado... – Respondo fitando uma foto de Angel e eu que fica ao lado do meu travesseiro.

– O que aconteceu hoje também é complicado? – Questiona em tom cortês.

– Eu... Me desculpe por aquilo, garanto que não vai mais se repetir. Foi um erro, minha culpa.

Meu pai se senta ao meu lado e acaricia minha cabeça.

– Isso é uma mentira para tentar me enganar ou para se enganar? – Sua pergunta me pega de surpresa. O que ele quer dizer com isso? – Sua mãe e eu não somos bobos, o ciúme entre vocês, a forma como se tratam, sabíamos que havia possibilidade que isso acontecesse em algum momento. Só não achei que seria dessa forma.

Gael da uma risadinha enquanto se levanta e caminha até a porta.

– Só duas regras, se você magoar Angel eu vou dar sua parte da herança todinha pra ela e se eu encontrar alguma camisinha jogada por aí eu mato vocês dois.

Me sinto mais relaxado ao perceber que ele realmente não vai me matar. Então abro um sorriso zombeteiro. Quando ele está saindo o chamo.

– Sobre a segunda regra, não devemos usar camisinhas então?

Ele se vira tão rápido e tromba no suporte de TV quase a jogando no chão.

– Se eu suspeitar que vocês estão... estão fazendo coisas que não devem, aí sim eu mato vocês e quem vai ficar com a herança será a Millie.

– Little Bear – Angel resmunga entrando no quarto enrolada na coberta felpuda. – Ainda estou com raiva, mas não consigo dormir sem... você.

Ela para ao lado do nosso pai e olho de um pra outro sentindo-me enrubescer. Gael apenas dá uma risada como se soubesse de mais coisa do que eu.

– Dorme bem, meu anjinho – Ele beija a filha e sai fechando a porta e nos deixando sozinhos.

– Angel... – Tento dizer algo, mas ela me olha com raiva apontando para a cama. Me deito de lado e ela se enrosca em mim com a coberta quentinha. – Tira essa coberta, estou com calor.

– Não, agora me abraça que eu estou com sono – A voz rouca da minha cerejinha brava me faz sorrir. Beijo seus cabelos macios e ela resmunga, mas se aconchega ainda mais em meu peito.

– Eu te amo, anjinho – Sussurro contra os fios loiros.

Bocejo ficando tão cansado quanto ela aparenta estar, e antes de pegar no sono posso jurar ter a ouvido responder.

– Também te amo, little Bear.

Angel

– Cerejinha, acorda – Ouço uma voz conhecida sussurrar longe e mãos fortes acariciarem meu rosto. – amor, você está dormindo a muitas horas.

– Me deixa quieta – Peço embolando a língua – Estou com sono.

– Angel, levanta – A ordem na voz de Lucas me faz resmungar e abrir os olhos encontrando-o sentado ao meu lado.

– Deita comigo, Little Bear – Resmungo com sono. – Não estou bem, por favor

Lucas se deita se inclina sobre mim beijando meu pescoço, seu nariz gelado serpenteia pelo meu ombro descoberto e sua mão afasta meus cabelos que caem em meus olhos.

A forma sempre carinhosa como ele cuida de mim é um dos motivos para eu o amar tanto.

– Levante, Cerejinha – Pede mordendo meu lóbulo direito. Seus lábios quentes e macios rumam para meu queixo e seu nariz se esfrega com o meu, fazendo nossos lábios de tocarem superficialmente.

E então, como um passe de mágica não estou mais com sono e o frio que me mantia coberta se transforma em um calor desconhecido, é sempre assim até com os menores toques dele.

– Ainda está irritada comigo, não é amor? – Murmura contra meus lábios e só consigo assentir. – Então acho que tenho um longo e lento caminho até o seu perdão, o que acha?

– S-sim – Sussurro ou gemo abrindo a boca para tentar sugar um pouco do ar que ele me rouba.

– E o que acha de eu começar bem debaixo? – Como se em uma insinuação ele toca meus pés e sua mão subindo por minhas panturrilhas e coxas me obrigam a me revirar, expondo ainda mais meu pescoço a ele. – Preciso merecer seu perdão, Angel e estou mais do que disposto a me ajoelhar por você e rezar para que o libere para mim.

O tom em sua voz... Eu não sei explicar, mas aumenta a combustão em meu corpo e faz meu ventre pulsar, queimar, por ele.

– Lucas, por favor – As palavras se embolam na minha boca, esfrego as pernas uma na outra e aperto meus olhos com força, como se isso pudesse afastar a labareda que me percorre.

Não sei pelo que estou pedindo, mas quando suas mãos sobem para meu pescoço e acidentalmente roçam meus seios, não tenho outra alternativa a não ser jogar a cabeça para trás e gemer seu nome.

Meu suprimento de ar é momentaneamente cortado de mim por suas mãos em meu pescoço, mas isso só aumenta a fricção entre minhas coxas.

Sinto-me escorrer, estarei ensopada antes que sequer pense em acabar comigo.

– Isso não é justo! – Choramingo em um gemido que não consigo controlar.

Lucas me dá espaço apenas o suficiente para que eu possa me sentar na cama e logo volta a me atacar com seus beijos e suas mãos percorrendo para parte de mim.

Entreabro os lábios e suspiro fechando os olhos em uma súplica silenciosa para que me beije.

– O que não é justo amor? – Questiona descendo as alças da minha camisola fina e beijando meus ombros. As pequenas mordiscadas roubam minha voz por alguns momentos.

– Você... tudo isso – Sussurro enfiando meu rosto contra seu pescoço e aspirando seu cheiro inebriante, quase como um feitiço.

Sua risada contra minha pele me deixa bem ciente de que não controlo meu corpo a tempos. Ainda é estranho para mim que ele... goste de mim?

Não sei.

Quer dizer, não tenho muitas coisas ao meu favor.

Olhe só para mim!

– Você é como uma maldita deusa, Cerejinha – Resmunga contra minha pele me provocando, como se pudesse ouvir meus pensamentos.

– Lucas – O chamo quando consigo recuperar o controle sobre minha mente, apenas o suficiente para formar uma frase.

– Diga, meu amor

– Acho que você deveria se apressar e se esforçar mais pelo meu perdão – Digo com a voz fraca pelos seus toques, seus dedos indicador e médio contornando os mamilos protuberantes por cima do tecido que quase se rasga quando a rigidez. – Eu sou uma deusa? Se ajoelhe e reze por mim, Little Bear.

♥️♥️♥️

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⏰ Última atualização: Jan 27 ⏰

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