Capítulo 3

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Olá querido leitor(a) espero que tenha apreciado a memória pacífica, que vamos começar a brincadeira de verdade agora

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Olá querido leitor(a) espero que tenha apreciado a memória pacífica, que vamos começar a brincadeira de verdade agora.

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“Quando não existe luz, não se pode dizer o que é escuridão de verdade”

Victoria
(1 ano após o ataque ao sítio)
***


Meus olhos mais uma vez estão vermelhos, a privação de sono cada vez cobrando seu preço. Meu trabalho é horrível, mal sinto minhas mãos quando volto para casa, a maioria se admira em como uma mulher aguenta o serviço pesado, como se esse não fosse o meu lugar, bando de idiotas.

Tudo isso era temporário até eu conseguir juntar algum dinheiro, como se isso fosse possível com esse pagamento ridículo, somado ao aluguel exorbitante que aquele porco cobra. Mesmo gastando o mínimo, ainda assim mal juntei algumas moedinhas, odeio ficar pensando tanto nisso, deve ser culpa do sol, que queima minha cabeça.

É ridículo uma cidade tão evoluída precisar de tanto trabalho braçal. Na noite passada tive que carregar os pentágonos de pedra para a nova rua e antes disso tive que quebrar as pedras e as cortar com enormes talhadeiras e marretas. Não aguento mais ver pedras na minha frente.

As palmas de minhas mãos, logo vão se tornar em escamas de tão grossas e minha coluna não está em seu melhor estado, precisa de alguma coisa para aliviar as dores de corpo, não deveria, mas acabei pegando gosto pela bebida. Isso me trazia uma culpa sem igual, ao lembrar de minha mãe, mas eu realmente não tinha mais nada para me apoiar.

Sentada com um copo na mão eu pensava nela, sua face parecia que me seguiria até minha morte. A bebida sempre remete a ela, sempre sorrindo e cantando velhas músicas por todos os lados, ela dançava como ninguém e estava em meio a todo o tipo de gente. 

Eu ficava observando de longe, não era uma boa ideia que ela me visse ou eu iria acabar indo dormir roxa. Quando ela perdeu os sapatos me culpou e eu sinto dor nas costas apenas de pensar nisso, amaldiçoei o cipó que crescia ao redor de casa, após ter toda a minha costa marcada por ele.

Sofia nunca conheceu a avó ou o avô. Sobre meu pai... nem eu o conheci. Imaginava que ele um dia iria aparecer e me levar embora. Ele nunca veio.

Minha mãe não falava sobre isso sóbria, mas ela falava de quase tudo quando estava bêbada. Graças a isso certa vez eu perguntei sobre meu pai, ela deu de ombros, que surpresa, vinda da mulher que vendia o corpo por vinho e quinquilharias.

Dama De Ferro (EM EDIÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora