NOTAS DO AUTOR.
OPA! Como estão, meus bem aventurados? Antes de começar, queria muito agradecer pelo retorno com O Inferno do Atlântico! Como um agradecimento, mais um capítulo, e também o link da playlist OFICIAL de OIDA! Ler a história ouvindo dá um "tchan" a mais, sem dúvida!
Segue o link aí: abre.ai/oidaplaylist
E mais uma vez, obrigado de verdade e perdão a demora. Comentários me incentivam a continuar! <3
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— Por favor, mama! Me deixe ir com o papa! Prometo que vou me comportar!A voz birrenta de uma pequena Noceda invadia os ouvidos de Camila. Desde que seu pai havia retornado de uma viagem exaustiva de demorados meses, o mesmo deixava claro que teria de voltar às marés nervosas mais uma vez.
Diego, pai de uma teimosa e agitada aventureira, marido de uma linda mulher latina, e um saqueador em potencial; fazia parte de uma gangue conhecida dos criminosos de alto mar: Coruja Negra! Afinal, orgulhava-se de ser o braço direito do capitão mais temido e barbudo da litorânea região de Londres. Inimigos mortais dos fantasmagóricos Holandeses.
— Vamos lá, Camila, deixe-a ir. Voltaremos antes do café da tarde. — A voz grave do moreno ressoou junto a uma risada.
— Por Dios, vocês são realmente teimosos… — Camila hesitou, olhando para a expressão pidona de sua filha. — Quero vocês aqui antes das dez e meia.
Mais risadas se sobressaíram quando a pequena Luz pulou nos braços do marujo. O rapaz, assim, lhe ofereceu o chapéu, deu um beijo em sua mulher e acenou algumas vezes antes de sair pela porta da frente.
A capital litorânea continuava a mesma há muitos anos. Vendedores de peixe gritando pra lá e pra cá, jovens aprontando depois de um longo dia na escola, sinos navais espantando as garças da baía e madeiras rangendo. Humildemente animada e tranquila, assim como os passos de ambos em direção ao deque da Rua das Escaldadas.
— Papa, o que iremos fazer hoje? Pescaria? Batalhas navais?! — A menor saltitava desamparada.
— Hoje vamos levar algumas mercadorias até o porto mais próximo, pequeña. — Respondeu Diego, segurando a mão da outra firmemente.
O pai e a filha continuaram seu rumo com muitos questionamentos e perguntas desnecessárias. O cheiro salgado do porto deixava Luz totalmente eufórica com a ideia de poder finalmente se aventurar em um dos barcos que sempre desenhava e lia sobre, e em um instante, já se encontravam pisando na trilha de madeira do deque, onde encontraram diversos homens com cheiro de rum forte e barbas enormes. Balbuciavam algo de forma folgada e desajeitada.
Diego ergueu a mais nova no colo, percebendo seus olhos escuros brilharem, ainda que não houvesse muito sol. O rapaz dava alguns acenos com a cabeça e cumprimentos aos seus aliados, finalmente no andar principal do simples — e disfarçado — navio cargueiro.
Em um dos lados, algumas centenas de quilos de jóias e bijuterias douradas, e no outro galões de cerveja cheios o suficiente para uma viagem de meses. Um exagero espontâneo, tal que a viagem para o porto local levaria apenas poucas horas.
— Vejo que trouxe mais um marinheiro, Diego! — Uma voz grossa e suave invadiu o saguão.
— 'Ahoy, Capitão Philip! Luz está realmente animada para conhecer o trabalho, não é? — O rapaz respondeu, observando sua filha concordar freneticamente em seu colo.
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O Inferno do Atlântico. - LUMITY.
Romance[ LUMITY - PIRATES¡AU ] Sem pudor ou marcas de relutância, a mais trivial e famosa tripulação "Coruja Negra" assombrava todos os cantos cardiais europeus, seja no mar ou na terra, como habilidosos e impiedosos piratas. Saqueando navegações, cantarol...