Rivais - MINSUNG

A Lie

— Cala a boca Minho!

— Não Jisung, cala você, aceite que eu sou o melhor e fique quietinho!

— Eu vou te MATAR se continuar assim tá me entendendo?

— Aí que medo! Vai fazer o que? Me bater com suas bochechas?

— Vou fazer pior idiota!

— Eu te odeio!

— Eu odeio você muito mais!

— Chega! Por favor meninos, ontem vocês estavam tão bem e hoje já voltou pra essa briguinha de vocês!

É, exatamente isso que você leu, estavam mais uma vez na escola e brigando, de novo. 

A diferença era que dessa vez era tudo uma mentira.

Estavam literalmente encenando aquilo tudo, como haviam combinado.

Na tarde passada, depois de se beijarem por um bom tempo, eles decidiram como ficariam juntos sem a escola desconfiar.

Combinaram de continuarem as brigas, de continuarem se xingando e se olhando feio no meio dos corredores.

Pode parecer uma ideia meio tola e sem sentido, mas na cabeça deles aquela era a idéia mais genial do mundo!

Era engraçado ouvir Minho falar mal das suas bochechas sendo que ontem mesmo ele passou a tarde toda as apertando e mordendo dizendo o quanto eram fofas.

Agora os dois estavam caminhando juntos, mas com uma certa distância entre eles. A Professora mandará eles tomarem uma água para se acalmarem e depois voltarem para a sala.

Os bebedouros ficavam do lado do vestiário do colégio e o Lee teve uma ideia ao lembrar disso.

Lançou uma olhada cúmplice para Han e entrou no vestiário.

Sabia que não teria ninguém lá, os garotos do time de Futebol estavam em aula agora e isso facilitou muito para que ele fizesse o que queria assim que o menor seguiu ele para uma das cabines do banheiro embutido com o vestiário.

Assim que Minho o puxou para dentro e trancou a porta, sentiu seus lábios sendo pressionados sob os do outro.

Era uma beijo até que calmo dessa vez, o Lee se contentou apenas com a cintura do outro o que abriu uma incógnita na cabeça de Jisung.

— Me desculpa Hannie....

Foi a primeira coisa que Minho disse quando se separou do beijo.

A verdade é que agora que gostava do menor ele se sentia mal falando todas aquelas coisas para ele.

— Hm? Pelo o que? Você não fez nada.

— Pelo o que eu te disse hoje Hannie,
não era verdade ok? Eu amo suas bochechas — Terminou de falar deixando uma leve mordida na bochecha direita dele.

— A é isso? Tudo bem, o que eu disse não é verdade também ok? Eu não te odeio e nem quero te matar — Terminou soltando uma pequena gargalhada, assim como Minho.

— É difícil ter que falar isso pra você agora.

— Calma, é só lembrar que tudo o que dissermos é mentira tá bom? — Falou e deixou um selinho nos lábios do outro.

— Então não esqueça que tudo o que eu falar vai ser mentira tá? Se você se chatear com alguma coisa me fala ok?

— Eu sei, eu sei, agora vamos, podem desconfiar.

— Eu quero um beijinho antes....

— Só você mesmo Minho.

Deram um último beijo, com mais desejo que o primeiro que deram ao chegarem ali, e enfim, voltaram para a aula.

•

Estavam na última aula agora, a qual era educação física.

Agora que a relação deles já não era única e exclusivamente de ódio, eles faziam questão de se provocarem de outra forma durante as aulas.

Eram conhecidos como os nerds gostosos do colégio.

E Minho estava fazendo um bom proveito desse título agora.

O Lee estava sem camisa no meio do campo.

Estavam jogando futebol e Minho como um bom provocador teve a incrível idéia de tirar a camisa no meio do jogo.

Em algum outro momento, Jisung teria amado aquilo tudo, e quando digo em outro momento eu quero dizer num deles sozinhos e em um onde o Lee tirasse a camisa só para si e não para aquele bando de garotas do colégio.

Óbvio que não daria uma de ciumento sendo que nem tinham algo concreto ainda, porém não poderia dizer que estava amando a cena que via.

Por que elas tinham que tocar nele?

Elas estavam literalmente tocando no abs dele enquanto ele tomava água.

Mas no meio da raiva ele sorriu ao lembrar que em algumas horas teria aquilo tudo só pra si, assim como teve na tarde passada.

•

— É sério isso?

— O que foi Lix?

— Vocês vão realmente fingir que estão brigando na escola e se pegar as escondidas em casa?

— Do jeito que você fala parece uma idéia bem ruim..... Mais não é! É exatamente isso o que vamos fazer!

— E é bem ruim!

— Não é não! Tem tudo pra dar certo, só falta uns meses para acabarmos a escola e pronto, vamos ser livres para gostar de quem quiser!

— Ok, talvez, bem talvez, isso de certo.

— Para Felix, eu tô ficando com o cara que eu gosto! Da pra ficar feliz por mim?

— Aish, desculpa, não pensei mal eu estou realmente feliz por você ok? Que bom que decidiu seguir seu coração.

Os dois estavam na casa de Felix depois da aula e nesse momento o loiro estava dando um abraço bem apertado nele.

— Obrigada por me aconselhar Lix, se não fosse por você eu ainda estaria brigando com o Minho pelos corredores.

— Mas vocês continuam brigando pelos corredores — Gargalhou.

— Aff, mas agora é diferente!

— Ok, ok.

•

Do outro lado da cidade, a mesma conversa acontecia com Minho e seu melhor amigo.

— Vocês ficaram no banheiro?? Que nojo Minho!

— Cala a boca, você e o Felix transaram na salinha do zelador, tá falando o que?

Na casa de Minho os dois estavam sentados na mesa da cozinha, já que os pais do Lee estavam trabalhando.

— Ah, é verdade... Não precisa expor também né?!

— Não mandei falar sobre eu e o Hannie.

— Aí Hannie, que fofinho, meu neném tá crescendo!

— Changbin!

— Tô brincando, tô brincando.

— Tá, mas falando sério agora, Obrigada por tudo Binnie.

— Por tudo o que?

— Você sabe, o por quê, sobre você ter me ajudado a superar meu medo e paranóia, eu só tô ficando com o Ji por que você me convenceu a me dar uma chance de ser Feliz e sentei também. Obrigada, sério.

— Você é meu melhor amigo, sempre vou estar aqui para te aconselhar ok? Não hesite em vir me procurar sempre que precisar, eu te amo e quero apenas o seu bem.

Aquelas palavras tinham acertado o coração de Minho com tudo.

Changbin não era alguém que expressa muito os sentimentos, e muito menos alguém que diz vários eu te amo.

Então, ouvir aquele eu te amo sincero dele havia sido muito, mais muito significativo pra ele.

— Também te amo Binnie.