O imperdoável

XXXIV

Isis avistou os noivos indo embora e abandonando a festa, de certa forma entendia o luto de Guilhermo e pediu Dimitri para que também fossem para casa

- Calma querida, nós precisamos ficar um pouco mais- ele respondeu

- por qual motivo ?

- Askar Russel, ele tem negócios importantes a tratar e não será de bom tom deixar o ambiente antes de me encontrar com ele

Isis assentiu mesmo estando contrariada com a situação

Guilhermo permaneceu mudo até estarem na mansão, adentrou pela casa sendo seguido por Miah, que timidamente o acompanhou pela escada até o andar de cima.

- este é nosso quarto entre e se prepare - ele disse frio

Miah entrou e preparou todo o ritual lhe ensinado para a primeira noite, uma camisola branca representando sua pureza, manteve os cabelos soltos

Minutos depois abriu a porta e aguardou Guilhermo que não demorou a chegar, apenas com a calça

Miah o observou semi nu e admirou sua beleza máscula

- Suponho que ainda seja virgem, - Guilhermo a olhou com frieza

- Sim - ela respondeu olhando para baixo

- pois bem, venha até a mim e me deixe resolver isto

Ela não conseguiu se mover, estava insegura e assustada

- por favor pode ser um pouco mais delicado comigo ? - sua voz saiu embargada e Guilhermo notou a dor em suas palavras

- deite- se e abra as pernas foi para isto que veio não foi ? - Ele era frio e concentrado em ferir

- não, eu vim porque acreditei que não poderia haver um homem mais cruel e impiedoso que meu próprio pai, mas já não sei mais se minha crença estava correta - ela não teve coragem de o encarar apenas soltou as palavras mantendo o olhar fixo no chão e deixou suas lágrimas molharem o rosto delicado.

Guilhermo a olhou com compaixão e refletiu

Ela era só uma menina, com medo do pai obrigada a se casar com um desconhecido.
O casamento foi como se jogar de um abismo na esperança de que alguém a segurasse antes de tocar o chão.
Na mente dela este alguém seria Guilhermo, mas ele já havia caído do abismo antes da queda dela.

- me desculpe - ele levou as mãos dela até a boca e beijou - vamos começar novamente

Guilhermo a puxou para seu peito e a beijou os lábios, pela maneira incerta que ela se comportou percebeu que era a primeira vez que ela beijou alguém.

Era ainda mais inexperiente do que ele pensava, a percebeu tremer em seus braços e a aconchegou em seu peito.

Não era justo a ferir por odiar a Askar, foram eles que fizeram aquele maldito acordo era muito cruel castigar Miah por algo que ele fora obrigada a fazer.

- Miah veja bem, você não precisa fazer isto, é só uma menina inocente sendo sacrificada pela busca implacável por poder de dois homens miseráveis de sentimentos. Fique tranquila não tocarei em você

- mas se não me entregar a você o casamento não será válido, por favor não me devolva se fizer isto  eu me atiro em um rio

Sua expressão era de desespero, podia sentir as tiras do chicote lhe cortando a carne das costas assim como já havia sido castigada antes.

- ninguém precisa saber que não consumamos o matrimônio , será um segredo nosso - Guilhermo disse secando o rosto molhado de lágrimas da garota