CAPITULO 2

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POLINA IVANOV

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POLINA IVANOV

Após a oração de rotina, e meu desjejum, vou ao jardim e fico no meu cantinho de preferência, sento-me no banco de madeira, admirando uma fonte de águas cristalinas, e belas flores vermelhas e roxas que envolvem a fonte de pedras frias, a imensidão de arbustos verde que fecham o jardim secreto, onde somente nós temos acesso, aqui é um silêncio tranquilo, como se fosse o próprio paraíso feito por Deus, o aroma das flores tomam conta do ambiente, o vento frio indicando que o inverno está próximo, e o som da água caindo é um calmante natural. Fecho meus olhos e respiro esse ar divino, a única coisa que falta é uma xícara de chá de maçã bem quentinho, abro meus olhos e observo se alguém está vindo, como não vejo ninguém, então não resisto a liberar meus pés dos sapatos apertados, deixando-os sentir os tijolinhos de pedra vulcânica do chão frio.

Aproveito também e dou uma volta no jardim, sentindo as pedras geladas relaxarem meus pés, não demorei muito e logo em seguida coloco-os de volta aos seus tormentos e me despeço do jardim passando pela porta de carvalho.

— Irmã Polina? — A voz da irmã Sônia soou atrás de mim, e pelo seu semblante não é notícia boa.

— Sim, irmã Sônia?

— Remarquei a visita ao orfanato. O novo caseiro, filho do Sr. Vladimir, já está a caminho.

— Tudo bem! — suspirei desapontada. — Vou para as minhas tarefas.

— Ah, mais uma coisa! O porão está horrível, você pode ir lá?

— Claro. — Sorrio fraco, e ela sai.

Caminho de volta para o convento, como sempre ela joga a pior parte para mim, odeio o porão, um cheiro de mofo horrível, pó para todo lado, fora o ar de lá é tão pesado e estranho, mas não podemos questionar, então pego os produtos de limpeza no quartinho de estoque...

— Não acredito que ela mandou você! — Uma das freiras, jovem, aparece questionando.

— Está tudo bem, Violeta. Sabe que não me importo, só não gosto daquele lugar.

— Lá é nojento Poli — retrucou Tânia, fazendo cara de nojo. — Aí, me dá calafrios só de lembrar a última vez que tive que limpar lá.

— Não tem problema! Deixa-me ir, senão já sabem.

— Você será castigada! — debochou Violeta, e nós rimos.

Não é mentira, muito menos brincadeira, quem desobedece ou faz errado, além de ser castigada, ainda fica sem comer em um quartinho escuro e frio, igual quando éramos crianças, só que é bem pior agora... Deus me livre! Paro na porta do porão, meu coração acelera, fecho meus olhos e encostei na maçaneta, insegura, meu corpo se recusa a descer lá, mas tenho que fazer, respiro fundo...

— Que o senhor esteja comigo...

— Irmã?

Assusto-me com uma voz grossa e rouca atrás de mim, e sem querer acabo derrubando o balde de água. Acabei me molhando e molhando o...

LNDM - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora