Capítulo 12

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Não é o exterior, e sim o interior que conta.

~Alladin

Khione

No meio da madrugada ela pôde ter imaginado, mesmo sabendo que não.

Raven estava por cima dela, cuidando do seu pé machucado, cuidando de seu pulso, usando seu poder para curá-los.

Mas na parte em que ele beijou os dois locais ela poderia ter sonhado, porque nem de longe o príncipe poderia ser carinhoso com ela, nem com ninguém, ela sabia, ele sempre mantinha a sua postura fria e impassiva, debochada, ela se perguntava se o príncipe já demonstrou algum afeto por alguém. Talvez... Pela garota do quadro.

No dia seguinte ela estava bem, e percebeu, ele também estava, os ferimentos dele estavam ótimos.

— Tem certeza que ainda não dói? -ela questionou encarando os arranhões que estavam sumindo.

Ele a encarou, vestindo sua camisa social.

Ela caminhou até ele, ele seguiu seu movimento, os olhos dourados, espertos e golpistas como os de um corvo.

Ela aproveitou o fato de ele não ter abotoado a camisa, e parou para observar os arranhões, a magia estava dando conta de fazê-los sumir.

Seus dedos roçaram a pele e o príncipe estremeceu.

— Estão sumindo, Khione. -ele tentou controlar o tom, a respiração, o grunhido de satisfação que queria sair de sua garganta.

— Estou vendo. -ela subiu o olhar para encontrar seus olhos.

— Seu pulso e o seu pé estão.. -ele suspirou.

— Já estão curados. -ela murmurou.

Ele assentiu, seu rosto se aproximando do dela, devagar.

Sua mão deslizou para o rosto dela.

E então bateram na porta, o príncipe suspirou um rosnado baixo.

— Entre. -ele disse.

Richard entrou, ao encarar os dois ele tossiu desviando o olhar. A garota corou, pronta para se explicar quando o príncipe apoiou o queixo em sua cabeça.

— O que houve? Richard, estou ocupado. -ele disse.

— Elas chegaram. —disse Richard— e estão perguntando por você.

Ele suspirou.

— Estou descendo.

Ele assentiu saindo do quarto, fechando a porta.

O príncipe encarou a garota que mal havia percebido quando ela fechou os botões de sua camisa.

— Vá. -ela disse.

— Estarei aqui...

— Á noite, eu sei.. -ela suspirou caindo na cama.

Suas sombras surgindo para intretê-la.

— Até depois. -ele disse.

Sangue de Prata| O retorno dos puro sangueOnde histórias criam vida. Descubra agora