De volta ao nosso lugar.

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Capítulo 38.

O relógio marcava 6:30 da manhã quando Thomas acordou, Ayla ainda estava dormindo e o rapaz decide observa-la um pouco antes de partir de Manchester. Finalmente eles voltariam para Cotswolds, lugar esse onde Thomas construiu um lar. E um lar não é uma construção, uma propriedade, e sim um lugar para voltar depois de qualquer jornada.
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–Bom dia
Disse Ayla que havia acabado de acordar.

–Bom dia, ainda é cedo, se quiser pode voltar a dormir
Diz Thomas.

–Melhor acordar agora, vamos nos preparar
Disse Ayla.

–As malas estão prontas, mas podemos dar um passeio, nos despedir da cidade
Disse Thomas.

–Creio que não será possível
Diz Ayla que aponta para as janelas.

O tempo estava nublado, era mais inteligente ficar alí até a hora de partir.

–Tem razão, é melhor ficar aqui, vou pedir que tragam o café da manhã aqui. As 14:00 da tarde o nosso trem irá passar então ainda resta tempo.
Diz Thomas.

Enquanto tomavam café, Thomas pensava o quão incrível havia sido aquela jornada, não que fosse acabar alí. Mas havia sido incrível desde a saída problemática da casa dos pais, desde o dia em que conheceu Ayla e de certo modo graças a mesma ele conseguiu se reconciliar com o pai. Tudo havia sido incrível e ele tinha a certeza de que voltar para Cotswolds também seria. Após uma manhã tranquila, a hora da viagem enfim chegou.
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–Nosso trem em breve irá chegar
Disse Thomas.

–Eu sei, estou tão ansiosa
Responde Ayla.

–Sabe que se não quiser voltar a trabalhar na pousada não precisa, agora você tem a sua própria renda, se continuar criando cardápios para os restaurantes próximos pode continuar se mantendo sem precisar ficar trabalhando para dona Abgail
Disse Thomas.

–Eu sei, já tenho algo em mente e verei se vai dar certo quando chegarmos lá e você agora também tem a sua renda própria.
Disse Ayla.

As 14:00 em ponto o trem chega, iria demorar um pouco para chegar em Cotswolds tendo em vista o quão longe Manchester é do vilarejo.

–Quanto vai demorar ?
Perguntou Ayla.

–Certamente umas seis horas ou mais
Respondeu Thomas.

–Vai demorar tanto assim ?
Pergunta Ayla impaciente.

–Sim, seja paciente, quanto mais ansiosa estiver mais vai achar que o tempo vai passar arrastado
Responde Thomas.

O tempo então foi passando lentamente, Ayla estava deverás ansiosa, com uma leve insegurança de que Cotswolds tenha mudado muito, ou talvez com medo de que ela tenha mudado a tal ponto que o vilarejo não fosse mais agradável aos seus olhos. Thomas no entanto, estava admirando a vista que as janelas do trem ofereciam. Ele era observador e herdou isso do pai com toda certeza, observava tudo, não deixa que nada escapasse de seus olhos.
Depois de seis horas e alguns minutos de viagem, Thomas e Ayla enfim chegam a estação mais próxima do vilarejo, para a surpresa deles Christopher já os esperava com a carruagem. Thomas presumiu que ele soube a hora de sua chegada por causa das cartas que havia mandando anteriormente.

–É muito bom te ver Chris, como está a saúde do senhor Carl ?
Perguntou Thomas.

–Ele está bem, pelo menos é o que ele diz
Responde Christopher.

–E como está a Carrie e todos os outros ?
Perguntou Ayla.

–Estão todos ótimos, e presumo que vocês também
Disse Cristopher. 

–Sim, estamos bem, foi uma jornada incrível!
Disse Ayla.

–Uma jornada incrível que ainda não acabou!
Completou Thomas.

A carruagem enfim chegou a Cotswolds, era nítido que nada havia mudado naquele lugar, as pessoas ainda sorriam, a grama ainda era verde, e o clima ainda era agradável.
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–Eu bem disse que Cotswolds não mudaria
Diz Thomas.

–Não precisa jogar na cara
Responde Ayla que faz birra.

–Querem passar na minha casa ? Creio eu que meu pai ficará muito feliz
Diz Christopher.

–Claro que sim! Quero muito ver o senhor Carl
Disse Thomas.

Ayla concordou na mesma hora. Eles então chegam e na sala puderam contemplar rostos familiares, Carrie estava sentada no sofá da sala e rapidamente levanta para abraçar Ayla e Thomas. O senhor Philip também estava presente e logo os cumprimentou. O senhor Carl e seus filhos também cumprimentaram Thomas e Ayla.

–É muito bom ver vocês juntos, mas me pergunto quando vão casar ? Afinal a primeira coisa que Christopher fez ao chegar em Cotswolds foi pedir permissão de Philip e o mesmo permitiu
Disse Carl.

–Vocês já casaram ? Uau! Meus parabéns
Disse Thomas.

–Estou muito feliz por vocês, de verdade!
Diz Ayla.

–Foi tudo bem rápido, só estamos comprometidos, ainda não casamos oficialmente, mas pretendemos em breve!
Disse Carrie.

–Em breve chegará a nossa vez, certo ?
Pergunta Thomas olhando para Ayla.

–Se isso foi um pedido vou esperar que faça um mais decente, mas você sabe que pra você sempre será um sim
Diz Ayla com um sorriso largo no rosto.

–Eu fico tão feliz por todos vocês, sinto que precisava ver vocês todos reunidos, vamos para o bar para comemorar, vamos nos reunir as 22:00 horas, não se atrasem
Disse o senhor Carl.

–Sim senhor!
Responde Thomas.

–Pode deixar
Diz Ayla.

Eles então vão para casa de Ayla e deixam suas malas por lá. Decidem passar na pousada para avisar sobre a sua chegada, durante o caminho Thomas conduz Ayla para a praça do vilarejo, ajoelha da forma mais clichê possível e pede:

Ayla, apesar da nossa história se resumir em intensidade e velocidade, você certamente me ensinou a apreciar a sorte de um amor tranquilo, coisa que eu cogitei não existir. Sinto que jamais encontrarei alguém como você e nem preciso. Você quer casar comigo ?
Perguntou Thomas mostrando uma linda aliança que em segredo comprou em Londres.

–Sim! Eu digo e repito, pra você sempre será um sim!
Responde Ayla que o abraça com toda a força.

–Quero que aceite essa aliança como prova do meu amor e do nosso compromisso
Disse Thomas colocando a aliança no dedo de sua amada.

–É lindo... Eu amei!
Responde Ayla encantada com a aliança.

Então os dois foram para pousada afim de contar a novidade a todos, não havia nada que pudesse descrever a felicidade do casal. Aquela era a sorte de um amor tranquilo que o Thomas se referiu.


Um velho fim é um novo RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora