Sonhos reais.

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Capítulo 35.

O relógio marcava 6:00 da manhã, a recomendação havia chegado por correio, isso livrou Thomas do desprazer de ir até Jack. O jovem então acompanha sua amada até o restaurante e a deixa sob os cuidados de Cleide e Camille e segue rumo a qualquer galeria que encontrasse ali. Carregava consigo dois quadros que havia pintado nas duas primeiras noites desde que chegou a Manchester. O rapaz parou na frente de uma sede de arte, algo assim. Estava cheio de quadros, não era tão grande como uma galeria em Londres, pelo menos não ainda.

–Bom dia!
Disse Thomas ao senhor que estava sentado em frente as telas.

–Bom dia!
Retribuiu o senhor.

–Me chamo Thomas, é um prazer conhecê-lo. Cheguei em Manchester a pouco tempo e estou procurando uma galeria de arte mas não achei nenhuma, mas me parece que agora eu achei.
Disse o rapaz.

–Me chamo Charles Barry
É um prazer, meu jovem.
Disse o senhor.

–Então, o senhor é um artista ?
Perguntou Thomas.

–Sou arquiteto, mas presumo que você seja um artista
Disse Charles.

Charles era um brilhante arquiteto de sessenta anos que havia projetado a sede de arte em Manchester que no futuro se tornaria a mais antiga e famosa galeria de arte de Manchester. No começo era pra ser apenas uma sociedade literária, mas se tornou muito mais do que isso. Nasceu em 1795 e morreu em 1860 aos sessenta e cinco anos. Além da galeria de arte em Manchester o mesmo teve um grande papel na reconstrução de Westminster em Londres durante meados do século XIX, mas também responsável por vários outros edifícios e jardins.

–Acho que posso dizer que sim, a propósito eu trouxe dois dos quadros que eu pintei ao chegar aqui
Caso o senhor se agrade com o que vai ver eu gostaria de colocar os meus quadros aqui para serem expostos
Disse Thomas.

–Claro, falarei com os outros membros e caso concordem não vejo problema
Disse Charles.

–Claro, deixarei os quadros aqui então, e amanhã voltarei para ouvir a opinião dos senhores, foi um prazer
Disse Thomas enquanto seguia caminho.
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Enquanto isso Ayla dedicava todo o seu esforço na elaboração dos novos pratos, Cleide e Camille observam com atenção, provaram de todos os pratos e não tiveram do que reclamar.

–Eu particularmente gostei muito! Espero que os clientes também compartilhem da minha opinião
Disse Cleide.

–Eu também gostei muito, tenho certeza que os clientes vão aprovar
Disse Camille confortando Ayla que estava bastante ansiosa.

Os clientes foram chegando e se servindo, para a alegria de Ayla não teve um só cliente que tenha reclamado da comida. E isso era bom pois na padaria de Jack ela também se saiu bem, isso significava não só que ela era uma boa cozinheira mas que estava construindo sua carreira fora de Cotswolds.

–Olha isso é ótimo, faz tempo que não vejo o restaurante tão cheio assim, tudo isso graças a você, Ayla
Disse Cleide.

–Você é de fato muito talentosa, tenho certeza de que terá um futuro brilhante
Disse Camille.

–Eu... Agradeço
Disse Ayla um tanto envergonhada.

Quando o relógio marcou 12:00 Thomas chegou ao restaurante, estava ansioso para saber como Ayla estava se saindo mas logo percebeu que a moça estava se saindo muito bem.

–Eu ia perguntar como estava indo mas desde a minha entrada ao restaurante percebi que você está se saindo muito bem
Disse Thomas.

–Eu estou dando o meu melhor, mas e você, conseguiu achar alguma galeria por aqui ?
Perguntou Ayla.

–Acredito que sim, vou passar lá amanhã para saber o que acharam dos meus quadros
Responde o rapaz.

–Eu tenho que preparar mais alguns pratos, vai ficar por aqui ?
Perguntou a jovem.

–Não só vou ficar como também irei comer!
Exclamou Thomas.

Ayla trabalhou um turno inteiro e só foi liberada as 17:00. Mas Thomas permanece ali, esperando Ayla para a conduzir até a pousada.

–Deve estar cansada, deixe-me carregar essas sacolas, e quando chegar trate de descansar pois certamente amanhã terá ainda mais trabalho te esperando
Disse Thomas.

–Se você insiste eu não hei de recusar ou reclamar
Respondeu Ayla Sorrindo.

–Só de ver esse sorriso em seu rosto vejo que meu dia inteiro valeu a pena
Disse o jovem Thomas.

–Sabe, parece que eu estou em algum livre de romance, você é inacreditável
Disse Ayla com um sorriso ainda mais aparente.

–Todos estamos em um grande livro de Romance, drama, aventuras... Se existe um ser superior por trás de toda essa harmônia, ele com toda certeza escreveu e continua a escrever as nossas histórias
Diz Thomas.

–Se existe ? Você realmente não é nada religioso
Diz Ayla com certa irônia.

–Esqueci que você é um tanto religiosa
Brinca Thomas.

–Não sou tanto assim!
Responde Ayla.

–Enfim, chegamos, vou esquentar a água e encher a banheira para o seu banho
Diz Thomas.

–Só aceito se vier você e uma taça de vinho
Diz Ayla.

–Se ainda tiver vinho eu irei trazer, mas, e com toda certeza eu aceitarei o seu convite
Responde Thomas.

–Ótimo, vou estar te esperando
Diz a jovem.

–E eu não vou demorar
Responde o rapaz.

Enquanto isso em Cotswolds. Após Christopher ter conversado com o senhor Philip sobre o seu relacionamento com Carrie que por sinal foi super aceito por ele. O rapaz voltou a sua rotina, agora com ajuda de Charles. Christopher ficou um tanto surpreso quando Charlie disse que não só se mudaria como iria permanecer em Cotswolds por um bom tempo. Não que isso o afetasse, mas seria bom para o senhor Carl ter mais um dos filhos ali, sem contar a semana que Fred e sua família passariam por ali. Enfim tudo que Cristopher esperava era a volta de seus amigos, Thomas e Ayla.

Um velho fim é um novo RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora