Nosso Amor Sem Fim

Dúvidas

-- De onde tirou aquilo de "Outra daquelas suas crises de ciúme"? -- falei, colocando as mãos na cintura, e imitando sua voz. .
-- Pára, eu não falo assim, rs... -- riu Jude, me empurrando com o ombro.
A segui pela cozinha, enquanto ela terminava de espremer as laranjas para o suco. Fiquei do outro lado do balcão, observando ela terminar de cortar mais algumas.
-- E não é verdade? Naquele dia, você implicando com o amigo do Sam? -- provocou, jogando uma casca em mim.
Me desviei a tempo, e pensei sobre o que ela havia acabado de dizer. Será que ela sentia algo por ele?
-- Tenho que ter motivos para implicar com ele de novo? -- perguntei, me arrependendo do que disse no instante em que as palavras saíram de minha boca.
Jude parou o que estava fazendo, e me olhou irritada. Em silêncio, ela transferiu o suco para outra jarra e abriu a geladeira, colocando-o na primeira prateleira.
Fiquei pensando se ela me achava chato, e se eu estaria me tornando um namorado chato. Ela passou por mim, sem dizer mais nada, e abriu o armário, retirando dois sacos de pão de fôrma de lá.
-- Desculpa. Falei sem pensar. -- pedi, e ela ficou imóvel, de costas para mim.
-- Por que fala essas coisas? -- chorou, e se virou para mim. -- Me ofende, sabia? Parece que não acredita que gosto mesmo de você... -- continuou, indo para a frente do balcão e largando as embalagens de pão em cima dele.
A abracei por trás, e senti o cheiro de seus cabelos.
-- Já pedi desculpas... -- sussurrei, a virando em minha direção.
Jude abaixou o rosto. O ergui pelo queixo. Eu amava aquela menina.
-- Me perdoa, vai. -- falei, tomando seu rosto em minhas mãos.
-- Hum. Só não faz mais isso. Tá bem? -- pediu, e eu apenas assenti.
-- Não vou fazer mais. Prometo. -- jurei, a puxando para um abraço.
Jude me abraçou forte, e ergueu o rosto para um beijo.
Sam passou por nós bem na hora, tirando o refrigerante da geladeira.
-- E esses sanduíches, que não saem...
Ri para Jude, e a soltei. Ela se encarregou de abrir os sacos e cortar as beiradas dos pães, e eu fui atrás do queijo e do presunto na geladeira.
-- Saem sim, Sam. Saem sim.

◆◆◆

-- Eu te amo. -- sussurro em sua pele, correndo os lábios por seu pescoço.
Jude levanta o rosto, e eu a beijo.
-- Você me ama? -- pergunto, buscando a resposta em seus olhos.
Ela crava os dedos em meus cabelos, decidida.
-- Amo. -- geme, colando os lábios aos meus.
Correspondo o beijo, e a tomo nos braços. Jude ri em minha boca. A levanto pela cintura.
Quando a deito sobre a cama, ela acaricia meus braços, fuzilando-me com seus olhos azuis.
-- Quero mais esta noite. -- falo em sua boca.
-- Eu também. -- diz, me beijando. -- Mas eu quero que seja lento dessa vez. -- sussurra, mordendo meu lábio inferior.
Quando ouço isso, quase perco o controle. Jude sorri para mim, se sentando na cama.
Ela tira minha camiseta, e eu, a blusa de seu pijama.
Olho para ela, para seu sutiã de algodão branco. Ela se aproxima, e toca a ponta dos dedos em minha barriga.
-- Eu te quero muito. -- respiro fundo, e vejo-a sentar-se sobre o meu colo.
-- Estou aqui. -- provoca, e fico louco.
Beijo seu pescoço e sigo beijando todo o seu corpo. A orelha, a nuca, e seu ombro. Abaixo a alça de seu sutiã, e ela curva o tronco para trás. Admiro seu corpo, e beijo seu tórax, bem entre os seios. Ela traz o rosto novamente para perto do meu, e olho em seus olhos azuis.
-- Eu te amo, David Axelrod. -- sorri, e me beija.
Deslizo as mãos por suas costas, e abro o fecho de seu sutiã. Ela o retira, e uso minha boca para acarinhar seus dois seios. Ela inclina o corpo para trás, e sinto meu corpo se enrijecer com aquela visão.
Quando volta a me beijar, mudamos de posição. Deito-me sobre ela novamente.
-- Sabe, Jude Butterfield, não há nada que eu ame mais do que fazer amor com você.