Capítulo 16.

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Nota da Autora

Oie, já faz um tempo desde a última vez, a vida tá bem corrida ultimamente é com um certo bloqueio para desenrolar as minhas ideias...mas consegui um capítulo que considerei aceitável, não está muito grande, como eu queira que ficasse, mas fiz o meu máximo aqui.

Espero que gostem e vejo vocês na próxima. 😘😘

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Já faz quase duas semanas desde a última discussão que tivemos e a coisa não podia ter ficado pior. Christopher me evitava, mal conversava comigo é eu já tinha me arrependido de ter criado essa regra..às vezes tudo que eu queria era uma abraço e nem isso eu podia pedir para ele, afinal foi eu quem decidi isso.

Para pior, mas essa...uma “ reunião ” de negócios que eu não pude deixar de ir.

Mas vezes eu esquecia que tinha casado com o filho mas velho do quinto homem mais rico do planeta ou que agora era companheira do ex-solteiro mas cobiçado de São Paulo.... é tudo leva ao lugar que estou, a festa da elite era completamente...bem como podemos dizer, coisa que só se vê em filme.

Eu ainda tinha a Larissa comigo o que era a minha salvação, porque sinceramente não saberia onde meter a minha cabeça, estávamos somente nós duas no jardim tentando conversar.

— Eu odeio essas festas, preferia estar em casa de pijama.

— É bem.. glamouroso, nunca vi tantas modelos em um lugar só.

— Não são modelos Iza, essas mulheres não comem...tudo por um corpo que possa atrair um bolso com bilhões de dólares. - Ela disse, quando um grupo de mulheres passou por nós.

— Me sinto estranha em lugares como esse, não pertenço a esse lugar, como você se acostumou ?

— Demorou um pouco mas aprendi a fazer o papel de uma mulher rica, mas acredite a elite da Coreia é muito pior.

— Deve ter sido difícil né ?? Você não tinha ninguém lá mesmo ?

— Não, foi um verdadeiro desafio.. principalmente com a família do Jung. - Ela fez um careta.

— Eles não gostavam de você ?

— Não gostam, seria a palavra correta, a mãe dele queria muito mas do que uma garota brasileira formada em gastronomia para o filho herdeiro de um império. - Havia uma tristeza na voz dela, apesar do sorriso venenoso depois.

— Você é muito mais do que isso, você é uma pessoa incrível, animada e carinhosa quando quer...além do mas é óbvio que o Jung ama você, ele olha para você como se fosse o mundo dele.

— É eu sei e nisso no que eu me agarro, ao contrário da mãe dele, a avó me ama e é muito divertido ver a mãe dele se contorcendo para obedecer as ordens da avó. E umas das minhas diversões quando vamos para casa dos parentes dele.

— Deve ser legal.

— Está meio abatida Izabelle, não só você mas como o Christopher também.. aconteceu alguma coisa ? Vocês estão tão tristes.

— Só se adaptando a uma nova fase, tá meio difícil mas estamos chegando lá. - Tô rezando para isso.

— Eu sei que ele te magoou, mas ele também tá sofrendo... também sei que ele passou a lua cheia na fazenda Cross é que você ficou na mansão.

— Ele achou melhor, disse que precisava de tempo sozinho...eu não quis piorar o humor dele. - Eu engoli em seco, aquela conversa foi um estopim para nós afastamos de vez.

— Ah Iza, vocês dois gostam um do outro é nem tente negar...mas precisam colocar esse sentimentos para fora, vão acabar se afastando mas.

— Eu não quero mais uma briga Larissa, nem nos falamos mas..eu só o vejo no jantar ou quando ele resolve almoçar em casa...o que eu posso fazer.

— Tomar uma atitude, não esqueça que não é só o Christopher que tem que fazer esse casamento funcionar, você também faz parte disso...vá a empresa de for necessário mas fale com ele, esse casamento também depende de você, não jogue toda a culpa nele. - Eu nunca tinha visto ela falar desse jeito, não sabia que chorava ou abraçava ela.

— Você tem razão, eu tenho que parar de ter esse medo de me aproximar e conversar realmente com ele.

— Vai por mim vai ser a melhor que você faz, vamos para dentro eu quero mais uma taça...se vamos ficar aqui por mais tempo eu tenho que beber.

— Vamos lá, o suco daqui é bom demais. - Disse apontando para a minha taça vazia.

— Miga, isso não é suco... é um drink de limão.

— Isso explica a tontura...bem que eu achei que o gosto estava meio forte.

— É melhor você ir beber uma água, é comer alguma coisa. - Ela me pegou pela mão me levando direto para dentro, eu sou bem fraca para bebida ainda bem que tomei só um.

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O silêncio rotineiro entre mim e o Christopher era muito pior quando estávamos no carro, a tensão nos ombros dele era óbvio e a expressão fechada pior ainda. Coragem mulher, você consegue é só começar uma conversa, pedir desculpas e tentar ir mas além nesse relacionamento...porque na minha cabeça parece ser tão fácil.

— Christopher..e..acho que temos que conversar ?

— Sobre o quê ? Já está tudo bem. - Era óbvio que nada tava bem, a voz sem emoção dele meio que gelou o meu peito.

— Não, não está tudo bem...eu sei que fui muito radical que não deixe você ter uma opinião ou ideia sobre as “regras”, mas por favor não podemos continuar assim.

— Não era isso o que você queria, decisão sua Izabelle...acha que pode mudar tudo quando não agradar mas você, não funciona assim, está sendo egoísta. - Ele acelerou, segurando o volante com força.

— Eu só...isso obviamente não está funcionando, desculpa por colocá-lo  em um beco sem saída, eu achei que seria o melhor naquele momento...

— O melhor ? Izabelle, acha que é fácil estar perto de você e ter que me controlar..estamos casados e não posso abraçar a minha própria esposa.

— Me desculpe, eu estava errada..me desculpa.

Ele soltou uma risada sem qualquer alegria, depois respirou fundo.

— Resolvemos isso amanhã, estou cansado.. amanhã durante o café.

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