Capítulo 4.

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São Paulo, 10:45.

- Isso é ridículo, jamais vamos permitir algo como isso. - A voz aguda de Michele Dantas já está me deixando sem paciência.

- Não não é, tenho que me casar com uma das suas filhas e com vocês tendo três como disseram posso escolher, eu quero a Izabelle.

- Esse contrato não é cabível, é algo ridículo e sem escrúpulos... não irei humilhar o nome da minha família com isso. - O rosto de Rafael estava vermelho, posso ver a raiva em seus olhos.

- Então espero que tenha um plano depois que declarem falência..afinal uma dívida de um bilhão é algo bem complicado quando já está tudo arruinado.

- Você.. NÃO PODE FAZER ISSO, É RIDÍCULO.

- Se continuar gritando vou fazer os seguranças levarem você até a saída escoltada, tenho certeza que a imprensa vai ter um dia de campo.

- Christopher, reconsidere Izabelle não vale tanto a pena assim..ela não passa de uma ômega simples, esse esforço não vai levá-lo a lugar nenhum.

- Para mim vale, é pegar ou largar não me importo com vocês...esse caminho é o mas fácil, e mesmo que escolham o difícil eu vou tê-la para mim e vocês vão perder tudo.

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Mansão Dantas, 14:56

Izabelle Pov

A casa estava silenciosa, o que é estranho mas finalmente um pouco de paz para mim, não preciso de ninguém enchendo o saco. A sexta finalmente tinha chegado e eu agora podia descansar,ter paz.

Ela não dura muito, a dor se instala na minha cabeça quando sou jogada contra a parede, isso vai demorar para curar. A pancada forte me deixa desmontada, mas eu sei exatamente quem foi, não dá para negar o perfume extremamente doce e forte dela, Michele está em casa e furiosa.

- VOCÊ ÔMEGA IMPRESTÁVEL, É TUDO CULPA SUA, SUA IDIOTA INÚTIL . - Ela grita perto do meu rosto, seus olhos estão cheios de ódio e raiva posso ver que ela não vai parar.

- O que ?? Do está falando ?

- Não se faça de sonsa, Izabelle, você sabe muito bem...você vai aprender, vai aprender a nunca mas se meter nos assuntos dessa família. - Eu sabia o que iria acontecer...o pânico já se formou dentro de mim.

- N-não, por favor...lá não. - O aperto dela no meu abraço se intensifica,um tapa forte em meu rosto arde, o som faz um eco pela sala.

- CALA A BOCA, SUA VADIA...Christopher Lucius Cross, escute bem esse nome...é o homem que deveria se casar com uma das minhas filhas, não se interessar por um vadia suja como você, ômega. - As unhas dela furam e arranham enquanto ela me puxa com pressa.

- Eu vou fazer o que você quiser...mas por favor não me tranque tão perto da lua cheia...por favor.

- Deveria ter pensado nisso antes de seduzir ele, vai se arrepender...sem comida, sem água, sem liberdade para a loba.

- NÃO...por f-favor, eu não sei do que você está falando.

- Quando ele voltou seu cheiro estava nele, pensei que estava louca..mas NÃO, ELE PEDIU POR VOCÊ, UMA INÚTIL FRACA. - O Alfa ?? Não, não pode ser.

Senti outra pessoa atrás de mim, Rafael...ele me agarrou com força, minhas costelas pareciam estar sendo esmagadas, a dor era demais. Sou jogada contra o piso de concreto, Alicia e Victoria estão aqui...eu deveria saber que estava muito quieto.

Quando éramos crianças me acostumei a apanhar delas, quando crescemos elas já não tocavam em mim...as coisas mudaram, os chutes e socos eram fortes tentava proteger minha cabeça mesmo que fosse em vão...meu peito ardia, soube que tinha quebrado alguma coisa quando uma dor intensa cresceu no meu braço, o gosto de cobre na minha língua era nauseante...Deusa...por favor, faça parar.

- Já chega, já assinamos o contrato, ainda precisamos dela viva...por enquanto.

A escuridão tomou conta de tudo.

O AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora