Capítulo 8

4.2K 526 473
                                    

Ayla

Eu acordei hoje, cantando a música de ontem a noite, da praça e do clube da lua.

— E perceberá que o que tínhamos nunca se perdeu. -cantarolei.

— Será que dá para cantar mais baixo? Estou querendo me concentrar aqui!

Eu me parei, indo até a janela para encarar a seguinte cena, a grã-senhora, no meu quintal, com um avental sujo de tinta, pincéis em mãos e algumas latas.

Eu a encarei e depois as costas do estúdio.

— Não me diga que o estúdio é seu? -questionnei incrédula.

É muito azar para uma pessoa só, alguém gostaria de dividir?

— Sim! —ela bufou batendo com o pé no chão— e você está me desconcentrando com sua voz horrível!

Horrível? Essa criatura demoníaca sabia que fui cantora de teatro? Com uma voz mezzo soprano poderosíssima?

— Melhor do que suas pinturas horríveis! -gritei de volta.

— Como é que é?? Venha repetir, na minha cara. -ela grunhiu.

Eu atravessei, surgindo em sua frente.

— Melhor do que suas pinturas horríveis. —falei em sua cara— i aí? Vai fazer o que? Vai pintar um quadro sobre o insulto?

Ela rosnou, dando meia volta para sair.

— Agora foge não é? Não sabe aguentar um bate boca ou não aguenta olhar demais para mim e ter medo de deslizar da sua armadura? Feyre. -rosnei.

— Você é uma.... Uma... Idiota. -ela rosnou.

— Uma idiota mais bonita e gostosa que você, o seu recalque todo e essa sua fúria é por causa da minha beleza. -provoquei.

— Repito, idiota.

Eu peguei um monte de neve, formando uma bola, e então eu atirei a bola de neve que zumbiu no ar e então, atingiu a cabeça da grã-senhora que tombou fortemente para trás.

Ela parou, rosnando.

— Eu que sou a loba mas quem está rosnando é você, chiuaua. -cantarolei.

— Chega, agora você vai ver. -ela rosnou.

E foi muito rápido quando eu e a grã-senhora nos pegamos em uma briga, tinta se esparramou sobre nós e a neve, nos deixando completamente coloridas, ela tentou me atingir um soco e eu segurei o seu punho, a puxando para frente a fazendo tombar e acertando uma cotovelada em suas costas.

Foda-se, parceira ou não, vou quebrar a cara dessa mocrea colorida.

Ela se chocou contra mim.

— Sua cacatua. -disse a grã-senhora.

— Olha só quem fala, sua galinha histérica de arco-íris. -lhe acertei uma rasteira.

Ela foi ao chão e me acertou outra me derrubando, nós nos chocamos uma contra a outra, bolando na neve, estapeando uma a outra.

Se os vizinhos escutaram a briga, não estavam com coragem para interferir.

— Sua metida, mimada, de nariz empinado. -lhe acertei um soco.

— Violeta ambulante, ladra de parceiros..

Ela me atingiu um tapa e eu lhe acertei outro, puxando os cabelos uma da outra.

A grã-senhora me lançou ao chão e eu envolvi minhas pernas em sua cintura, com um impulso a lançando contra a neve, ficando por cima dela.

Eu agarrei seus pulsos, os prendendo ao alto de sua cabeça na neve.

Corte de Almas GêmeasOnde histórias criam vida. Descubra agora