Ayla
Eu já estava puta com ela, o que desmoronou a minha paciência hoje foi ela ter escrito na neve com tinta palavrões bem explícitos e me mandado para o inferno.
Eu entrei no estúdio daquela mocrea colorida com o fogo nos olhos.
— Qual.é.o seu.problema?? -rosnei pausadamente.
— Você é o meu problema. -ela disse convicta.
— Então concordamos em algo, porque você! Princesinha mimada, é um pé no saco, uma pedra no meu sapato que está me incomodando desde que te vi! -grunhi.
Ela grunhiu de volta.
— Você não pode ir ao solstício, eu proíbo você. -ela disse.
— Você não tem nenhum poder sobre mim. —caminhei até ela a vendo dar passos para trás— e nunca vai ter, nem você e nem ninguém.
As costas dela se chocaram com a parede e ouvi um alto suspiro da fêmea ao me olhar nos olhos.
— Vou a onde eu quiser, e seu quiser eu sambo na porra do seu telhado e você não pode fazer nada. -grunhi.
Eu me virei, pronta para sair quando encarei um quadro em especial, eu estremeci, perdendo todo o sangue do rosto quando eu travei, o encarando.
— Você pintou isso? -minha voz saiu em um sussurro.
— Como se você se importasse. -ela bufou.
Eu a ignorei, me aproximando do quadro.
Ela nunca esteve lá, como pode ter pintado?
Um lugar tão belo e antes cheio de vida, iluminado pela luz prateada lá lua, o céu noturno cheio de estrelas.
Eu engoli em seco, um aperto enorme se fazendo em meu peito.
Dor.
— O que você tem? -questionou a grã-senhora.
Eu sacudi a cabeça.
— Nada, não te interessa. -falei caminhando para fora.
— Já viu esse lugar? -ela me parou com sua voz.
Eu fiz esforço enorme para me manter firme.
— É a minha alcatéia, que já não existe mais. -falei e então saí.
Ela fez aquele quadro para me desestabilizar? Conseguiu, conseguiu e eu afundei mais do que já estava.
Eu entrei em meu apartamento , completamente atônita e distante.
E mal percebi quando estava chorando.
— Mas que inferno! -gritei desesperada.
As lágrimas.
— Você consegue me ouvir??? -gritei para o alto.
Eu solucei, de novo e de novo.
— Eu perdi tudo!! Eu perdi tudo! —gritei— eu desisto! Desisto dessa porcaria de vida! Eu desisto de sofrer, desisto de lutar! Eu desisto!
Eu estava chorando alto.
— Por que eu também não morri lá?? Eu estaria bem melhor com ele!! -gritei soluçando.
Eu encarei a faca na mesa.
— Eu desisto.
Feyre.
Eu podia ouvir os gritos dela, e não, eu não iria até lá, estava me controlando, contendo aquele laço desesperado que queria me puxar até lá.
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Corte de Almas Gêmeas
FantasíaFeyre e Rhysand, dois parceiros, suas vidas completas e finalmente felizes... ou não? será mesmo que estão completos? será que eles estão mesmo completos ou uma peça falta para que eles estejam finalmente assim? e se o laço entre os grã-senhores, nã...