Capítulo 16

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Ayla

Os dois são uns coelhos, pela mãe.

E eu sou o lobo que crava as presas em cada um.

Rhysand e Feyre não sossegam, não consegui resolver nenhum dos meus problemas direito, porque em meia hora eu os ouvia pelo o laço e a quentura invadia o meu corpo assim como o desejo.

Pelo menos hoje cedo consegui matar mais dezessete do clã exilado, e isso me fez suspirar aliviada quando cheguei no apartamento.

Sabia que Rhysand hoje estava atolado de trabalho e documentos para serem revisados e assinados, e que ele não me chamaria pelo o laço até a noite.

Feyre até onde eu sabia, havia resolvido os dela ontem, e estava no estúdio nesse momento, pintando.

Eu saí do banho, com o roupão as peças de renda por baixo e os cabelos molhados que eu penteava enquanto caminhava.

Então travei ao encarar uma figura em minha cama.

— Que susto, mocrea colorida. -levei a mão ao peito.

Feyre queria estar séria, mas caiu na gargalhada com a minha cara de espanto.

— Desculpe, não queria assustar você. -ela disse rindo.

— Mãe acima. -suspirei me recuperando do susto.

— Queria surpreender na verdade. -ela disse.

— Entendo. -murmurei pondo a escova na penteadeira.

Eu suspirei encarando o corte na minha bochecha que estava a cicatrizar, e o hematoma que estava sumindo.

Claro que eu não sairia ileza em uma luta com dezesseis lobos.

Tanto que no caminho me senti idiota por não ter conseguido lidar com Jacob sozinha naquela noite.

Eu balancei a cabeça.

— Está machucada?? -Feyre questionou preocupada.

— Besteira, está sumindo. -declarei.

— O que está sentindo? -perguntou.

— Falta de disposição para beber, o que é raríssimo. —alonguei minhas costas— e sem vontade de sair hoje pelo o resto do dia.

— E pra brincar? -ela questionou.

Eu pisquei me virando para ela, percebendo que a fêmea apertava leveme as pernas só aí senti seu cheiro emanar.

Pela mãe, eu estava tão imersa assim no banho e no pensamento de derrubar aquela maldita alcatéia para não ser capaz de ter sentido o cheiro?

Pisquei de novo acertando um tapa na testa.

Vendo ela deixar o seu vestido cair revelando seu corpo nu, olhei com mais atenção para o lado da cama e vi que ela havia retirado suas peças de renda, talvez enquanto eu tomava banho.

— Escuta, por acaso na vez em que você me disse que morreu e foi ressuscitada pelos grão-senhores, eles por acaso botaram ao invés de um espírito grã-feérico em você o espírito de um coelho? Uma lebre? Porque, mãe acima. -falei arregalando os olhos.

Ela riu.

— É possível. -ela deitou-se na cama.

Eu sacudi a cabeça bufando um riso.

— Depois diz que eu e Rhysand somos parecidos, em questão do sexo vocês são gêmeos. -falei me encostando na penteadeira.

— Então não quer brincar? -ela sorriu felina.

Corte de Almas GêmeasOnde histórias criam vida. Descubra agora