Capítulo Sete - Duas semanas.

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– O que está acontecendo aqui?

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– O que está acontecendo aqui?

Consigo ouvir a batida da porta e os pés apressados de minha irmã entrando na casa. Então, ouço Grey repreendendo-a por sua voz estridente.

– Deixe-a descansar. – Suas mãos permanecem rodeadas em mim.

Enquanto finjo dormir, consigo ouvir uma voz não tão desconhecida.

– Cara, o que aconteceu? É realmente seu bebê? Ela vai manter?

Grey se levanta de supetão, e se eu estivesse realmente dormindo, acordaria agora.

Consigo ouvir Alice guiando-o até o meu quarto, então sinto a textura de meu colchão, finjo me aninhar, assim como uma pessoa sonolenta faria, e ouço-os saindo.

Consigo ouvir um "te explico no carro", em seguida, a porta da frente abrindo e fechando. Eles se foram. Chegou a hora. Levanto-me tão rápido que preciso de alguns segundos para minha visão voltar ao normal, e quando ela volta, noto que Alice nunca saiu do pé da minha cama.

– Como soube? – É a primeira coisa que pergunto.

– Que estava fingindo dormir? Você nunca cairia no sono nos braços de um homem. – Ela dá de ombros. – Agora pode me explicar o que está acontecendo?

Vou até a parte superior do meu guarda-roupa e puxo uma mala velha quase nunca usada. Quase como se o mundo estivesse acabando, puxo todas as minhas roupas dos cabides e jogo-as lá.

– O que porra está fazendo? Ei, ei!

Ela dá um leve empurrão em meu ombro, tentando chamar minha atenção. Então eu paro. Estou cheia de tudo isso, cheia de precisar dar satisfações ou precisar agir racionalmente em todas as situações.

– Preciso ir, Lili. Fugir pra algum lugar que ele não possa me achar. Talvez eu possa levá-la comigo, talvez eu...

– Você está louca?  – Sua voz estridente não faz nada para ajudar minha dor de cabeça crescente. – Perdeu a sua cabeça ou algo do tipo? O que está acontecendo?

Ponho minhas mãos em suas bochechas e forço-a a me encarar.

– Você não está vendo, Alice? Ele quer essa criança e eu não, ele pode fazer qualquer merda e...

– E então fugirá?

– Sim. Então eu fugirei! – Grito com todo o ar de meus pulmões.

Ela abre os braços, sua expressão está tão raivosa, tão irritada...

– Isso não te lembra nada, Olivia? – Ela pergunta.

– Eu nã...

– Está agindo como a porra do seu pai!

Não me movo, estou estática e sei que, mesmo se tentasse, não conseguiria. Sinto todo o sangue cair do meu rosto, minhas mãos tremem descontroladamente e, por não ter me movido um palmo, consigo captar exatamente o momento que ela se arrependeu do que disse.

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