Cassian ainda lembrava da fêmea que o salvou na guerra a 500 anos atrás. Foi a mesma fêmea que sumiu repentinamente depois deles treparem.
O deixando sem saber o nome ou mais alguma informação importante sobre sua salvadora.
Cassian até tentou, mas...
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Passei a noite bebendo, dançando e beijando alguns feéricos que não lembro o rosto, e mesmo tendo ficado bêbado também o Lucien realmente cuidou de mim.
Ele me segurou todas as vezes em que tropecei em alguma coisa impedindo que eu caísse no chão, afastou machos idiotas, e foi com o Lucien que dancei a noite toda.
Dançamos até nossos pés doerem, bebemos até ficarmos tontos, e quando a festa acabou o ruivo me guiou de volta para o meu quarto. Ainda não sei como ele conseguiu fazer isso estando tão bêbado, mas fez. Me deixou na minha cama e cobriu meu corpo com um lençol branco, alegando que a noite estava fria.
Isso é tudo que me lembro antes de pegar no sono. Quando acordo, a minha cabeça está leve como se eu ainda estivesse um pouco bêbada.
Me livro do meu vestido amassado o jogando em um canto aleatório do quarto. Eu fedia a vinho misturado com suor, nua ando até a banheira e a encho d'água. Entro, e quando afundo a água quente relaxa os meus músculos doloridos pela dança, respiro fundo e só nessa hora deixo minha mente vagar para o que aconteceu na noite passada:
O macho com asas de morcegos estava aqui. Eu realmente senti o cheiro dele, e agora acho que sou uma idiota por não ter conseguido acha-lo.
Meu fracasso na busca pelo macho com asas de morcego me fez beber e dançar até cair. Lembro de ainda ter procurado o Orion para falar com ele sobre alguma coisa, mas também não achei o macho, ao contrário da Amarantha que estava sempre por perto aproveitando a festa.
Esfrego meu corpo até desaparecer com o cheiro do vinho, lavo meu cabelo e acho algumas flores amarelas presas nele.
Passo um bom tempo na banheira e quando saiu já era tarde. Tudo estava quieto, como se os feéricos da Corte Primaveril ainda estivessem dormindo, descansando após de uma noite festiva e agitada.
Visto minha típica calça preta com um corpete da mesma cor, deixo meu cabelo solto.Quando me encaro no espelho vejo mais uma carta, ela estava presa entre a moldura dourada do espelho e a parede branca, seu lacre parecia ainda mais vermelho do que o anterior e o papel um pouco mais amarelado.
— Puta merda.
Falo baixinho, eu tinha me esquecido das cartas. Como eu pude esquecer disso?
Assim que toco na carta a porta do meu quarto se abre com tudo fazendo um estrondo quando bate na parede, pulo de susto e enfio rapidamente papel no bolso da minha calça.
— Orion?
Encaro o macho, seus cabelos castanhos estavam desgrenhados, os botões dourados da sua calça tinham sido arrancados, mordidas e arranhões cobriam seu pescoço e peitoral expostos, faço careta. Parecia que ele tinha acabado de sair de uma suruba selvagem.
