Corte em Ruínas

Capítulo 19

Olho para cima porque o macho que eu tinha acabado de trombar era bem mais alto, bem mais forte e bem mais ruivo do que eu. Porra como não percebi a chegada do primogênito de Beron? Eu ia ter que matar esse filho também para conseguir aproveitar o meu vinho furtado em paz?

— Parece que mais alguém teve a mesma ideia que eu. 

O macho fala baixinho, diversão encharcando cada uma das suas palavras. Ele  era bonito como a mãe e carregava o mesmo olhar frio do pai. Esboço um sorriso partilhando da mesma diversão antes de responder:

— Fiquei tentada quando ouvi falar da Adega, Eris. 

Esse era o seu nome,  eu só sabia porque precisava estar a par  de tais informações antes de entrar na Corte. O macho me olha de cima a baixo, seus olhos cor de âmbar  percorrem preguiçosamente o meu corpo, e eu aproveito para fazer o mesmo e observar lentamente o seu corpo também. 

—  É um prazer conhecer a general que matou um dos meus irmãos, Zara.

O ruivo fala sem um pingo de mágoa, e parece apreciar a forma como o meu nome soa. 
Provavelmente satisfeito em ter menos um concorrente ao título de futuro Grão-senhor da Outonal, ele não deve ter ficado nada triste com o assassinato dos irmãos em terras primaveril.  

— Fico feliz em saber que estou ajudando um macho bonito a conquistar seu título.

Dou um gole no vinho  sem desviar meus olhos do ruivo antes de completar:

— Um macho que não vai falar a ninguém  que roubei uma garrafa de vinho do Grão-senhor.

Ele rir alto, e pura malícia brilha em seus olhos antes dele propor:

— Para isso você vai precisar dividir o vinho comigo. 

E assim eu faço. 
Depois de alguns goles, o ruivo parecia extremamente  impaciente, e não tardou em me agarrar pelo decote delicado do robe,trazendo-me para si. Descontrolado, seus lábios quentes logo acharam os meus. 
Rapidamente me entreguei ao desejo de tê-lo entre minhas pernas e puxei seus cabelos flamejantes com vontade. Eris era agressivo, isso era inegável. A garrafa de vidro que antes estava em suas mãos vai parar no chão, sendo levemente chutada por suas botas de couro. O gosto do vinho impregnava o beijo, nos causando espasmos deliciosos.

Suas mãos atrevidas  acham meus seios por dentro do robe de seda negra, e os aperta, os dois de uma vez me arrancando um gemido baixo. Retribuo o toque deslizando minhas unhas pelo seu abdômen definido  e então acho o cinto que segurava a sua calça, e que agora também apertava a ereção que se projetava ali. Brinco um pouco com a fivela dourada e recebo um aperto mais forte em meus peitos. 

— Apressado 

Praticamente gemo com pura malícia antes de finalmente me livrar do seu cinto e escutar passos pesados vindos da escada. Merda!

Eris rapidamente se recompõe, segura meu pulso e me guia adega adentro. Desviamos de garrafas, prateleiras, seguindo por um corredor mais estreito e escuro do que o anterior. Subimos rapidamente alguns degraus empoeirados, e então rapidamente estávamos de volta a uma área comum da fortaleza. Como se nada tivesse acontecido. O ruivo faz questão de me acompanhar até a porta dos meus aposentados, e sem falar nada se despede com um sorrisinho atrevido, uma promessa que terminaríamos o que tínhamos começado. 

Entro no quarto praticamente flutuando por culpa do vinho chique, e a única coisa que consigo fazer depois de trancar a porta é  me jogar na cama  e apagar. O álcool sempre me fazia dormir.
lidaria com a consequências dos meus atos amanhã.

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Acordo assustada com a impressão de ter escutado a janela do quarto sendo aberta. Olho ao redor ainda tonta pelo vinho, e aquele cheiro inconfundível do macho morceguinho invade as minhas narinas. E então o encontro, parado no escuro, em frente a minha cama. Ele estava totalmente imóvel, com as asas bem fechadas atrás do seu corpo, seus olhos cor de avelã pareciam fixos em mim, e seus cabelos pretos estavam maiores do que eu lembrava, agora chegavam até os ombros. Por algum motivo, a sua respiração estava ofegante, e quando ele avançou em minha direção eu não sabia se isso era real ou apenas um sonho.

Meu coração bateu mais forte, o observei se livrar da camisa, abrir a calça, os sapatos e por mim sair da cueca preta. Ele parecia não se importar que já estivesse totalmente ereto, um sorriso satisfeito dançou em meus lábios. Ele era tão lindo, cada linha superabundante, cada centímetro perfeito da sua pele, do seu pau provocador. 

— Agora é a sua vez. 

Disse rouco, e então o mundo sumiu. Sem dizer nada tiro o meu robe, a única peça de roupa que me cobria, expondo meus seios fartos, os mamilos já empertigados, prontos para ele. Nus, ficamos frente a frente, observando um ao outro por alguns segundos, antes que eu praticamente implore por ele:

— Eu quero que você me foda.

O macho deu um passo em minha direção, depois outro. O cheiro da sua excitação me deixando louca, então lentamente nossos corpos se encaixaram. 

— Me beije

Ele sussurrou baixinho. Meu corpo era fogo puro, como se eu pudesse incendiar Prythian a qualquer momento. Seu corpo também era fogo puro quando o macho finalmente me beijou. Abro a boca para receber a sua língua, com gosto de cerveja e chuva, arqueio meu corpo para ele, entregando-me. Sua mão apalpava a minha bunda, puxando-me para si,prendendo seu pau entre nossos corpos. O macho gemeu, fazendo meu corpo extremecer em resposta. Fogo dançava pela minha pele, pelo meu cabelo, e o macho parecia deliciar com isso.

Ele me deita delicadamente na cama, como se mesmo em sua necessidade, quisesse me ver bem e segura.

Abraço o pescoço do macho morceguinho o trazendo para mim, arqueo meu corpo ate receber uma mordida no meu pescoço. O macho se encaixa entre as minhas pernas, o roçar do seu pau aveludado contra o meu sexo me fazendo gemer. 

Seus olhos dourados se fixaram nos meus no  exato momento que sua intimidade volumosa invadiu a minha, se ensopando com minha umidade. Suas asas enormes contraíram-se em um sinal prazeroso e um gemido  euforico invadiu meus ouvidos. Naquele instante, era como se tudo ao nosso redor fosse tomado por fogo.