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Darth Vader/Anakin Skywalker

TATOOINE

Eu deveria saber.

Meu mestre nunca foi confiável, sabia disso ou deveria saber. Eu fui usado, desde o inicio.

O Imperador nunca quis que eu fosse atrás da minha mãe, dizia que era fraco ainda, que os jedi iriam atrás de mim e eu simplesmente aceitei por puro orgulho. Queria ser poderoso? Sim, para salvar minha mãe. E depois apenas me fortaleci para deixar que ninguém me subjugasse nunca mais.

Areia gruda nas lágrimas agora quase secas enquanto vago sem rumo deserto a dentro, o céu perdeu seu tom azul, em breve virá uma tempestade de areia, mas não ligo.

Eu não sinto nada, e sinto tudo.

Quando lembro que matei Dookan, achei que isso sanaria um pouco a dor, mas ele também foi usado no final de tudo. O meu inimigo é o Imperador. Sempre foi, mas apenas agora soube.

Ele me prometeu um império com justiça, sem mais corrupções do senado e discussões levianas, mais uma mentira do seu arsenal.

Sempre soube que o imperador tinha seus truques e contatos assim como eu, o destino do aprendiz é superar o mestre e mata-lo para tomar seu lugar. Agora vejo que ele apenas me deu um poder que não chegaria aos pés dos poderes dele, informações que me fariam segui-lo e fechou todo tipo de porta que poderia me guiar para outro caminho. Um caminho que sabia que seria perigoso para ele.

Eu agora sei o que devo fazer, retribuir tudo o que ele me fez, as sessões de tortura por cada falha que o faziam odiá-lo mais, seus treinamentos que tinham a intenção de me deixar quase a beira da morte, por ter me destruído e me transformado no que eu sou hoje e por fim, a vida de minha mãe, que ele tirou para que eu fosse seu seguidor sem escolhas.

Está na hora de tomar o império, de retornar ao plano original de uma galáxia segura e sem corrupções. Eu não sou um politico, nunca serei, mas Padmé, ela sim é tudo o que a galáxia precisa.

Isso. Ela como minha imperatriz e eu serei seu segundo em comando, juntos governaremos a galáxia e poderemos moldar tudo a nosso gosto e ideal.

Mas primeiro, preciso eliminar meu maior empecilho: o Imperador.

Ventress divide seu olhar entre eu e seu companheiro. Ela não sabe o que dizer, não depois da proposta que eu fiz.

— Há alguns anos eu tentei matar meu mestre por tudo o que ele me fez, sei como voce se sente, mas se o Dookan foi impossível, como planeja matar o imperador?

— Se você se lembra, eu matei seu ex-mestre não? – sorrio com escarnio.

— Isso é um ponto a seu favor, mas sinto dizer que seu saldo ainda está negativo. Muito negativo – cruza os braços e eu imito sua posição ameaçadoramente.

— Vader – Padmé vem ao meu lado e encosta sua mão em meu braço para chamar minha atenção para ela – Talvez essa não seja a melhor decisão a ser tomar agora, você sozinho contra o império?

— Nisso você tem razão – Quinlan aponta para Padmé concordando.

— Não sou um fraco – quase rosno com a possiblidade de estarem me subestimando.

— Não, mas você sabe mais do que ninguém como o imperador tem truques embaixo de sua manga – Ventress retruca.

— Vocês me disseram que não eram favoráveis ao império – questiono.

— E não somos – Quinlan responde prontamente.

— E a rebelião? – fazem silêncio.

— É complicado também, não gostamos de nos envolver muito em politica – Quinlan foge da pergunta.

A Devoção do sithOnde histórias criam vida. Descubra agora