Prólogo

1.9K 85 71
                                    


Padmé Amidala - Coruscant 

— Sinceramente Bail, um baile de gala em meio ao caos que está essa galáxia? – continuo sorrindo para os conhecidos que passam por mim, apenas me cumprimentando com um leve aceno de cabeça. Bail Organa, está parada ao meu lado em um canto qualquer do elegante, e provavelmente o mais caro salão de Coruscant.

— Bem, o motivo da galáxia estar um caos é também o motivo de todos estarmos aqui – um garçom passa servindo diversas bebidas, Bail pega uma taça para ele enquanto faço não gentilmente com a cabeça — Agora, será que ele realmente vai aparecer? Ele não me parece do tipo que gosta de homenagens, ao contrário do imperador.

Observamos várias pessoas vestidas de preto entre eles, oficiais do império, e alguns stormtroopers nos cantos e perto das portas fazendo a segurança do lugar. Nem um sinal do imperador até agora. A maioria daqui são esnobes, aproveitadores e gananciosos, prontos para obedecer ao imperador só para receber as migalhas que precisam, mais poder ou mais dinheiro. E os senadores imperiais não estão fora dessa, salvo algumas exceções.

Eu, claro, sou uma dessas exceções. Assim como Bail.

— Padmé, você precisa relaxar – Bail suspira e me olha com o seu olhar compreensivo.

— Eu não sei Bail, é como um pressentimento sabe? – olho ao meu redor pensativa.

— Bom ou ruim? – ele se vira para mim.

— Ainda não sei – o encaro de volta — Essa vida dupla, ela acaba comigo. Não gosto de me esconder, de mentir, fingir concordar com as atrocidades e seguir como se nada tivesse acontecendo. Conspirar, guardar segredos e fingir que concordo com o imperador não é para mim.

— Se bem me lembro, semana passada você o questionou sobre o acidente de mineração que houve em Crait – disse sorrindo, certamente ao lembrar da cara dos nossos colegas senadores obviamente chocados com a minha coragem. Ou burrice.

— Alguém tinha que questioná-lo! Você não simplesmente chega no senado e diz aos senadores "houve um problema em Crait durante uma mineração" e você sabe tão bem quanto eu o que tem em Crait.

A base rebelde, aliás, umas das bases rebeldes espalhadas pela galáxia.

— Sim, mas agora ele é o imperador e a força realmente está com você porque como Lord Vader ainda não apareceu na sua porta só pode ser um milagre da força. Se bem que ele ao menos agora não teria coragem de fazer nada contra a sua mais estimada senadora – ele ri.

— Pare com isso Bail, não sou a preferida dele. Estou longe disso – inesperadamente as portas se abrem e todos olham para os novos participantes da "pequena reunião imperial em comemoração ao Lord Vader e seu magnífico trabalho na galáxia". Os musicistas param de tocar e o salão entra em um silencio fúnebre.

— Dele não, mas você tem o que ele não tem. Apoio da galáxia – ele sussurra enquanto observamos entrar o imperador Sheev Palpatine e seu estimado Lord Vader atrás como sua sombra com o manto preto cobrindo tudo, inclusive seu rosto.

Sussurros são ouvidos por todo o salão. Ele veio. Ele realmente veio, depois de todos esses anos evitando jornalistas e eventos sociais.

O imperador olha para os músicos que imediatamente retomam seu trabalho, claramente com apreensão, enquanto a música recomeça ele vai andando até o enorme trono no meio do salão, como se precisasse reafirmar seu poder a todos presentes. Lord Vader toma seu lugar ao lado agora, ainda em pé e com os braços cruzados para trás.

De grupo em grupo, pessoas iam em frente ao trono, porém não perto o bastante das escadas que leva ao trono, todos tinham medo. Eu e Bail ficamos em silencio apenas observando todos irem sabendo que chegaria a nossa vez, e que deveríamos manter a nossa postura de apoiadores do império.

A Devoção do sithOnde histórias criam vida. Descubra agora