Capítulo 01: O Início

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Olá, meu nome é Natsumi Koyama, vivo em um mundo onde 80% da população humana nasce com uma habilidade chamada "Individualidade", que não é nada mais que poderes, mas 20% da população humana nasce sem isso e eu faço parte desses 20%. Lembro-me que, quando eu tinha 4 anos de idade, meu maior sonho era ser uma heroína, mas infelizmente o mundo não foi gentil comigo. Aos 5 anos descobri que eu nunca teria poder nenhum e isso me fez parar de sonhar, minha mãe era uma ex-heroína e ela sempre quis que eu a substitui-se quando eu dispertasse a minha Individualidade, mas quando ela viu que eu só era uma pessoa normal, ela começou a me ignorar, até parou de me dar comida, ela só tinha atenção para minha irmã mais nova. Meus amigos me deixaram e sempre aparecia alguém diferente para me bater quando eu estava indo para casa, se é que eu posso chamar aquele lugar de casa.

Quando eu tinha 14 anos, fui deixada gravemente ferida em um beco aleatório da cidade, eu estava cheia de hematomas e cortes, provavelmente ia morrer, mas, para ser sincera, eu não ligo. Ninguém vai sentir minha falta mesmo. Enquanto eu pensava na minha vida insignificante, vi dois ratos se aproximarem de mim, eles subiram em cima de mim e comecei a sentir uma sensação estranha vindo do lugar onde os ratos estavam, então os roedores caíram mortos no chão e as minhas feridas começaram a se curar. Um minuto depois a minha dor passou completamente e eu senti minhas forças voltarem, me sentei no chão com um olhar confuso. O que aconteceu?

-- "Nós acontecemos." -- uma voz grossa disse, na minha cabeça, duas gosmas saíram dos meus ombros e assumiram a forma de duas cabeças.

As gosmas tinham cores diferentes, uma era vermelha e seu formato lembrava a carne humana; a outra era preta e tinha uma "aparência" mais.... lisa, vamos dizer assim. Os dois tinham olhos grandes e brancos, tinham dentes afiados, pontiagudos e enormes, isso fazia parecer que eles estivessem sorrindo o tempo todo.

-- Q-quem são v-vocês? -- perguntei, com um pouco de medo.

-- Eu sou Venom. -- a gosma preta respondeu. -- O vermelho ali é o Carnificina.

-- O que vocês.... querem?

-- Nós queremos você. -- o tal do Carnificina respondi, sua voz é muito mais grave que a do pretinho e isso me deu mais medo. -- Não precisa se preocupar, eu não vou machucar você, pois eu preciso do seu corpo inteiro para ficar vivo.

-- O-o-o q-que vocês são?

-- Nós somos Simbiontes, em outras palavras, somos alienígenas, viemos de outro planeta. Bem, pelo menos eu vim. -- Venom diz.

E foi assim que a minha grande jornada começou, apesar das dores de cabeça que eu sofro praticamente todos os dias, conhecer o Venom e o Carnificina foi a melhor coisa que já me aconteceu. Depois de entender melhor como os dois funcionavam, saí de casa e comecei a viver em um prédio abandonado em algum lugar da cidade, eu treinava todo dia para manter meu corpo em forma e, assim, manter os dois no seu máximo, mas nem tudo era um mar de rosas. Eu consegui convencer eles de machucar e devorar apenas pessoas que eu considero do mal, mas isso fez a sociedade começar a me ver como vilã, afinal, heróis não devoram as pessoas, né? Bem, foi essa a desculpa que me deram. Carnificina é o mais difícil de lidar e o que tem mais sede de sangue, ele é o que mais assume o controle do meu corpo e mata as pessoas, mas felizmente ele me escuta na maior parte das vezes; Venom é mais fácil de lidar, ele não é bom, mas não é tão psicopata quanto o Carnificina. Os dois são um oposto do outro, o que faz com que vivam discutindo. Os anos passaram e a sociedade começou a me chamar de "A Vigilante Scorpion", ou até de "Demônio", isso depende com quem eles falam, pois eu sempre deixo os Simbiontes cuidarem do problema. A minha fama cresceu muito e a minha identidade começou a virar um dos assuntos mais discutidos do Japão, pois eu sempre uso um "traje" que o Venom fez para mim usar quando estou indo brincar de anti-herói.

A Vigilante (Boku No Hero)Onde histórias criam vida. Descubra agora