Acordei e imediatamente procurei por Hinata, quando não a encontrei, suspirei resignado. Ela tinha ido embora, afinal. Não era como se eu esperasse que Hinata ficasse comigo o dia todo, mas eu realmente estava gostando de tê-la como companhia.
Na real, me lembrava vagamente do que havia acontecido de madrugada, eu estava grogue e sentia dor, frio e calor ao mesmo tempo. Foi horrível, só tinha a lembrança de mãos quentinhas cuidando de mim e, também, de ouvir uma voz muito doce e melodiosa me confortando. Agora eu sabia que era Hinata. Apesar da noite péssima, eu tinha o coração bem morninho, graças aos cuidados dela comigo. Ainda não acreditava que ela havia cuidado de mim daquela forma, no entanto, sabia que tinha sido por pena, pois Hinata não deixaria um coitado como eu morrer a míngua. Contudo, não conseguia deixar de pensar que, só talvez, Hinata sentisse algo por mim.
Eu tinha noção de que estava sendo um idiota iludido, mas o coração era assim mesmo. Ah, se eu assumi que gostava dela? Gostava!
Percebi na noite anterior, eu não me sentia apenas atraído sexualmente por ela, era algo mais forte. Eu acreditava estar verdadeiramente apaixonado e isso não me consolava de modo nenhum. Agora eu sabia que estava completamente perdido, não havia nada mais a fazer, a não ser sentar e chorar.
Pior, eu quase gelei quando pensei que ela tivesse percebido meus sentimentos. Porém, Hinata achou que eu estava a fim da amiga dela! Eu poderia ter desmentido, devia ter falado que queria ela e não Sakura.
Entretanto, foi mais cômodo concordar com a mentira, assim ela não fugiria de mim. Olha, tudo estava acontecendo tão rápido, uma hora eu nem sonhava em trocar qualquer palavra com Hinata, que não fosse sobre o TCC. De uma hora pra outra, eu só conseguia pensar em quando a veria de novo. Será que ela voltaria no hospital para me ver?
Será que, de fato, tinha ido embora? A enfermeira apareceu aqui e logo partiu, eu ainda estava meio sonolento e não me importei. Quando acordei, não havia mais ninguém para me dar qualquer notícia sobre o meu estado. Eu estava totalmente no escuro e isso me apavorava. Se ao menos eu tivesse aos mãos quentinhas da Hinata em mim...
Suspirei, sonhador.
Eu era um iludido!
Ela não me queria, já havia deixado claro que estava a fim do Kakashi, o que eu ainda esperava?
Respirei fundo e fiz menção de me levantar, precisava saber o que tinha acontecido, vai que me restava apenas algumas horas de vida? Não iria querer passar os últimos momentos em um hospital.
Eu iria querer passar esse tempo ao lado da Hinata; porquanto, estava decidido a sair e procurá-la. Todavia, quando coloquei os pés para fora da cama, senti uma tontura horrível e tudo ficou escuro.
Eu estava morrendo? Céus, eu precisava beijar Hinata antes de partir!
Fiz um esforço e caminhei até a porta, porém, minhas vistas escureceram novamente e eu estava quase caindo, não fossem duas mãos pequenas me segurarem e impedirem minha queda. Por um momento, pensei ser Hinata, mas o cheiro que vinha da pessoa era diferente, não era ela.
Aceitei, derrotado e ouvi uma voz.
— Ei, prof. Vai com calma, você não pode levantar assim.
Aquela voz era da... Sakura?
— Sa-sakura? - questionei, ainda zonzo.
— Eu mesma, sua Hinatinha pediu para eu ficar cuidando de ti, enquanto ela tenta não perder o emprego. - respondeu em um tom de voz afável.
Eu ri.
Minha Hinatinha?
— Hinata foi embora mesmo? - questionei à ela.
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Querido professor
FanfictionHinata Hyuuga tem uma vida quase perfeita, cursa o último ano de jornalismo em uma das mais renomadas faculdades de comunicação do Japão. Além de estar em ascenção profissional. Contudo, ela vê sua vida mudar assim que seu antigo orientador de TCC p...