Era segunda-feira e eu teria quatro aulas com o meu professor preferido. O mundo gira, não é? Pela primeira vez, eu não estava bufando por ter várias aulas seguidas com Naruto. Pelo contrário, estava ansiosa para sentir suas mãos grandes me apertando antes do intervalo.
Nossa, como eu era hipócrita!
Afirmava e reafirmava que queria Kakashi, que jamais pegaria o meu professor, que ele não fazia meu coração disparar etc etc etc.
Iludida.
Eu era uma iludida, já que, sem dúvidas, Naruto era a coisa mais gostosa que eu havia provado em vida.
É meus amigos e minhas amigas. Eu, Hinata Hyuuga, estava rendida pelos carinhos, carícias, beijos e... Podemos parar por aí, pois ainda não avançamos o sinal.
Não que eu não quisesse, sabe? Bem, na verdade, eu era virgem, nunca fiquei com ninguém tão intimamente. Eu era muito, mas muito exigente e qualquer deslize já me fazia sair fora. O que me rendeu vinte e um anos de virgindade. Não que me importasse, eu queria mudar essa condição com alguém especial, que me fizesse sentir segura e pronta para o próximo passo. E, precisava confessar, Naruto fazia com que eu me sentisse assim.
Rápido? Talvez sim, talvez não. Porém, no momento, eu só estava conjecturando, não era como se fosse para a cama do professor hoje mesmo. Se bem que, sempre que nos beijávamos e ouvia-o sussurrar em meu ouvido, a vontade aumentava consideravelmente.
Como tudo mudou? Vejamos, eu fiquei confusa sobre Kakashi, não consegui dizer com firmeza que sairia com ele. Depois veio Sakura me contando que Naruto estava triste por minha causa. Então eu pensava estar sentindo pena dele, não sentimentos amorosos. Fiz comida e levei para o hospital, visando o bem-estar de Naruto e seu retorno às aulas.
Daí veio o furacão que me acertou e fez com que, finalmente minha ficha caísse.
Naquele quarto de hospital, com Naruto me olhando carinhosamente nos olhos. Eu precisei reconhecer, estava começando a sentir algo por ele, não sabia o que era ainda. Atração? Era fácil, visto que Naruto não era nenhum pouco de se jogar fora. Ternura? Podia ser, já que eu cuidei dele a noite e me sentia muito mais ligada a ele, aliás, como nunca havia me sentido antes.
Podia ser qualquer coisa: pena, compaixão, solidariedade, empatia. E eu ainda não sabia quais destes sentimentos permeavam e regiam minhas ações naquele instante. Até ouvir sua voz rouca pedindo para eu me aproximar e, quando o fiz, já era.
Meu coração deu um salto no peito, eu senti uma coisa tão forte, que simplesmente não vi mais nada. Só conseguia sentir sua mão quentinha em meu pescoço, após, me lembro que só queria beijá-lo. Foi o que eu fiz. Simples, não?
Eu ainda estava confusa sobre tudo, sobre estar fazendo a coisa certa, ou estar apenas sendo levada pelo calor do momento. Ainda tinha receio de magoá-lo e tudo o mais. No entanto, durante os dias que passei cuidando dele junto da Sakura, tive certeza. Eu não queria mais sair com o Kakashi, na real, a cada minuto, me sentia mais e mais próxima do Naruto. E isso era incrivelmente bom. De um jeito completamente assustador, na realidade.
Pensem comigo, eu não queria Naruto, eu queria outro homem. Contudo, parecia que uma força motriz me empurrava para ele, a fim de fazer-nos ficar juntos a todo custo. Afinal de contas, quando nessa terra, eu iria dormir na casa de um estranho do nada? Jamais!
Ah, fora o carro roubado, me impossibilitando de ir embora, depois tudo o que se sucedeu. É para se ponderar, não é? Será que estava inventando histórias para justificar minha paixão repentina por ele? Podia ser.
A essa altura do campeonato já não fazia diferença.
Também digo de antemão, que não nós vimos apenas na faculdade. É que estávamos tão conectados, que uma segunda por semana não me parecia suficiente. Portanto, assim que Naruto saiu do hospital, nós almoçamos juntos na casa dele. Tomamos café quase todos os dias antes de eu ir para meu estágio e nos vimos no final de semana também. E, claro, eu estava fiscalizando suas refeições com frequência, visto que ele só comia lámen!
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Querido professor
FanfictionHinata Hyuuga tem uma vida quase perfeita, cursa o último ano de jornalismo em uma das mais renomadas faculdades de comunicação do Japão. Além de estar em ascenção profissional. Contudo, ela vê sua vida mudar assim que seu antigo orientador de TCC p...