Nenhuma mulher merece ter sua intimidade exposta, se tratando de fotos, vídeos, ou o que quer que seja. Somos donas de nós mesmas e o fato de mantermos fotos sensuais em nossos próprios celulares, computadores ou qualquer lugar que seja. Até mesmo enviarmos a alguém por livre e espontânea vontade, não atribui direito a terceiros de divulgá-las. Isso é uma falta grave e o responsável por tal ato deve ser punido.
E vocês, mulheres, que passaram pelo mesmo que eu. Aliás, às vezes por uma situação pior; se até sofreram como a tal revenge porn, ou, mais precisamente, pornografia de vingança. Pelo ex-namorado, marido, ou qualquer pessoa no geral. Não baixem suas cabeças ou sintam-se envergonhadas.
A culpa não é nossa, a culpa nunca é da vítima. Lembrem-se disso!
Ouvi muitas palmas e várias mulheres chorando, talvez lembrando-se de algum episódio que sofreram. Mas, era preciso conscientizar a faculdade sobre essa violação da intimidade da mulher. Eu fui convidada a falar sobre o assunto pelo próprio diretor que, depois do meu caso, passou a enxergar o tema por um ângulo maior. Aliás, muitos, acreditava eu, ampliaram a lanterna para entender que, se uma foto ou vídeo íntimo havia sido divulgado. A culpa não era da mulher por tirá-la ou permitir-se ser gravada em momentos reservados. E, sim do outro, o tal do cara, que, sem conseguir aceitar o fim do relacionamento, ou um fora recebido. Passava a achar-se no direito de fazer algo tão monstruoso e egoísta, a fim de ferir e magoar a vítima.
Enfim!
Eu não queria falar sobre isso, a ferida aberta graças aos últimos acontecimentos ainda não cicatrizara completamente. No entanto, sentia que devia falar. Eu não deveria me calar frente ao que Toneri fez comigo. Porque, tive uma foto divulgada; mas, quantas mulheres não sofreram exposição pior e se calaram? Por medo de julgamentos ou por vergonha?
Agora, cá estava eu, voltando a estudar novamente, pronta para concluir minha faculdade. Mesmo depois daquela avalanche que passou por cima de mim. Naruto, claro, havia sido recontratado e todos sabiam de nosso namoro. Era público agora. Eu não o esconderia, nem ele a mim.
Sobre meu pai, bem, eu ainda estava tentando assimilar tudo o que acontecera. Ainda nutria um remorso em meu peito, por ter desejado, mesmo que inconscientemente, a morte dele. Contudo, Naruto estava sempre fazendo-se presente nesses momentos de autocomiseração. Me acalmando e dizendo palavras de conforto. Aliás, Hanabi, que agora morava comigo em um apartamento maior, era completamente apaixonada pelo Naruto. Ela o via como uma espécie de super-herói e eu adorava isso. Hanabi era a única família que me restara e Naruto, claro, o homem da minha vida.
Obviamente, a mídia caiu matando em cima de mim, devido a morte de um dos homens mais ricos e prestigiados do Japão. Vulgo meu pai. Eles queriam saber qual atitude a herdeira primogênita tomaria, frente às indústrias Hyuuga. Porquanto, eu seguia fugindo todo o tempo, pois não queria dar declaração alguma. Ainda estava tudo muito recente e eu se quer sabia o que fazer. Entretanto, tinha certeza de que, em hipótese alguma, continuaria o legado da família. Eu venderia tudo e seguiria no jornalismo, vivendo do meu esforço e trabalho. Deixaria todo o dinheiro para que Hanabi, quando crescesse, pensasse no que fazer. Também tive a opção de divulgar o dossiê que Sasuke me entregou, ademais, isso só me geraria mais transtorno e repórteres na minha cola. Ou seja, preferi enterrar o que descobri juntamente com meu pai.
Aliás, soube que Toneri iria a julgamento em breve, pelo homicídio doloso, pela divulgação da minha foto e por algumas outras coisas, que nem fiz questão de saber. Afinal de contas, nenhuma mulher era obrigada a ficar com alguém contra sua vontade. Toneri deveria saber disso!
Agora, nem que quisesse, ou se arrependesse de seus atos, deixaria de enfrentar as consequências. Todavia, tinha noção de que, nem todas às mulheres permaneciam vivas para presenciar o julgamento de um homem obcecado. Pois, o mundo não era um mar de rosas e, com certeza, muitos homens, de fato, conseguiam acabar com a vida de tantas outras, que, como eu, não poderia corresponder seus sentimentos. Apenas por isso, egoísmo e maldade. Muitas mulheres jaziam mortas, eu era só uma exceção.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Querido professor
FanficHinata Hyuuga tem uma vida quase perfeita, cursa o último ano de jornalismo em uma das mais renomadas faculdades de comunicação do Japão. Além de estar em ascenção profissional. Contudo, ela vê sua vida mudar assim que seu antigo orientador de TCC p...