Tempestade

297 26 9
                                    

Naruto.

Acordar com Hinata adormecida em meus braços era a visão do paraíso, aliás, ela se tornara meu próprio paraíso particular.

No qual eu havia me perdido profundamente, sem passagem de volta.

Eu queria apertá-la e nunca mais soltar. Não a desejava na minha cama apenas por uma noite. Pelo contrário, a queria por toda uma vida e por isso ainda sentia um medo visceral de perdê-la.

Enquanto ela dormia, minha cabeça dava voltas e mais voltas. Lembrando da conversa que tive com o diretor. No entanto, se Hinata acordasse agora e não me quisesse, ainda assim, eu seria grato. Grato por ter ao menos sentido o gostinho de como era tê-la comigo, em meus braços, falando meu nome entre um gemido e outro. Eu seria grato não só por ela me proporcionar a noite mais incrível da minha existência e por fazer com que eu me sentisse homem novamente. E sim, por sua doçura, seu carisma, sua teimosia, seus carinhos. Por tudo isso, eu não poderia reclamar.

Depois de ter me tirado tudo naquele acidente de carro, no qual meus pais e meu irmão, Menma, morreram. A vida finalmente resolvera me dar um presente tão valioso quanto ela. Aliás, Hinata era o que eu tinha de mais precioso agora.

Pensar em perder o que havia conseguido conquistar com muito custo, chegava a secar minha garganta. Eu me sentia um garotinho amedrontado. Principalmente depois de saber sobre Toneri, cujo o pai era dono da metade do Japão.

Kakashi? Bem, ele era peixe pequeno perto deste. Aliás, sabia que estava sendo um puta inseguro pensando todas essas coisas. Hinata já tinha afirmado que gostava de mim e a noite anterior me provou isso.

Mas se tratando dela, eu ficava assim. Estar com ela era como viver um sonho bom e eu não queria acordar. Eu até sabia que Hyuuga era um sobrenome renomado, no entanto, com Hinata sendo tão humilde não a liguei ao magnata Hiashi Hyuuga. Me sentia pior ainda por tratá-la tão mal no início do semestre. Hinata aguentou estoicamente e não desistiu, ela poderia ter recorrido ao pai e eu talvez perdesse bem rapidinho meu emprego. Contudo, Hinata era mais determinada do que eu imaginava.

Sorri ao lembrar da primeira vez que a vi na sala. Ela estava incrivelmente linda e não demorou muito para roubar minha atenção. Suspirei pesadamente e o diálogo da noite anterior veio todinho em minha cabeça.

— Você é um dos meus melhores professores, Naruto. Esperava uma atitude assim vinda de qualquer um, menos de você. Se desistir disso, eu o mantenho em meu quadro de funcionários. - o diretor anunciou, me olhando de frente.

— Desculpe, mas eu amo a Hinata. - afirmei convicto. - Não abrirei mão dela e isso não interfere em minha conduta acadêmica e profissional.

— Se é assim, não tenho outra opção a não ser desligá-lo. Isso se Hiashi não tentar algo contra você, fique esperto, tenho um apreço por você, Naruto. Não quero que se prejudique por causa de uma paixão juvenil. - despejou como se realmente se importasse comigo.

— Eu tenho vinte e nove anos, o que sinto é real, não efêmero.

— Mas e a Hinata? Será que sente o mesmo? Ela acabou de completar vinte e um anos apenas. Está na idade da escolha e você já é mais maduro, pense bem Naruto. - sua explanação veio em minha direção como adagas afiadas. - Você conhece o pai dela, não conhece? É o magnata das indústrias Hyuuga. E, pelo que seu, Hinata tem um histórico com Toneri, eu acho que ele não ficará feliz sabendo desse relacionamento.

— Assumirei o risco. - eu disse e ele assentiu.

E, apesar de sentir o peso de tais palavras, eu não desistiria tão fácil. Jamais desistiria da Hinata, se ela quisesse me largar, que largasse. Porém, eu, Naruto Uzumaki; não escolheria meu emprego à ela, em hipótese alguma. Desistir da Hinata estava fora de cogitação.

Querido professorOnde histórias criam vida. Descubra agora