Deixei Naruto sozinho um pouco e corri até o quarto, peguei algumas peças de roupa para ele, e para mim também. Eu não iria ao hospital encharcada como estava. Escolhi uma blusa e uma calça de moletom imensas para vestir, mas foram as menores que achei. Porquanto, não conseguia deixar de me perguntar, o porquê de estar fazendo tudo isso. Eu logo mais iria trabalhar e estava vestida feito uma doida, me preocupando com um homem que nem era próximo de mim. Meu cabelo estava molhado, eu vestia uma cueca masculina, visto que toda minha roupa jazia molhada, estava literalmente um lixo humano. Se qualquer um me visse agora, na certa, nunca mais teria qualquer atração pela minha pessoa.
No entanto, o que eu podia fazer? Deixá-lo passando mal não era uma opção. Desci às escadas, encontrando-o ainda dormindo, parecia apagado. Me assustei e toquei seu rosto, sentindo-o respirar pesadamente.
— Mais um pouquinho e você ficará bem. - sussurrei para mim mesma.
Pedi uma ambulância - já que levaram o carro embora - e me sentei na beirinha do sofá. Eu não tinha olhado Naruto a fundo, não faria algo assim, seria desrespeitoso, agora, contudo, eu nada poderia fazer. Ele não podia embarcar na ambulância pelado!
Suspirei e peguei a boxer vermelha para vesti-lo, passei a cueca por entre suas pernas, fazendo o possível para olhá-lo o mínimo possível. Para piorar, as pernas eram pesadas e eu quase me machuquei diversas vezes.
Bufei e o vesti de uma vez por todas, ouvindo-o resmungar em resposta. Eu esperava que ele não tivesse tendo sonhos impuros, senão as coisas ficariam piores do que já estavam. Aliás, sequer cogitei espiá-lo antes de enfiá-lo embaixo do chuveiro, fiquei com medo do que encontraria. Agora, em contrapartida, vislumbrei tudinho apesar da baixa luz. Que fosse! Coloquei um moletom nele e, com muito custo, o sentei no sofá. Naruto parecia um fantoche, estava mole em meus braços.
Eu sentia como se vestisse um filho de quase dois metros de altura.
— Colabora, Naruto. - pedi, vestindo a blusa de moletom nele, estava frio e ele ainda tremia um pouco. - Você é muito pesado.
— Desculpe, está doendo... - murmurou sofregamente.
Que dó, meu Deus!
Algum tempo depois, a ambulância chegou e eu me senti mais aliviada. Todavia, embarquei junto, precisava me certificar de que Naruto ficaria bem.
— Você deu um banho nele? - ouvi a enfermeira questionar e só fiz que sim com a cabeça. - Fez bem.
Eu assenti novamente.
Depois disso, fiquei quase duas horas esperando os exames serem feitos, eu andava de um lado para o outro, preocupada. Estava uma manhã fria e meu cabelo jazia úmido ainda, graças ao banho de roupa que tomei.
Sentei-me no sofá da recepção, mandei mensagem para o meu diretor na revista, explicando que chegaria atrasada e pedi para Sakura vir me socorrer quando acordasse. Ela ainda não trabalhava, poderia me ajudar.
Quando estava indo buscar um café, uma enfermeira apareceu.
— Hinata? - chamou-me.
— Sim. - a olhei.
— O paciente quer te ver. - eu sorri por saber que ele estava melhor. - Os exames estão quase prontos, administramos alguns remédios na veia, ele já está lúcido, só um pouco zonzo.
Eu balancei a cabeça freneticamente e a segui. Ao adentrar o quarto, senti meu coração disparar. Naruto estava bem pálido e recebia soro na veia, devido a desidratação causada pela febre. A enfermeira fechou a porta e eu aproximei-me receosa, sem saber muito bem o que dizer.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Querido professor
Fiksi PenggemarHinata Hyuuga tem uma vida quase perfeita, cursa o último ano de jornalismo em uma das mais renomadas faculdades de comunicação do Japão. Além de estar em ascenção profissional. Contudo, ela vê sua vida mudar assim que seu antigo orientador de TCC p...