Dormia e acordava, era tudo o que eu fazia. Não comi nada o dia todo, pois a enfermeira me trouxe uma comida horrível, que não fiz muita questão de ingerir. Minha barriga, no entanto, roncava de fome, aliás, eu queria tanto um lámen quentinho para me aquecer.
Já que não tinha mulher mesmo, o que me restava era o ramen. Principalmente depois do que fiz com Hinata, agora tinha certeza de que ela nunca mais olharia na minha cara. Voltaríamos a ter uma relação fria de professor e aluna, visto que não mais iria importuná-la como antes.
Mas, estava tudo bem, ao menos eu podia me iludir de que nossa relação mudou, não é?
Além de tudo, queria sair logo daquele hospital, ficar assim é horrível. Eu sou hiperativo e teria que permanecer de molho por uma semana!
Era uma tortura chinesa.
Ainda mais, porque só pensava em Hinata. Eu ficava imaginando que tipo de conversa ela teve com Kakashi, apesar de tentar, a todo custo, não pensar naqueles dois.
Era impossível.
Por que eu agi daquela forma com ela? Certo, estava chateado e com o orgulho ferido, mas, não era desculpa para eu ser tão evasivo.
Hinata cuidou de mim, voltou aqui depois do trabalho e eu se quer a recebi. Tudo por causa de ciúmes!
Eu não tinha tática alguma para poder conquistá-la, nunca fui bom nisso. Na real, nunca havia me apaixonado verdadeiramente, por isso acredito que não entendia ao certo o que sentia por Hinata e ainda menos como me aproximar do jeito correto.
Afinal, desejo era diferente de amor.
Ué, eu amava Hinata?
De qualquer forma, não fazia diferença, já que não era recíproco mesmo. Me virei na cama pela enésima vez, enquanto minha barriga roncava de fome.
Ao menos Sakura podia aparecer para me distrair, era tão solitário ficar naquele quarto branco. A enfermeira apareceu novamente, informando que eu precisava comer algo, pois os antibióticos eram fortes e poderiam ferrar meu estômago. Só que eu não queria aquela comida com cheiro e, provavelmente, gosto de nada.
Entretanto, o que eu podia fazer? Se não comesse poderia piorar ainda mais minha situação. Portanto, o que me restava era comer aquilo e imaginar que fosse um ramen de porco bem saboroso.
Até que a porta abriu e o anjo mais lindo entrou no quarto, era Hinata.
— Voltei. - ela anunciou, parecendo constrangida.
— Oi. - respondi, completamente surpreso.
— Sakura veio aqui?
— Não, ela meio que sumiu. - eu baixei os olhos, sem entender a atitude de Hinata.
— Ela deve ter ido atrás do Sasuke.
— Mas ela disse que não queria mais ele. - devolvi, vendo-a aproximar-se de mim com uma caixa de isopor no colo.
— Eu ouço isso há bastante tempo. - Hinata riu candidamente e aqueceu meu coração.
Como podia ser tão linda?
— Hinata, escuta. - iniciei reticente. - Me desculpe por te tratar daquela forma, não deveria, na realidade eu estava louco pra te ver de novo, sabe.
— Sei.
— Sabe? - retruquei de pronto.
— Sim, eu sou sua melhor enfermeira, não sou?
Eu ri.
— Com certeza, me desculpe se eu te constrangi de algum jeito... Durante a noite, falando coisas sem sentido. - pedi, coçando a nuca.
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Querido professor
Fiksi PenggemarHinata Hyuuga tem uma vida quase perfeita, cursa o último ano de jornalismo em uma das mais renomadas faculdades de comunicação do Japão. Além de estar em ascenção profissional. Contudo, ela vê sua vida mudar assim que seu antigo orientador de TCC p...