Capítulo 5 - Ala oeste

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Os dias que se passaram, rapidamente se transformaram em semanas, Sasuke havia encontrado em Kiba um grande amigo, o jovem alfa o visitava todos os dias e juntos, ficavam conversando por horas, ou jogando algum estúpido jogo que o castanho criava, ele não entendia o que o Uzumaki pretendia com isso, mas preferia não tentar entender a perturbada mente daquele maníaco.

O Uzumaki também não havia comparecido mais a seu quarto, e mesmo não entendia, já que seu objetivo ali era lhe dar um herdeiro, ficava aliviado com tal distanciamento, na verdade, Naruto parecia mais estar fugindo de si, já que saía antes dele acordar e voltava apenas quando já estava dormindo, mesmo assim sempre lhe deixava o jantar, com uma pequena nota de que se alimentasse adequadamente.


- GANHEI DE NOVO! – bufou ao ouvir o enérgico grito de seu novo amigo, que pela quinta vez ganhava aquele estúpido jogo.

- Você só ganha porque foi quem inventou, eu não sei direito as regras. – Kiba fez careta.

- Não seja um mau perdedor, Uchiha. – o apontou acusatoriamente, Sasuke revirou os olhos, jamais havia visto um alfa tão infantil quanto o que estava à sua frente, para ele o Inuzuka tinha alma de criança, jamais iria crescer, mesmo no violento mundo o qual o rodeava.

- O que seja... joguemos outra coisa, algo que eu saiba.

- Como o que? – o castanho pendeu a cabeça a um lado, como um cachorrinho curioso.

- Que tal xadrez? Quando era criança amava jogar xadrez com meu pai. – um sorriso nostálgico cruzou seus lábios.

- Ama muito seu pai, não é? – o menor assentiu.

- É só por ele que estou aqui. E você? Como é sua família? – o alfa mordeu o lábio inferior, aquilo o estranhou.

- Na verdade, eu... eu não tenho família. – Sasuke franziu as sobrancelhas, o maior suspirou – Quando tinha dez anos... meu pai ficou devendo a um chefe da máfia, ele costumava jogar sabe... e... às vezes saía do seu controle. – o ômega assentiu, entendendo, o castanho mexeu nas mãos nervosamente – Esse homem... meu pai não tinha como pagá-lo, mesmo que vendesse tudo o que tínhamos, então ele...

- Kiba... se não quiser contar... – falou, ao perceber como os olhos do garoto enchiam-se d'água, mas o maior negou com a cabeça.

- Não, está tudo bem. – suspirou – Esse homem mandou colocar fogo na casa em que morava. – abaixou os olhos, mexendo nas próprias mãos – Meu pai, minha mãe e minha irmã morreram naquele dia, e eu só não morri porque... – sorriu – um anjo veio me salvar.

- Um anjo? – o Inuzuka assentiu.

- Um anjo disfarçado de demônio. – sorriu maior – Naruto-san foi quem me salvou naquele dia. – os olhos negros do ômega se abriram como pratos, aquele alfa loiro não se encaixava em nada no papel de herói em sua concepção, Kiba ao ver a surpresa nos olhos contrários sorriu, lembrando-se daquele dia, do que considerava o pior dia de sua vida, mas também o dia em que havia renascido.


Flashback on:


- Mãe? Pai? Hana nee-san? Mamãe? – o garoto de dez anos chamava, escondido em um canto da casa, seu rosto encharcado em lágrimas escondido entre seus joelhos, uma tosse seca escapou de sua boca, misturado a dolorosos soluços – Mamãe...

Era Uma Vez: A Bela e a Fera - Adaptação NaruSasuOnde histórias criam vida. Descubra agora