Capítulo 66

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Depois de três meses, minha Tia, meu Primo e minha Amiga, encerramos nossa viagem, atracamos no Porto do Rio de janeiro.

Eu estava adimirada, a muito tempo, que não pisava em solo brasileiro.

Adelaide:
  Finalmente livres, não aguento mais, ver o mar.

Gabriela:
   Como mudou, tanto.

   As pessoas nem usam mais, os formais trages de gala da corte portuguesa.

Adelaide:
  O Imperio acabou, minha querida.

  Agora vivemos no desprazer da República.

Priscila:
    Estou encantada com esse lugar, as pessoas são bem simples.

Wellinton:
Mamãe, eu e Priscila ficaremos no Rio, aproveitando o descanso, até o retorno de vocês.

Adelaide:
   Aproveitem bastante, o Rio tem bons lugares para se divertir.

Então as duas sairão dali

Terra Dos Cafezais

Fazenda dos Cafezais

Gabriela:
    Finalmente chegamos,  o sítio da minha avó mudou muito, veja essa grande plantação de batatas.
    Em breve o café, não será o motor do Brasil.

Adelaide:
   Queria estar viva, para ver isso acontecer, vê esses fazendeiros na miseria.
   Pagando, cada crueldade que fizeram.


Gabriela:
    Tia, eu tenho que concordar com a senhora, que sofram no futuro.

Então chegaram, na casa de Dona Lídia, e sua empregada, Managa, uma cativa liberta os atendeu.

M

anaga:
    Bom dia, o que deseja?
    Minha patroa, não me avisou que teríamos visitas.

Adelaide:
    Diga a ela, que Adelaide e Gabriela, estão aqui, para vela.

Managa:
     Espere aqui, vou anunciar vocês duas.

Gabriela:
     Obrigada.

Então a porta se abriu, era Dona Lídia, com lágrimas nos olhos

Dona Lídia:
   Pedi, tanto a Deus, por esse dia.

Emocionada as três se abraçaram, e entraram, e foram até a sala conversar.

Dona Lídia:
   Vejo, que tenho, mais um neto a caminho.

Gabriela:
    Logo ele vai chegar, como anda as coisas aqui, como está minha mãe, você sabe o que aconteceu no passado, depois que fuji, qual foi o final de Carlos.

Então, Lídia respirou fundo, olhou para Adelaide, e declarou:

Dona Lídia:
   E hora de contar.

   Sua Mãe se casou com um capataz, hoje ele e senador da República.

   Você tem um irmão de 15 anos, que vai se casar amanhã.

   Lembra da Tereza e sua família, morreram todos, e sua Mãe, arrematou tudo o que pertencia a eles, se tornando, uma das pessoas mais poderosas do Brasil.

   E Carlos, ele não morreu, naquele dia, ele foi pego, sua mãe o torturou, mais ele fugiu, para um Quilombo, lá se casou e teve filhos, se não me engano, são três, depois disso, ele foi capiturarado por uma tia renegada, e lá ele começou a trabalhar para ela, e sua prima Clarice, o ensinou a ler e escrever.

   E nessas aulas os dois se apaixonaram, e ele se separou da moça do Quilombo, e se casou com ela.

    Hoje o seu nome e Mazi de Assunção.
    Ele recebeu o sobrenome dela

  Mas o destino foi cruel com ele, semana passada, ela morreu no parto do seu filho.

   Ele está sozinho com seu filho, E também seguiu carreira política, e vereador na camara, e representante dos pretos livres.

Gabriela:
    Eu pensei que ele estava morto, segui a minha vida, sem saber.
     Qual a razão, pela qual vocês não me contaram.

Dona Lídia:
    Estava presa, e quando saí, descobri que, ele estava casado.

    Mandei cartas Adelaide, porém ela disse o mesmo ao seu respeito.
   
    E juntas guardamos silêncio, pois eu não queria que você sofresse.

   E também você estava feliz.

   E sempre, quis sua felicidade, assima de tudo.

Em lágrimas, Gabriela saí correndo dali, dizendo que precisa pensar, e que depois voltaria, para a conversa.

A Menina da FazendaOnde histórias criam vida. Descubra agora