𝐀 𝐚𝐩𝐨𝐬𝐭𝐚 || 𝐀𝐝𝐚𝐩𝐭𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐋𝐞𝐨𝐧𝐚𝐭𝐨

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A última aula passou mais devagar, só porque eu estava com pressa de sair e ir falar com o Felipe. Mas por um lado isso foi bom, a aula de história me deu uma ideia perfeita pra me vingar do Renato, não é tão perfeita porque envolve nós dois juntos, mas eu tenho um plano. Assim que a aula acabou eu saí da sala a procura do Thiago, preciso saber se ele falou com o Garcia.

-Vem aqui - puxei ele do meio da multidão de alunos e nós fomos para saída

- Vai me bater? Achei que já tinha gritado o suficiente comigo - diz enquanto ajeita sua blusa que amassei

- Não, seu idiota, e eu ainda gritei pouco! Mas enfim, eu não vim brigar com você - ele cruza os braços - Você já falou com o Renato que eu sei da aposta?

- Não deu tempo, eu ia falar agora.

- Ótimo, não fale - ele franziu a testa

- Mas por que? - perguntou

- Eu tenho um plano, mas se falar pro Renato eu quebro sua cara - dou um soco em seu braço

- Aii! O que você vai fazer? - ele passa a mão sobre o local

- Não interessa, só não fala pro Renato. E nem pra ninguém! Só você e o Bruno vão saber que eu sei dessa droga de aposta - digo

- Não tô te entendendo, Léo. Você ficou todo bravo com a aposta e agora não quer que eu fa-... - somos interrompidos

- Eai gente - Coronado chega até nós juntamente com Bruno, Miguel, Renan e Renato - Do que estão falando?

- Nada importante, só tava dizendo que mudei de ideia sobre ajudar o Renato - olho para o mesmo

- Mudou? - Garcia diz surpreso

- Sim, assim eu posso aproveitar pra revisar a matéria. - digo e vejo os meninos se entreolharem

- Podemos começar hoje mesmo? - Renato vem ao meu lado

- Claro - dei um sorrisinho e os meninos olharam como se não me reconhecessem

- Então vamos - Garcia começou a andar até a porta, me despedi dos meninos e fui até ele

- Podemos ir pra minha casa? - disse abrindo a porta do seu carro

- Aham - digo fazendo o mesmo

Se o Renato pensa que vai ganhar essa aposta, ele está muito enganado. O caminho até sua casa não foi muito longo, foram alguns minutos silenciosos e constrangedores, assim que chegamos, nós entramos e subimos até seu quarto, o quarto do moreno é bem bonito, a casa toda é bonita.

- Fica a vontade - ele joga sua mochila na cama e então me sento na mesma

- Quarto legal, não imaginava seu quarto assim - digo

- Então você fica pensando em como meu quarto seria? - ele deu um sorrisinho e revirei os olhos

- Claro que não, seu idiota. Vamos logo com isso antes que eu mude de ideia - ele se senta ao meu lado e pega seus livros dentro da mochila - me mostra suas anotações

- Eu não tenho.

- E o que você faz nas aulas? - perguntei pegando minhas coisas

- Fico tentando encontrar um motivo pra você me odiar tanto - brinca

- Eu te odiar? Jamais - digo com ironia

- Mas sério, Ruiz. Por que não gosta de mim? Eu nunca consegui entender - ele olha em meus olhos

- Não estamos aqui pra falar sobre isso, Renato. Eu vim aqui pra te ajudar, lembra?

- Tá, tanto faz

Começo a ver as poucas anotações que ele tem, ele realmente é péssimo em matemática, me surpreende ele não ter pedido ajuda de verdade pra alguém. Nós ficamos um tempo ali, comecei explicando coisas mais básicas pra ele conseguir entender melhor. Sem querer deixo meu lápis cair no chão, aproveito que ele está concentrado copiando minhas anotações e me levanto para pega-lo.

Me abaixo na frente dele e faço questão de empinar minha bunda ao me abaixar, me levanto e me sento ao lado dele novamente, vendo que ele parou de copiar para me olhar

- Podemos terminar amanhã? Não aguento mais escrever - ele fecha seu caderno

- Tudo bem, já fizemos bastante até agora. - digo guardando minhas coisas na mochila

- Eu te levo em casa - diz se levantando

Não neguei, a casa dele fica um pouco distante da minha e ele que me fez vir até aqui. Nós descemos e entramos em seu carro, quando chegamos em minha casa agradeci pela carona e quando estava descendo do carro ele me impediu

- Não vai se despedir? - revirei os olhos mas então decidi fazer uma coisa

Me aproximei de seu rosto e deixei um beijo rápido no canto da sua boca. Como se tivesse sido "sem querer"

- Tchau Garcia - desci rapidamente do carro e entrei em casa