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Renato

Foi a coisa mais maravilhosa do mundo ouvir do Léo que ele me ama, mas foi em um momento tão ruim, eu não sei o que fazer, eu não posso deixa-lo mas eu também não posso simplesmente deixar que minha mãe e a Dani saiam da cidade

Depois da escola o Léo disse que queria me levar a um lugar, ele tentou me animar durante a aula de química que tivemos juntos, foi muito fofo vendo ele se esforçar para me fazer sentir melhor

— Vira a direita — falou Léo olhando pela janela enquanto eu dirigia

— Tem certeza que estamos no caminho certo? — pergunto virando à direita

— Claro, eu venho à esse lugar com meus pais a anos — ele falou confiante

— Nós já viramos à direita umas quatro vezes, Léo — ele me olhou indignado e pegou seu celular para olhar o GPS

— Mas... — ele coçou a nuca enquanto olhava para a pequena tela

— Estamos perdidos né? — ele confirmou com a cabeça e ri

— Eu juro que eu decorei o caminho, eu venho a esse lugar a tantos anos — Léo suspirou — Tudo bem, vamos seguir o GPS

— Colocou o endereço certo? — arqueei a sobrancelha e ele cerrou os olhos

— Claro, dirige — olhei para ele e ele arqueou a sobrancelha — O que? Eu juro que dessa vez está certo

Ri fraco negando com a cabeça e voltei a dirigir, em alguns minutos o GPS indicou que havíamos chegado, estávamos em um lugar que se parecia um jardim. Descemos do carro e olhei em volta

— Chegamos, o que achou? — Léo perguntou sorrindo olhando para mim

— É lindo, mas o que viemos fazer aqui? — pergunto

— Vem, você já vai descobrir — ele segurou na manga da minha blusa e começou a me puxar para dentro

O lugar é completamente verde e cheio de flores, há algumas pessoas com crianças, outras sozinhas ou acompanhada de seu namorado (a). Aqui é realmente lindo, eu nunca tinha vindo pra essa parte de BH

— A primeira vez que eu vim pra cá eu tinha uns dez anos, depois eu não quis mais sair para outro lugar com meus pais a não ser aqui — Léo falava enquanto andávamos um ao lado do outro em um caminho no meio de tantas flores — Quase todos os fins de semana nós vínhamos aqui, eu tomava dois sorvetes e brincava com as borboletas enquanto minha mãe arrumava a toalha do piquenique — ele sorriu e acabei sorrindo também

— Por que me trouxe aqui? — pergunto e sinto ele entrelaçar nossos dedos

— É um lugar especial pra mim, ele me traz uma sensação boa não só pelas memórias que eu tenho daqui e sim por ser um ambiente tão calmo e bonito... Eu queria que você se sentisse assim também — parei de andar e ele fez o mesmo, levei minha mão até sua bochecha e acariciei com o polegar

— Obrigado — falei e ele tombou a cabeça para o lado

— Pelo que?

— Por existir — dei um pequeno sorriso e ele me abraçou, o abraço dele é tão aconchegante, dá vontade de ficar assim com ele pra sempre

— Bom, se for por isso você deve agradecer aos meu pais e não a mim, eles que merecem levar os créditos por terem feio Leonardo Robles Ruiz — comecei a rir e me separei do abraço para olhar para ele

— Eu não sei o que é mais engraçado, seu jeito bobo ou seu nome engraçado — Léo cerrou os olhos e já sabia que ele começaria a reclamar, ele odeia quando eu zombo com o nome dele

— Cale a boca, Renato Nóbrega Garcia — o baixinho em minha frente ergueu uma sobrancelha

— Robles continua sendo pior que Nóbrega — murmurei e ele me deu um pequeno soco no ombro — Tudo bem, eu te amo mesmo você tendo um nome horrível — ele tentou ficar sério mas um sorrisinho escapou de seus lábios

— Te odeio — ele encostou sua cabeça em meu peito, abraçando minha cintura e o abracei

— Odeia nada — dei um beijo em sua testa

— Não mesmo — ele falou baixinho e sorri

Ele levantou a cabeça para olhar para mim e seus lindos olhos escuros se encontraram com os meus, cada detalhe dele é tão perfeito, eu poderia passar horas o admirando

— Por que tá me olhando feito bobo? — ele falou com um pequeno sorriso e dei um beijinho em seu nariz

— Você é lindo — vi suas bochechas ficarem rosadas e ele juntou nossos lábios, pedi passagem com a língua e ele concedeu e iniciamos um beijo calmo, suas mãos subiram para a minha nuca e as minhas continuam em sua cintura

— Vamos tomar sorvete — Léo disse assim que o ar se fez necessário e separamos o beijo — Na verdade podíamos comer alguma coisa né? Eu tô morrendo de fome — ele fez uma careta fofa e sorri

— Vem, vamos procurar um lugar pra você comer antes que você comesse a ficar irritado — segurei sua mão

— O que? Eu sou um amor mesmo quando estou com fome

— Não exagera — digo e ele me olhou indignado

— Claro que sou — ele levantou as sobrancelhas e levantei às mãos em forma de rendição

Ele riu e me puxou até uma pequena sorveteria que ficava ali perto.

(5/5)


𝐀 𝐚𝐩𝐨𝐬𝐭𝐚 || 𝐀𝐝𝐚𝐩𝐭𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐋𝐞𝐨𝐧𝐚𝐭𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora