Antes que o homem pudesse encostar nele, Renato o empurrou para longe e fui até Dani que assistia tudo com um semblante assustado.
— Você é um mimado que só estragou nossa vida! — o homem bêbado gritava — Você e sua irmã são dois encostos, por culpa sua a sua mãe me deixou!!!
— Caia a boca seu bêbado — Renato disse irritado — Léo, tira ela daqui — falou me olhando e olhando para a Dani — por favor... — assenti e segurei a mão de Dani que chorava assustada
— Tá tudo bem, vem comigo — ela só assentiu e subimos as escadas juntos. Entramos em seu quarto e fechei a porta para que ela não ouvisse o que está acontecendo lá em baixo
— O papai vai machucar ele de novo — Dani fala enquanto chora. Que porra, o Renato já apanhou do pai dele?
— Fica calma, ele já vai subir — dei um sorriso confiante, eu não faço idéia do que dizer ou fazer — Que tal a gente brincar com as suas bonecas um pouco? — ela negou
— Eu não quero — limpei as lágrimas dela — O papai sempre vem aqui e diz coisas horríveis pra nós, mas o Renato sempre nos protege — ela falou um pouco mais calma agora — Ele é o melhor irmão do mundo, eu não quero que o papai machuque ele, Léo — ela me olhou com aqueles olhinhos fofos e tristes
— Ele não vai, eu prometo — ela veio pro meu colo e me abraçou — Podíamos vestir as bonecas enquanto o Renato não volta, vamos vestir elas pro baile e fazer uma surpresa pra ele — falei tentando parecer o mais alegre possível e ela sorriu e assentiu
Ela pegou suas bonecas e os milhares de vestidos delas, estou tentando me manter calmo por ela, mas na verdade eu estou preocupado, estou com raiva, estou com medo... Eu não sei do que aquele bêbado é capaz, mas se ele encostar um dedo no meu Renato, eu que vou machucar ele. Não demorou muito pra ouvirmos um barulho na porta se abrindo, olhei para a mesma e Renato entrou cabisbaixo e com um pequeno corte no supercílio, assim que nos viu ele sorriu
— Reh!! — Dani foi correndo até ele e o abraçou, ele a pegou no colo e retribuiu o abraço apertado — Você tá bem? O seu rosto, o seu rosto... — Dani falou apreensiva enquanto encarava seu rosto
— Tá tudo bem, foi só um arranhão — Renato a colocou no chão e me olhou com um meio sorriso — Dani, eu vou pegar os biscoitos lá em baixo... Pode me ajudar Léo?
— Claro — me levantei — Você termina sem mim? — perguntei a Dani que assentiu com um sorriso
Eu e Renato descemos as escadas e quando chegamos na cozinha ele foi até os biscoitos que estavam na bancada, ele não disse nada e apenas começou a colocá-los em um recipiente.
— Ei — fui até ele — Tá tudo bem? — coloquei minha mão em seu ombro e ele me olhou, pude ver seus olhos marejados e logo o abracei — Está tudo bem — falei acariciando suas costas
— Ele tentou me bater de novo, eu não aguento mais isso, Léo — ele falou entre soluços e o abracei mais forte
— Eu estou aqui com você, nós vamos dar um jeito — senti ele me abraçar mais forte — Tá tudo bem agora — acariciei suas costas até ele se acalmar
Ele se afastou e limpei suas lágrimas, deixando um pequeno beijo em seus lábios e ele sorriu
— Vamos levar esses biscoitos que ela deve estar esperando — ele disse voltando sua atenção aos biscoitos
Depois de colocar em um lugar adequado, nós subimos as escadas mas Dani havia dormido. Renato tirou os brinquedos de sua volta e a cobriu com um pequeno cobertor, ele deixou um beijo em sua testa e descemos as escadas. Cuidei do pequeno machucado em seu rosto e fomos para sala
— Eu tenho que ir, minha mãe deve estar preocupada — digo
— Eu te levo — neguei
— Fica aqui, ela pode acordar. Eu chamo um Uber — ele assentiu e suspirou — Eu odeio ver você assim, quer que eu fique? — ele balançou a cabeça negando
— É melhor você ir, já tá tarde e não é bom você chegar tarde em casa, eu vou ficar bem — disse beijando minha testa
Em alguns minutos o carro estaria aqui, nós fomos até seu carro e peguei minha mochila que havia deixado ali, ele fechou a porta e se encostou ali.
— Promete que se precisar de mim vai me ligar? — abracei sua cintura e ele fez o mesmo comigo
— Não se preocupa, eu vou conversar com a minha mãe e nós vamos resolver isso, ele não pode mais aparecer aqui quando bem enteder e fazer o que sempre faz — Renato disse encostando seu queixo em minha cabeça
— Mas promete me ligar? Mandar uma mensagem se quer, uma carta, sei lá... Só me dê notícias — riu fraco
— Pode deixar, baixinho
Um carro parou atrás do seu e era o que eu havia pedido, ele deixou um longo beijo em meus lábios e entrei no carro, que seguiu o destino até minha casa. Eu odeio ver o Renato triste, eu só queria poder proteger ele de toda maldade desse mundo pra ele não sofrer nunca mais.
Chegando em casa, dei de cara com a minha mãe que estava na sala provavelmente me esperando
— Aonde você tava? — perguntou vindo até mim
— Eu estava na casa do... De um... Do meu... Do Renato! — falei meio perdido coçando a nuca
— Quem é Renato?
— Meu amigo, ou não — ele me olhou confusa
— É seu amigo ou não?
— É complicado — respondi
— Seu namoradinho? — disse com um sorriso
— Namorado? Não! Com certeza não, pelo menos ainda não
— Filho, esse Rebato é um amigo ou você gosta dele de outra forma?
— Eu gosto, mas eu não gostava, na verdade eu acho que eu sempre gostei mas não percebia então eu só dizia que não gostava, mesmo gostando — ela me olhava completamente perdida — Mãe, como a senhora soube que amava o papai?
— Foi tão de repente, quando eu percebi já estava caidinha por ele. Eu contava os minutos pra estar com ele, nos meus pensamentos só dava ele e meus olhos brilhavam quando eu falava dele — ela disse sorrindo — O mais estranho pra mim foi quando eu percebi que tudo que ele fazia me afetava de alguma forma, quando ele estava triste, eu ficava da mesma forma porque ver ele daquela maneira quebrava meu coração, quando ele estava feliz eu ficava mais ainda porque ver o sorriso dele aquecia o meu coração, enfim, eu estava completamente apaixonada por ele — sorri
— Mãe, eu acho que tô apaixonado — ela sorriu e me abraçou — Mas me bate um medo de me entregar assim, e se eu me machucar? Ou machucar ele?
— Filho, por certas coisas vale a pena arriscar
Com essas palavras ela me deixou um beijo na testa e subi para o meu quarto, pensando na minha próxima ação. Eu vou falar com o Renato, eu já esperei tempo demais, chega de sentir medo.
(3/5)
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𝐀 𝐚𝐩𝐨𝐬𝐭𝐚 || 𝐀𝐝𝐚𝐩𝐭𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐋𝐞𝐨𝐧𝐚𝐭𝐨
Fanfiction"Onde Renato aceita uma aposta para conquistar Leonardo, mas as coisas ficam mais difíceis quando o mais novo descobre suas intenções" - Você vai ter que conquista-lo em um mês, mas a regra principal é: Nada de sexo. ⚠️𝒂𝒅𝒂𝒑𝒕𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒂𝒖𝒕�...