Pouco tempo depois da entrada na cidade, que a garota me disse ser uma cidade à 100000 côvados [o que quer que seja isso] dos limites do Império Acádio, a carroça para. Uma portinhola do cubículo de onde estávamos se abre... Um grande homem, diferente do de antes aparece e ordena: ergam-se [nt. d'Nero: qualquer referência é uma mera coincidência] nos pega fortemente pelo braço, a garota é levada para outro lugar que eu...
-Garotaaaaaa! Qual é seu nome?!
-Algo que junto com minha identidade, estima e orgulho foi sequestrado e violado!-Ela responde sem se exaltar.
Que nome grande, eu penso. Em seguida eu vejo a garota-de-nome-grande tomando um bofete na boca. E eu com duros puxões e pesadas correntes que me fazem difícil de caminhar vou conduzido à um palco pela parte de trás e encontro outros escravos... As "crianças tristes" também estão lá.
Se ouve o evento: no início apenas o som de pessoas conversando, mas então logo uma voz alta e masculina começa a falar, não se distinguiam as palavras, e de tempo em tempo um escravo entrava no palco por uma escadinha atrás dele. O tempo passa e logo foi minha vez de subir a escadinha, fiquei nervoso, a escadinha parecia muito grande... Enquanto eu subo ouço o homem falando: "para mais peças que poderão lhes dar grande prazer, visitem o pavilhão lateral, ser-lhes distribuído um cartão com os procedimentos de entrada à nosso armazém"... Eu entrei no palco a tempo de ver ele terminando a frase com um sorriso nunca antes visto por mim, um grande sorriso, com os lábios acentuados, porém que se curvam no fim, um queixo apontando o céu, e dito isso toda a multidão entendeu como se uma palavra invisível flutuasse no ar. O ruído de murmúrios aumenta. No meio disso eu já estava de pé no palco, e demora para as pessoas de fato pararem de falar.
-Garoto, tire as roupas-Ele ruge. Eu tirei, e sinto como se algo no meu peito tivesse sido atacado, o orgulho.
E começa a falar: "Temos aqui uma peça ainda nova e fraca, porém ela pode se adaptar às mais diversas tarefas! É um investimento que somente mostrará seu real valor em alguns anos! Interessados sintam-se livres para analisar a peça de perto."
Ninguém se revelou interessado, passado alguns minutos eu mais uma vez vou dificilmente conduzido, mas agora ao pavilhão, ainda estou pelado, e está frio...
No pavilhão trancam-me numa jaula, e uma já familiar voz:
-Nos vemos de novo hein, Garoto.
Pov. 3.a pessoa:
Toda a multidão [composta de homens] que estava ao redor do palco, apressadamente, um tentando passar na frente do outro, se dirigiu ao pavilhão. Fora dessa feira de escravos, algo maior está ocorrendo...Que ainda não é do conhecimento dos funcionários do mercado de escravos.
Um exército. Um grande exército ataca a cidade em sua parte exterior, e não era um exército humano. Aproximadamente 2000 demi-humanos kitsune massacram tudo e todos por onde suas patas se dirigem. Numa velocidade assustadora eles correm de quatro, raivosos...
O motivo?
Sua estimada Princesa Sthella, havia sido sequestrada, e levada como escrava.
E também não era a primeira criança!
Violando assim um pacto feito pelas nações inter-raciais, e ainda por cima, descaradamente, a princesa?!
(Nt d'Nero:
primeiro: sim, eu vou explicar a unidade de medida chamada côvados.
Era uma medida usada no Egito Antigo, era a distância do cotovelo do faraó até a ponta do seu dedo médio, a que eu estou usando é de 53cm, ou seja, 100000 côvados igual à 53Km.
segundo: eu prometo que vou fazer um mapa para o meu mundo. Me cobrem!)
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Um garoto perdido no Mundo
AventuraÓrfão, o garoto viaja às cegas pelo grande mundo [fictício] sofrendo os males que nele há e, eventualmente conhecendo os bens. [HIATUS]