Heart like yours- Willamete Stone

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-"How could a heart like yours ever love a heart like mine?
How could I live before?
How could I have been so blind?" ( Willamete Stone- Heart Like Yours)



       -He hey Ad Adora. - sua voz saiu baixinha, falhando. Acho que foi a coisa mais bonita que já ouvi.

       -Hey Catra. - Eu chorava e percebi que ela também. Tive tanto medo de perde-la que ver seus olhos abertos novamente fazia meu coração estourar de felicidade.

     Me aproximei com cuidado, não sabendo bem se poderia tocar ou não em sua pele. Em silêncio passei minha mão por seus lábios rachados que voltavam aos poucos a ganhar cor. O sorriso sarcástico que eu tanto amava estava lá, de levinho, para mim.

    Subi minhas mãos até os seus olhos, passando o polegar sobre as sobrancelhas sempre tão curvadas. Cada detalhe dela era o motivo de minha existência.

    Seus dedos subiram para meu rosto, encaixando a palma em minha bochecha e atrás da orelha, como sempre. E ali, sentindo aquele contato eu desabei. A abracei da maneira que conseguia, encostando minha cabeça em seu peito.

    -Catra, eu estou tão tão aliviada. - minhas palavras saiam atropeladas no meio do choro e suas mãos rodearam meu rosto, me trazendo para perto e deixando um beijo sobre meus lábios.

     -É bom ver as duas juntas novamente, obrigada por ajudar amor. - Spinnerella estava na porta com a esposa.

    -É meu trabalho e responsabilidade, Spinny. - Netossa sorriu para a amada e se aproximou de nós duas. - Como se sente, Catarina?

   -Me sinto normal, quero ir para casa.  - todos os olhos da sala focavam na garota que nos deu um grande susto na madrugada anterior, sua mão estava entrelaçada com a minha.

    -Já vou te liberar, só preciso confirmar algumas coisas antes. - A médica se aproximou, mechendo com a ponta das luvas sobre a parte traseira do pescoço de Catra.
-Okay, os exames para Acidente Vascular Cerebral estão dentro do padrão.

   Exame para o que cerebral? Isso deve explicar o cabelo cortado.

   -Ótimo. - Catra começa a levantar da cama mas é parada. - O que foi agora?

   -Acredito que a causa do sangramento tenha sido principalmente pela queda mas temos que conciderar o sangramento digestivo e obstrução intestinal. É normal que-

    -Okay, já deu. - Catra cortou a fala da médica. - Adora, pode me esperar do lado de fora? Queria conversar com a doutora rapidinho.

    A confusão estava presente em mim novamente, não entendia o porquê de  Catra precisar que fosse embora.

     -Por que não posso ouvir? Quero ajudar a cuidar de você. - fui honesta e vi um lampejo de tristeza tomar seu rosto.

    -Por favor, loirinha. - suas unhas longas passaram pelos detalhes do anel de lua que eu ainda usava e acabei cedendo.

   -Okay mas não esconde nada importante de mim. - pedi levantando e seguindo até a porta.

   - Não estou escondendo. - sua voz falhou quando bati a porta atrás de mim.

 
  -//-

A alta veio mais rápido do que eu imaginava. Catra poderia andar desde que não fizesse nenhum esforço excessivo. Ainda tinha perguntas para fazer mas elas poderiam esperar.

   -Catra. - chamei a menina que estava deitada em meu peito no meio do silêncio. Minhas mãos corriam por seu cabelo em um carinho lento.

    -Sim? - sua voz era sonolenta, ainda eram duas da tarde mas os remédios que ela estava precisando tomar não a deixavam ficar sem sono por um minuto sequer.

   -Namora comigo?- a pergunta fazia com que minha garganta doesse de antecipação. A morena levantou de maneira abrupta, me olhando nos olhos ainda na cama. Não mudei minha expressão calma.

   -Você- Adora você está falando sério? - eu não conseguiria identificar a emoção que passava em seu rosto contraído nem que tentasse, então não tentei.

    -Estou. - me sentei para ficar de frente para ela - Eu amo você, Catra.

     Vi surpresa em seus olhos coloridos, nunca tinha dito isso a ela.

    -Você enloqueceu. Viu o que aconteceu hoje, Adora isso tinha parado mas não sei se vai acontecer de novo e não quero fazer você viver assim.

    -Catra, eu não me importo. Não sei o que está acontecendo - peguei em suas mãos- mas estou tão apaixonada por você que dói. Me deixe saber, por favor.

    -Eu não posso. Não posso fazer isso com você eu-

    Em meio segundo a puxei para perto, unindo nossos lábios no mais puro contato, interrompendo sua fala.

    -Você não sente nada com isso? - perguntei querendo que ela fosse honesta comigo.

    -Você é idiota. Claro que sinto. - puxei Catra para que sentasse em meu colo , pernas ao redor de minha cintura.

     -Então por que está negando? Achei que você quisesse curtir a vida ao máximo Catra. E não me importo com o que venha pela frente. Enquanto qualquer célula, particula, enquanto o universo existir eu te amo.

   -Eu quero e -sem palavras, percebi. Sua boca secou antes que sussurrasse um "foda-se"

    Se isso era um sim ou não eu não sabia ao certo. Apenas senti sua boca em meu pescoço enquanto a mão direita adentrava minha calça. Gemi para ela, com ela . Seus dedos se apressavam curiosos sobre mim, tocando todos os lugares certos para que eu me entregasse fácil.

    Seus dedos rodeavam meu clítoris enquanto eu levava minha mão para dentro de seus pijamas. Catra tinha passado o dia de pijama e eu estava de roupa apenas por ter atendido a porta para o cara da entrega do almoço.

   Com a calça mole para dormir consegui um acesso melhor para sua buceta. Quando encostei meus dedos não pude evitar um sorriso bobo, tão molhada.

    A provocaria se não estivesse totalmente entregue, aquele era nosso momento de demostrar como queríamos uma a outra , fazendo amor.

    Afaguei seu clítoris com a ponta do polegar, a sentindo arfar em minha mão. Com os dedos indicador e médio penetrei de leve, temendo a machucar.

   -Adora. Adora, por favor. - seu pedido saia como um gemido implorando por mais . Catra rebolava em meus dedos mas tive que a segurar para que ela não se movimentasse demais . Apressei meus movimentos, sentindo ela fazer o mesmo em mim.

    O quarto era uma mistura de gemidos e barulhos molhados de meus dedos entrando e saindo, bombeando com agilidade a buceta quente e úmida.

    -Goza comigo, amor? - perguntei de maneira sussurrada, cansada. E com a voz abafada em seu pescoço, precisava dela e ela precisava de mim. Senti as paredes de sua intimidade apertarem meus dedos ao mesmo tempo que seu grito preencheu o quarto e meu coração, logo me fazendo chegar lá junto.

   A puxei para um abraço assim que conseguimos descansar um pouco.

   -Eu te amo, Catra. - disse ainda com doficuldade de  respirar.

    -Eu não sei como você poderia amar alguém como eu, Adora. - suas inseguranças tomavam conta novamente.

    -Você é perfeita,Catra.  Te amo agora e para sempre, gatinha. - ela riu da minha cantada e me abraçou de volta.

   -Te amo para sempre, idiota.

  

   

Hostage - CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora